A gestão financeira de uma empresa é a base da sua competitividade no mercado, uma alavanca poderosa para a tomada de decisões estratégicas e para a melhoria de resultados. Entenda toda a sua importância no mundo corporativo.
FP&A e a era dos dados: como usar análises para impulsionar o crescimento dos negócios
Um dos pilares mais importantes para o sucesso financeiro de uma empresa, a área de FP&A é responsável por supervisionar o planejamento, as previsões e as análises de desempenho, além de ser crucial para a tomada de decisões de CEOs e CFOs.
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Tendências em plataformas de gestão financeira inteligente
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O que é uma plataforma financeira inteligente na prática? 3 dicas imperdíveis
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Boas práticas e termos técnicos de cibersegurança que CEOs e CFOs devem conhecer
No cenário empresarial moderno, a segurança da informação tornou-se uma peça fundamental para garantir a estabilidade e a integridade das operações. Com ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas, os CEOs e CFOs desempenham um papel crucial na criação de uma cultura organizacional que priorize a segurança digital – e para isso é fundamental entender os conceitos essenciais da área.
Como escolher o software de gestão financeira ideal para a sua empresa
A revolução tecnológica tem impactado profundamente a maneira como as empresas operam, oferecendo novas oportunidades para otimizar processos, tomar decisões embasadas e impulsionar o crescimento. E no epicentro dessa transformação, encontram-se os mais diversos tipos de softwares – e o setor financeiro não fica de fora.
6 motivos para não usar as planilhas na gestão financeira
Na era digital, onde a tecnologia avança a passos largos, é surpreendente observar o uso de planilhas para gerir finanças ainda persiste com tanta força. Embora sejam ferramentas familiares, as planilhas apresentam uma série de desafios e limitações que podem comprometer a integridade financeira de uma organização.
Cibersegurança, privacidade de dados, ESG e automatização lideram tendências financeiras de 2023
Realizada pela Protiviti, consultoria global em negócios, a Pesquisa de Tendências Financeiras 2022 traz informações e indicativos para o setor de finanças, em especial ao CFO e alto escalão financeiro.
O estudo, que teve mais de 1.000 participantes em diversos países, aborda uma série de aspectos relevantes no dia a dia de muitas empresas, entre eles: segurança e privacidade de dados, automatização de processos, recursos tecnológicos, ESG, cadeia de suprimentos e gestão de talentos.
Esses temas desafiam CFOs do mundo inteiro a se posicionarem como um dos principais articuladores na estratégia e no relacionamento com o board executivo das empresas, mesmo diante de um cenário composto por tensões geopolíticas, volatilidade da taxa de juros e inflação crescente.
Os resultados da pesquisa confirmam que os CFOs seguem contribuindo e agregando valor à organização, indo além dos limites das atividades financeiras e contábeis tradicionais. Neste texto, trazemos as principais reflexões do estudo, além de outros indicadores e perspectivas da área financeira para o futuro.
Temas importantes para as lideranças financeiras em 2023
Destacamos os cinco temas que mais estão impactando e despertando o interesse das organizações, levando em conta o cenário global e a realidade de transformação tecnológica da área financeira.
1. Modelos de trabalho flexíveis
Estão em ascensão por serem especialmente vantajosos na hora de buscar talentos qualificados para lidar com relatórios financeiros, ações estratégicas e atividades de Project Management Office (PMO).
A pesquisa aponta uma verdadeira “guerra” na busca por talentos qualificados na área de finanças. Por isso, as organizações estão apostando em provedores e plataformas tecnológicas para suprir habilidades e recursos sob demanda, em meio a condições de mercado incertas.
2. Segurança e privacidade dos dados
Assim como em anos anteriores, estes dois temas continuam sendo encarados como prioridade máxima entre os CFOs, sendo que cada vez mais esses executivos estão focados em uma cultura de segurança nas empresas. Contudo, também merecem destaque outras ações importantes, incluindo relatórios de análise de lucratividade e habilidades de liderança.
3. Blockchain
Essa tecnologia, bem como contratos inteligentes ganharam força entre os executivos e já figuram entre as principais tendências financeiras e investimentos entre as empresas, junto de automatização, aplicativos de finanças, dados em nuvem, entre outros.
4. Estratégias ESG
CFOs e líderes financeiros estão dedicando mais tempo, atenção e recursos para iniciativas ESG, bem como incluindo o conceito no planejamento regular da empresa, o que fortalece outra importante sigla, a D&I (Diversidade e Inclusão).
5. A inflação preocupa
O tema também vem ganhando espaço na agenda do CFO, principalmente no que tange às medidas internas que estão sendo tomadas para conter a alta de preços e o consequente impacto nos demais segmentos da empresa, além das principais atualizações e tendências.
Tendências financeiras que irão guiar as decisões em 2023
Segundo reportado pela pesquisa, o maior foco do board de finanças ainda está voltado aos investimentos tecnológicos, principalmente tendo a cibersegurança como prática preventiva, automatização de processos para melhoria da performance e redução dos riscos corporativos.
Segurança e privacidade de dados: 73% dos CFOs e VPs de finanças vão priorizar esse tema na área financeira para os próximos 12 meses. E o cumprimento desse objetivo requer também:
– Determinar se os incidentes de cibersegurança aumentam para um nível de “materialidade”;
– Assegurar a devida atenção ao controle de violações quando elas ocorrem;
– Relatar ataques cibernéticos e esforços de reparação para investidores e outras partes interessadas;
– Divulgações sobre políticas e procedimentos de gestão e supervisão de risco de cibersegurança.
Tecnologia e automatização de processos: 71% dos CFOs e VPs de finanças visualizam a automatização de processos como prioridade máxima para sua organização financeira nos próximos 12 meses, em comparação a 65% de outros profissionais de finanças.
As crescentes contribuições estratégicas da área financeira e o seu alcance para “além das finanças” tornam imperativo que os CFOs se comprometam com a transformação contínua e a implementação de tecnologias avançadas, fazendo uso de ferramentas de automatização e tecnologia que impulsionam essa jornada.
Além disso, os CFOs e líderes financeiros estão reavaliando o que a transformação financeira requer e avaliando as habilidades profissionais necessárias para alcançar esses objetivos,
Os principais CFOs entendem que a transformação digital não é um destino, mas sim uma viagem contínua, e que nesta jornada, é importante selecionar as iniciativas certas a seguir.
ESG: 75% das equipes de finanças estão assumindo os riscos ESG e entendendo essa realidade como parte da sua função. Além disso, 40% dos CFOs e líderes financeiros estão levando em conta a cultura ESG na sua rotina de decisões. A Europa vem liderando a divulgação de relatórios sobre ESG, mas outros países já estão adotando esta prática rapidamente.
Os CFOs ajudam suas organizações em diversos aspectos sobre ESG:
– Coleta de novos dados enquanto ajusta simultaneamente a base de dados;
– Adoção de melhores processos e ferramentas tecnológicas;
– Garantir maior precisão e eficácia de todos os aspectos relacionados ao ESG.
Cadeia de suprimentos: 45% das organizações estão mais focadas em garantir uma receita flexível e consistente do que buscar apenas eficiência em sua cadeia de suprimentos. Uma série de grandes interrupções na cadeia de suprimentos causou danos de dois dígitos e o declínio do valor das ações de muitas empresas
Segundo CFOs, o problema reside na fragilidade do modelo atual da cadeia de suprimentos, com seu foco estritamente definido em custo/eficiência, sem levar em conta outros aspectos como a confiabilidade, capacidade de resposta e resiliência de fornecedores, bem como disponibilidade de fontes alternativas qualificadas de abastecimento.
Quais são as prioridades gerais do CFO para os próximos anos
Além dessas tendências financeiras, a pesquisa da Protiviti destaca 10 prioridades do CFO e VP de Finanças e outros pontos que também exigem atenção do executivo de finanças.
1) Segurança e privacidade dos dados;
2) Relatórios e análises de rentabilidade;
3) Contratos inteligentes, a partir de blockchain;
4) Aplicativos baseados em nuvem;
5) Planejamento e análise financeira (FP&A);
6) Promover novas demandas e expectativas dentro da organização;
7) Manutenção do perfil de liderança dentro da organização;
8) Melhoria e mineração dos processos de trabalho;
9) Maior automação e infraestrutura tecnológica;
10) Foco em liderança, desenvolvimento e recrutamento de talentos.
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Mercado da educação e área financeira: tendências e desafios
O mercado da educação vem se transformando ano após ano em busca de novas alternativas que melhorem a experiência do estudante, otimizem custos operacionais e rentabilizem seus modelos de negócio. Nesse processo, a área financeira é decisiva na sustentabilidade dessas instituições.
Conforme Censo da Educação Superior, promovido pelo, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2020, o Brasil ocupava a posição de 5º maior mercado de ensino superior do mundo e o maior da América Latina, com aproximadamente 8 milhões de matrículas, sendo que 87,6% das instituições de educação superior são privadas.
Segundo dados do Censo Escolar de Educação Básica de 2020, também promovido pelo Inep, o Brasil possui 47,3 milhões de alunos da educação básica, sendo que 80%, ou 38,7 milhões de estudantes, estão matriculados na rede pública de ensino.
Continue a leitura e entenda os principais desafios da área financeira no mercado de educação e descubra como a tecnologia fez a diferença na realidade de um importante grupo educacional.
Uma fotografia do mercado de educação
Segundo a pesquisa Números da Educação Privada, divulgada recentemente pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) o crescimento do PIB do Ensino Privado entre 2010 e 2015 foi maior do que o crescimento da economia como um todo nesse período. Isso fez com que a participação do Ensino Privado no PIB brasileiro crescesse de 1,42% em 2010 para 1,65% em 2019, totalizando R$ 126,5 bilhões.
Deste montante, o ensino privado contribuiu com quase R$ 20 bilhões para a Previdência Social e para o FGTS. Além disso, cerca de 3,4% de todos os empregos formais no setor privado brasileiro estão na área educacional e este número segue crescendo.
O portal de finanças TradeMap, em seu Relatório de 2021 sobre o Setor Educacional, destaca alguns propulsores para esse crescimento:
- Retomada da economia, puxando o aumento da base de alunos;
- Alta demanda latente por qualificação acadêmica;
- Grande relação entre nível de escolaridade e renda;
- Incentivos governamentais à formação superior;
- Aumento contínuo de investimentos privados;
- Demanda por novos cursos e tecnologias.
EAD e Edtechs impulsionam o mercado de educação
Tecnologia e educação nunca se conectaram tanto como atualmente: o ensino a distância (EAD) tem sido um importante acelerador do crescimento deste mercado, pois já superou, pela primeira vez, o ensino presencial por número de ingressantes em 2020.
A EY afirma que dos mais de 3,7 milhões de ingressantes em 2020 (em instituições públicas e privadas), acima de 2 milhões de alunos (53,4%) optaram por cursos a distância e 1,7 milhão (46,6%) escolheram os presenciais.
Fora do Brasil, este cenário também é favorável à economia. É o que aponta a matéria publicada na americana Forbes. Segundo a publicação, o segmento de EAD nos EUA deverá movimentar em torno de US$ 325 bilhões em investimentos até 2025.
Quanto às Edtechs, startups que unem tecnologia à educação, os números crescem a cada dia. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), as edtechs representam hoje o maior segmento entre as startups brasileiras. Os dados mais recentes da entidade, reunidos no Mapeamento de Comunidades 2020, contabilizam 566, sendo que a maior parte delas (58,7%) está localizada na Região Sudeste.
Tendências globais até 2030
Relatório da consultoria EY aponta sete tendências em educação superior baseadas na transformação digital que podem ser adotadas globalmente até 2030, sendo estas:
– Plataformas digitais reduzindo o custo de aprendizado, até cair para zero;
– Jornadas de estudo ainda mais flexíveis e customizáveis;
– Provedores e gestores de educação mais cobrados por resultados;
– Universidades mais transparentes com relação às suas entregas;
– Tecnologia como aliada na promoção da equidade educacional;
– Soluções educacionais cada vez mais personalizadas;
– Linhas de pesquisas com maior incentivo financeiro.
“É hora de começar a nos indagar e olhar para as oportunidades que a pandemia trouxe. É hora de repensar como, onde e para quem a educação superior é entregue”, afirma Catherine Friday, líder global de educação da EY
Principais desafios da área financeira no mercado de educação
Mesmo que esteja atravessando um cenário de transformação digital, o setor da educação precisa evoluir em diversos aspectos na área financeira. Confira os principais desafios:
– Cultura organizacional não voltada à inovação;
– CFO e departamento de FP&A ainda pouco atuantes;
– Excessivo consumo de tempo com processos manuais;
– Ausência ou baixo índice de digitalização nos processos;
– Falta de integração e automatização das informações financeiras;
– Lentidão na consolidação das empresas controladas;
– Ausência de práticas de governança financeira e compliance;
– Baixos índices de segurança e privacidade de dados;
– Ausência de ações e ferramentas de modelagem financeira.
Tecnologia como aliada da área financeira
Fundado em 2003, em Recife, o Grupo Ser Educacional é um dos maiores grupos de ensino superior do Brasil, com uma base de mais de 300 mil alunos e mais de 2.400 cursos.
Hoje, além do grande número de unidades, a estrutura do grupo conta com mais de 300 polos de ensino à distância, levando a marca para 26 estados e Distrito Federal, contando com mais de 12 mil colaboradores e outras empresas de apoio, o que torna imprescindível à empresa manter a qualidade do ensino e as contas em dia.
Cenário antes do uso da tecnologia na área financeira
Antes do emprego das soluções tecnológicas, o Grupo Ser Educacional enfrentava dificuldades na consolidação das informações das suas mais de 70 empresas, já que a integração de dados era feita manualmente, em planilhas e em conjunto com um ERP, o que consumia muito tempo e esforço da equipe financeira.
Após a consolidação ainda havia outro desafio: a ferramenta utilizada para o acompanhamento de resultados não estava atendendo às necessidades de expansão do Grupo. Sem a visualização adequada das informações financeiras de toda a estrutura, o planejamento financeiro ficava desfalcado.
“Antes era necessário subir todas as informações no sistema para visualizá-las. Hoje nós lançamos informações brutas e a ferramenta faz isso tudo pra nós de forma dinâmica. O ganho foi imensurável”, diz Diego Ricelle, analista de planejamento financeiro sênior do grupo.
Toda esta governança foi obtida devido à inteligência contábil de uma plataforma de CPM capaz de integrar diversas soluções em uma, além da implantação e suporte especializado por profissionais de finanças.
Tecnologia para ampliar a competitividade
João Furtunato, gerente de planejamento financeiro do Grupo Ser Educacional, afirma que o principal desafio de trabalhar no mercado de educação é a competição por preços.
“Alinhar investimentos em marketing no orçamento e estimar seu ROI é uma das principais etapas do planejamento. Tudo isso enquanto há a preocupação de não desfalcar o caixa, o pagamento dos educadores e os serviços prestados à instituição.”
Ele diz que, com a tecnologia, é possível usar a modelagem para simular índices que auxiliam o gestor a avaliar quanto desconto deve oferecer a um estudante para conseguir uma matrícula, quanto investir em marketing ou quantos ajustes serão necessários nas estruturas, por exemplo.
Furtunato, que possui formação na área financeira e também na de tecnologia, diz que a junção dos dois mundos foi essencial para a evolução na forma de trabalhar e visualizar os dados. Para ele, isso faz diferença principalmente na hora de apresentar os resultados para investidores e nas aquisições.
George Arruda, especialista em planejamento orçamentário do grupo, acredita que a digitalização dos processos e o uso da ferramenta tem um peso e importância significativos para o momento de expansão e crescimento do grupo. Para ele, o investimento já está representando economia de tempo, rapidez em análise, amplitude, visão e disseminação da informação.
Tecnologia para uma gestão de ponta a ponta
Segundo Furtunato, o investimento em tecnologia também facilitou a integração contábil, algo que antes demandava servidores internos, gerenciamento de acessos e outros apontamentos.
Com uma plataforma de CPM permite a redução da disparidade entre os dados provindos da pós-aquisição, sendo que um dos principais pontos de otimização de tempo foi nas publicações das atualizações financeiras, antes feitas em ferramentas de texto. Atualmente, as tabelas e as informações da consolidação já são estruturadas automaticamente, bastando apenas a revisão, afirma.
O Grupo Ser Educacional já utiliza todos estes benefícios tecnológicos de forma colaborativa, permitindo que as empresas espalhadas por todo o país tenham acesso às informações. Ao mesmo tempo, para garantir a segurança e a privacidade desses dados, a plataforma permitiu que os administradores estabelecessem limites na visualização e alteração.
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O uso de dados nas decisões da área financeira
De acordo com a McKinsey, em seu artigo Finanças 2030: quatro imperativos para a próxima década, nos últimos dez anos, a área financeira reduziu os custos em quase 30% e gestores usaram 19% mais tempo em atividades de valor agregado.
O papel do CFO na implementação de novas tecnologias
O papel do CFO na implementação tecnológica das empresas é uma constante: 81% deles reconhecem o potencial da automatização na área financeira para otimizar processos e como recurso para capturar insights de dados. É o que mostra o Estudo do CFO 2022: O Futuro da Automatização e Inteligência nas finanças das empresas, elaborado pela Vic.ai, ferramenta de inteligência artificial para sistemas de pagamento de contas, em parceria com a StrategicCFO360, comunidade de insights para líderes.
O levantamento, feito com mais de 145 tomadores de decisão de empresas estadunidenses de diversos setores, mostrou que, além disso, eles procuram a automatização para outros objetivos:
- 52% querem reduzir erros;
- 89% tem como objetivo mais eficiência e produtividade;
- 47% esperam otimizar suas atividades de forecasting e predição financeira.
Mais quais são os principais desafios nesse processo de implementação? André Verçosa, CFO da oáz e Lucas Nabeiro, CFO da Vivae, participaram da palestra “O papel do CFO na implementação de novas tecnologias” durante o CFO Summit, realizado em setembro e patrocinado pela Accountfy, para discutir e compartilhar suas próprias experiências.
O papel do CFO: pontos importantes para uma área financeira mais tecnológica
Ao ser questionado sobre como se daria, na prática, o papel do CFO diante da implementação de novas tecnologias dentro da empresa, André Verçosa afirma que primeiro é preciso garantir que a ferramenta esteja 100% alinhada ao planejamento estratégico da empresa. “Senão, daqui a 3 ou 5 anos, você verá que o investimento feito não conversava com suas expectativas”, diz.
Já Lucas diz que, olhando para a tecnologia, o papel do CFO tem duas vertentes. “A primeira mostra que hoje, cada vez mais, as empresas querem ser digitais e ágeis, pois todo mundo fala em transformação digital. Mas para você ser ágil, a tomada de decisão precisa ser descentralizada e disponível a qualquer pessoa que tenha acesso à informação.”
O uso da tecnologia é essencial para esse processo acontecer, principalmente para a área financeira, que precisa de informação em tempo real. O papel do CFO é ser um incentivador de novas tecnologias para a companhia, a fim de proporcionar produtividade, velocidade e qualidade na tomada de decisão.
Retorno sobre o investimento
Sobre os diferenciais obtidos com o emprego da tecnologia, Verçosa afirma que, antes de tudo, é preciso garantir que o investimento irá agregar valor à empresa, seja por meio de produtividade, redução de custos, incremento de vendas, confiabilidade, redução de riscos à área de compliance.
Atualização do CFO
Outro importante tema abordado na palestra foi como os CFOs se atualizam com relação à tecnologia. Os convidados falaram sobre a importância de acompanhar blogs e publicações sobre o tema, fazer cursos, além de seguir perfis de pessoas da área. Em complemento, afirma-se que o diretor financeiro precisa ser curioso, perguntar e, eventualmente, buscar as respostas.
E o time financeiro, acompanha esta atualização?
O debate trouxe à tona também a figura do colaborador. Sobre esse ponto, ao ser questionado sobre como anda a atualização da equipe financeira, Verçosa afirma que hoje o nível de expertise já é outro, com profissionais mais preparados e atualizados com as ferramentas digitais.
“Hoje, o profissional já entra sabendo fazer minimamente uma macro em planilha, e isso agiliza bastante a extração de relatórios.” Neste ponto, o executivo ainda diz que é importante o CFO buscar pessoas curiosas para integrar à equipe.
Investimentos tecnológicos na área financeira
Ambos os palestrantes foram perguntados sobre como suas empresas estão se comportando diante da necessidade de investimentos na área.
Lucas respondeu que a Vivae, por ser uma empresa que está começando agora, ainda não centraliza nenhum investimento específico, mas que já nasce de uma grande parceria entre a Vivo e a Ânima. Contudo, diz que a integração de ferramentas é importante, pois facilita a análise dos KPIs e demonstrativos, obtendo uma informação clara, disponível e segura.
André afirma que, mesmo durante a pandemia, a oáz optou por fazer uma mudança de ERP que se integrasse à realidade do ponto de venda (PDV) justamente pela necessidade de crescimento e pelos planos de internacionalização da empresa.
CFO como incentivador da segurança digital
Neste ponto da conversa, abordou-se a importância do CFO como um apoiador da melhoria da segurança da empresa. Ambos os painelistas afirmaram que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) veio para trazer mais um incentivo à segurança. E o papel do CFO é decisivo também neste ponto, gerando prevenção e adequação às regras de compliance.
Relação entre o CFO como as demais áreas estratégicas
Próximo ao encerramento da palestra, a relação do CFO com os demais diretores e gerentes de outras áreas, ganhou destaque.
André Verçosa, CFO da oáz, afirma que a melhor maneira para gerar aproximação e fortalecer esta relação é conversando e mostrando a importância de apoiar a tomada de decisões das demais áreas do negócio, oferecendo informação e subsídios estratégicos.
Lucas Nabeiro, CFO da Vivae, diz que a tecnologia tem papel fundamental na disponibilidade de dados, suportando as tomadas de decisão de forma descentralizada e gerando empoderamento por meio da informação.
O perfil do CFO moderno é consultivo
Ao final, ambos os convidados deram sua opinião sobre a figura do CFO e o seu perfil atual. Nabeiro afirma que o CFO é formado por uma combinação de soft e hard skills. E que o seu papel será, cada vez mais, de dar suporte às decisões de forma consultiva dentro da empresa. Já, Verçosa diz que ficará ainda mais latente a necessidade do CFO como gestor qualificado, humanizando a relação deste executivo com o restante da empresa.
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Automatização na área financeira mostra resultados, mas implantação ainda é um desafio
81% dos CFOs reconhecem o potencial da automatização na área financeira para otimizar processos e como recurso para capturar insights de dados. É o que mostra o Estudo do CFO 2022: O Futuro da Automatização e Inteligência nas finanças das empresas, elaborado pela Vic.ai, ferramenta de inteligência artificial para sistemas de pagamento de contas, em parceria com a StrategicCFO360, comunidade de insights para líderes.
O levantamento, feito com mais de 145 tomadores de decisão de empresas estadunidenses de diversos setores, mostrou que, além disso, eles procuram a automatização para outros objetivos:
- 52% querem reduzir erros;
- 89% tem como objetivo otimizar a eficiência e produtividade;
- 47% esperam otimizar suas atividades de forecasting e predição financeira.
Apesar de apenas 5% dos entrevistados estarem com a estrutura de análise de dados totalmente automatizada, o cenário é de investimento contínuo, com 58% planejando aumentar seus orçamentos voltados à área financeira nos próximos 12 meses, e 34% em dois anos.
Segundo o estudo, o maior impulsionador da onda de digitalização é a alta volatilidade da economia global, que tem acelerado a necessidade da área financeira a se adaptar e se tornar mais ágil frente às mudanças, e tem pressionado líderes a encontrarem oportunidades rapidamente para se sobressair.
“Não há dúvida de que a automatização já tem mostrado seu valor em termos de ganho de produtividade e auxílio nas análises e planejamento. Através de tecnologias capazes de acelerar os processos da área financeira e trazer insights cada vez mais completos, profissionais têm focado em atividades estratégicas e líderes têm praticado uma gestão data-driven mais eficiente, com decisões embasadas em números concretos”, afirma Alex Szaniecki, gerente de onboarding da Accountfy. “É notável que, com esses artifícios, CFOs têm adotado uma postura mais proativa do que reativa, premeditando cenários de risco e identificando oportunidades de crescimento. Além de captar mais dados, eles estão sabendo o que fazer com eles”.
A crescente adoção das novas tecnologias vem acompanhada de obstáculos. 61% dos CFOs afirmam que o desafio mais comum ao automatizar as funções financeiras é a integração com seus sistemas atuais. Para 58% dos CIOs, eliminar a silagem de informação entre departamentos está no topo das dificuldades.
Além disso, a busca por profissionais qualificados e a alocação de orçamento e recursos foram apontados como outros empecilhos relevantes.
“Apesar da automatização na área financeira demonstrar resultados visíveis e levantar o interesse de muitos líderes, o primeiro passo para torná-la realidade acaba sendo desanimador. A integração de novas tecnologias exige uma movimentação na qual nem todos os sistemas são compatíveis, e quando falamos de números, não há espaço para erros”.
“Nessa hora, entendemos a importância de uma implantação facilitada, com uma equipe preparada para atender, e também de um produto dinâmico, que interaja com as principais ferramentas usadas na área financeira. Essa atenção que damos às empresas que querem ‘arrumar sua casa sem a bagunçar ainda mais’, faz toda a diferença quando estão buscando rapidez e qualidade na digitalização”. – Alex Szaniecki, gerente de onboarding, da Accountfy.
Pontos de atenção ao planejar a automatização na área financeira
Segundo a pesquisa, além da compatibilidade entre sistemas, o sucesso ou fracasso da implementação depende de alguns fatores-chave, que devem ser considerados desde o início do projeto:
- Alinhar a estratégia de automatização da organização com suas prioridades de negócios;
- Identificar quais processos já são automatizados, mas ainda ineficientes;
- Avaliar soluções de automatização por sua funcionalidade, escalabilidade e interoperabilidade;
- Avaliar a experiência do usuário (UX) da solução para garantir a utilização ideal pelos funcionários.
Além disso, deve-se analisar o impacto da automatização das rotinas financeiras e entender como ferramentas CPM e ERP podem ajudar neste processo.
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O impacto da automatização de processos na gestão financeira: por que investir?
Tarefas como o controle de despesas, reembolsos corporativos, checagem de comprovantes e emissão de notas de débito são repetitivas e tomam tempo da equipe, que, por sua vez, deixa de realizar ações estratégicas, principalmente quando não há automatização de processos na gestão financeira.
Como a área financeira pode se beneficiar do cloud computing?
A pesquisa Rastreador de Infraestrutura Corporativa Trimestral Mundial: Comprador e Implantação na Nuvem da International Data Corporation (IDC), consultoria em inteligência de mercado, revela que os gastos com infraestrutura de computação e armazenamento em nuvem aumentaram 6,6%, ano a ano, até 2021, totalizando um mercado de US$ 18,6 bilhões. Até 2025, devem atingir US$ 118 bilhões.
Seguindo essa tendência, o material Futuro da Área Financeira: A Agenda o CFO para Um Amanhã Radicalmente Diferente, feito pela KPMG, mostra que o futuro da área financeira será marcado pela nuvem como ferramenta dominante.
De acordo com a Investopedia, portal referência em conteúdos financeiros, o cloud computing é uma tecnologia que permite a entrega de diferentes serviços através da internet, como servidores, redes e softwares, por exemplo. As informações armazenadas em nuvem são salvas em bancos de dados remotos e podem ser acessadas a qualquer momento por dispositivos conectados à ela, não precisando estar em um local específico.
Com toda a flexibilidade, agilidade e mobilidade que o cloud computing têm proporcionado aos negócios, a área financeira a usa como uma aliada para otimizar processos e trazer maior dinamismo na gestão de dados.
De acordo com o relatório Futuro da Área Financeira: A Agenda do CFO para Um Amanhã Radicalmente Diferente, tecnologias de automatização baseadas em cloud computing fomentarão um novo modelo operacional no qual capacitarão as finanças para entregar mais valor com menos esforço, e responder às necessidades do negócio com maior rapidez. Continue a leitura e entenda mais sobre essa relação.
Cloud computing na área financeira
Em seu estudo Economia da Nuvem: Mantendo a Cabeça na Nuvem – O Papel Vital dos CFOs nas Decisões Estratégicas de Computação em Nuvem, a Deloitte afirma que à medida que empresas exploram as vantagens do cloud computing, os CFOs têm a oportunidade de conduzir estrategicamente a implantação dessa tecnologia na área financeira e em toda a organização.
Segundo a consultoria, CFOs podem abordar os impactos que modelos de nuvem podem trazer aos processos contábeis e financeiros. Além disso, devem comunicar seus resultados para investidores e stakeholders, pois, analistas de investimento parecem estar mais interessados em como essa tecnologia pode levar a aumentos nos fluxos de receita, assim como seu potencial de redução de custos.
Além disso, a adoção do cloud computing na área financeira permite que concentrem mais tempo e recursos em suas principais atividades, ao mesmo tempo em que oferecem a flexibilidade de aumentar ou diminuir os investimentos em nuvem como resposta às mudanças nas necessidades da organização.
Benefícios do cloud computing na área financeira
Economia de recursos e tempo
A migração para a nuvem permite que as áreas financeiras otimizem os investimentos alocados em tecnologia e evitem gastos desnecessários. Em vez disso, podem canalizar o dinheiro para outros aspectos da gestão do negócio.
O estudo da Accenture revela que o cloud computing pode reduzir significativamente o custo operacional de uma empresa, permitindo que ela aumente ou diminua o uso de recursos. O relatório também afirma que, além de economizar em energia, uma empresa pode reduzir sua emissão de carbono em 30% por cada usuário usando soluções em nuvem.
Segundo a IBM, em comparação com o armazenamento local tradicional, o cloud computing traz:
Custos de TI mais baixos: o armazenamento em nuvem reduz custos de compra, instalação, configuração e gerenciamento de infraestrutura físicas, além de mão de obra especializada;
Mais rapidez no fornecimento de ferramentas: em vez de aguardar pela instalação e configuração de softwares e hardwares, o cloud computing permite que aplicativos corporativos sejam implantados em poucos minutos.
Melhor aproveitamento e economia de gastos: ao contrário de infraestruturas físicas, a nuvem conta com a possibilidade de dimensionar a capacidade de armazenamento para mais ou menos, em vez de pagar pelo excesso de espaços que estão sem uso.
Facilidade de acesso à informação
O armazenamento em nuvem facilita e dinamiza seu acesso, no qual vários dispositivos podem carregar e baixar dados de qualquer lugar e a qualquer momento, permitindo inclusive a colaboração em tempo real por equipes remotas, por exemplo.
O Guia do CFO para a Nuvem, também elaborado pela Deloitte, reforça como a adoção do cloud computing pode ter um resultado positivo na área financeira em termos de acesso à dados, exemplificando o seguinte caso:
“Uma empresa sofria com problemas na gestão de dados. A área financeira não conseguia acessar ou analisar as informações de sistemas antigos, necessárias para decisões cruciais. Ao perceber que precisavam de uma nova plataforma baseada em nuvem, a equipe de tecnologia implantou o cloud computing. Essa empresa agora está se tornando uma potência orientada por dados, adotando ferramentas avançadas para rentabilizar novas oportunidades”.
Segundo a Deloitte, em rotinas em que a coleta de informações é essencial e muitas vezes manual, áreas financeiras veem o cloud computing como ferramenta principal no auxílio dessas demandas e já representa redução de tempo na elaboração de relatórios.
Apoio às decisões estratégicas
Segundo a KPMG, para os profissionais da área financeira, o cloud computing, combinado a outras ferramentas, está auxiliando as decisões através de recursos de monitoramento de processos de fechamento, análise de cenários estratégicos e relatórios gerenciais em tempo real.
A consultoria afirma que planejadores financeiros podem se aproveitar de ferramentas baseadas em nuvem, como plataformas de gestão de desempenho corporativo (CPM), para criar uma visão de FP&A que integre as previsões financeiras com as operações, supply chain, vendas, marketing e outros.
Melhorias na forma como os dados são estruturados e coletados e a redução da necessidade de processos repetitivos e intervenções manuais são alguns dos benefícios enfatizados pela KPMG.
Os papéis do CIO e CFOs
Embora tradicionalmente questões tecnológicas sejam conduzidas pelo CIO (Chief Information Officer), o CFO também está atrelado à transformação digital e seu suporte tem desempenhado um papel importante na promoção das mudanças necessárias nos processos.
58% dos CFOs entrevistados pelo estudo TCS 2020 CFO, feito pela Tata Consultancy Services, consultoria de serviços de TI, reconhecem que a tecnologia está tendo um impacto profundo em seu papel e não são apenas responsáveis pela digitalização da função financeira, mas também desempenham papel fundamental na digitalização de todo o negócio.
Nesse sentido, ambos têm trabalhado em conjunto para implementar soluções em cloud computing na área financeira e em toda a organização de forma inteligente e planejada.
Para a Deloitte, ao considerar a implantação do cloud computing, o CFO pode envolver-se, juntamente com o CIO, para discutir as necessidades da empresa em relação à tecnologia, e avaliar contratos, taxas, custos, e retornos esperados.
De acordo com o artigo Como o CFO e o CIO colaboram para criar, otimizar e proteger valor, da Ernst & Young, enquanto os CFOs supervisionam os gastos corporativos gerais e justificam financeiramente as iniciativas relacionadas à tecnologia, o CIO avalia as opções de serviços de cloud computing, e decide quais estruturas e processos do negócio serão movidos para a nuvem: tais como os bancos de dados, aplicativos, plataformas e softwares, por exemplo.
Além disso, rumo à implantação do cloud computing na área financeira e na organização como um todo, o Gartner, em seu material Elabore uma estratégia eficaz de computação em nuvem respondendo a cinco perguntas-chave, sugere algumas questões que CFOs e CIOs podem responder:
- Onde e como a organização deve consumir serviços de cloud computing?
- Como protegeremos, gerenciaremos e governaremos em ambientes híbridos?
- Como a computação em nuvem influencia nossa estratégia?
Em suma, além de conduzir a mudança em termos técnicos, o CIO pode trazer mais clareza em relação aos impactos positivos que o cloud computing trará, ajudando nas metas organizacionais.
Por sua vez, CFOs podem auxiliar na escolha de uma ferramenta alinhada às expectativas do departamento de tecnologia, ao mesmo tempo que gerenciam novos riscos, e conciliam os investimentos às estratégias e objetivos financeiros.
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Criptomoedas e área financeira: o que você precisa saber
Segundo estimativa do relatório da Crypto.com, consultoria de serviços financeiros em cripto de Singapura, até o fim de 2022, o número de proprietários globais de criptomoedas chegará a 1 bilhão.
Além disso, o Gartner prevê, no Guia Rápido de Criptomoedas Para o CFO, que até 2024, pelo menos 20% das grandes empresas usarão moedas digitais.
E como esses ativos diferem dos tradicionais, esse cenário ilustra um desafio para os líderes à medida que gerenciam e adaptam as criptomoedas à área financeira e aos modelos de negócios atuais.
O que são criptomoedas
Segundo a Investopedia, as criptomoedas são versões de moedas eletrônicas, como o bitcoin, por exemplo, que permitem pagamentos online em tempo real entre as partes, sem intermediários como instituições financeiras e câmaras de compensação de um banco central.
As criptomoedas são extraídas, negociadas, distribuídas e armazenadas em um livro de blockchain. A expressão se refere à tecnologia que permite que uma base de dados seja organizada através de uma sequência ordenada. Trata-se de um livro-razão com blocos interligados e imutáveis que contém todo o histórico e registro de transações e o rastreamento de ativos em uma rede compartilhada.
Criptomoedas na área financeira
O relatório A Ascensão do Uso de Criptomoedas nos Negócios, elaborado pela Deloitte, revela que um número crescente de empresas em todo o mundo estão usando criptomoedas e outros ativos digitais para propósitos de investimento, operacionais e transacionais.
Para a consultoria, a introdução dessa nova tecnologia está ajudando a preparar empresas para um futuro emergente que poderá incluir moedas digitais regulamentadas pelos bancos centrais.
O material elenca benefícios que as criptomoedas podem trazer relevantes à área financeira, tais como:
- Transferências monetárias simplificadas e em tempo real: as movimentações em criptomoedas são feitas entre o pagador e o recebedor, sem a necessidade de uma terceira parte, como instituições financeiras ou contas bancárias. Usando a chave privada associada a criptomoeda, um usuário pode assinar transações e, assim, transferir o valor para um novo proprietário instantaneamente.
- Maior segurança nas transações: empresas podem utilizar de recursos de multiassinaturas na wallet (carteira digital em que ficam armazenadas as criptomoedas), em que a maioria dos titulares de contas compartilhadas precisa assinar uma transação para ser processada com sucesso. Além disso, para garantir a integridade das transações criadas na rede, as transações são registradas em um livro público (blockchain).
- Oportunidades envolvendo investimentos digitais: as criptomoedas podem permitir acesso a novos grupos de investimentos tradicionais que se tornaram “tokenizados” – expressão que se refere à ativos que foram convertidos em formato digital – bem como a novas classes de ativos, consideradas grandes oportunidades para liquidez e capitalização.
De acordo com a Gartner, CFOS deverão estar prontos para adicionar criptomoedas ao seu balanço patrimonial e na estratégia de ativos. Segundo a consultoria, apesar das criptomoedas parecerem ser uma disrupção digital ainda distante, a tendência é que futuramente, elas possam ser utilizadas para pagamentos entre negócios B2B.
As criptomoedas na área financeira poderão agregar rendimentos e organizações poderão usá-las como um novo tipo de moeda de pagamento, garantia para investimentos em novos ativos digitais, e reserva de valor semelhante ao ouro digital (método de compra e investimentos no ouro, sem necessidade de havê-los fisicamente).
Segundo o guia, empresas públicas que optaram por manter uma criptomoeda em seus balanços acreditam que elas possam ser uma melhor reserva de valor em longo prazo do que as moedas fiduciárias.
No entanto, líderes financeiros precisam estar atentos às ameaças envolvendo as atividades relacionadas às criptomoedas. Alta volatilidade, falta de acordos universais sobre tratamentos contábeis e fiscais e incerteza de mercado são destacados pela consultoria.
Outra pesquisa da Gartner, feita com 77 executivos financeiros, sendo 50 deles CFOs, aponta que as principais razões pelas quais muitas empresas ainda não possuem cripto ativos são:
- 39% por alta exposição ao risco: para a consultoria, devem ser consideradas questões como a desconfiança dos diretores de conselho ao discutir implantações ou investimentos envolvendo criptomoedas na área financeira, já que são altamente voláteis. “Seria extremamente difícil mitigar o tipo de oscilação observada nas criptomoedas nos últimos cinco anos”, afirma Alexander Bant, chefe de pesquisa na prática de finanças da Gartner.
- 38% pela lenta adaptação como moeda de troca: como forma de pagamento, elas ainda estão em fase de desenvolvimento e carecem de proteção legal. Além disso, a maioria das organizações não possui habilidades e conhecimento para gerenciá-las.
- 18% por dificuldades com tratativas contábeis: por não serem amplamente regulamentadas, as criptomoedas na área financeira exigem atenção diferenciada em termos de tratamento contábil e fiscal, inclusive para usá-las em transações comerciais.
Especificações fiscais das criptomoedas no Brasil
Segundo o Ministério da Economia, em ofício emitido no final de 2020, criptomoedas podem ser utilizadas para composição do capital social e consideradas como ativos financeiros.
Além disso, o documento confirma que não há procedimentos especiais para o registro dos atos societários que envolvam criptomoedas, “devendo ser respeitadas as mesmas regras aplicáveis à integralização de capital com bens móveis, conforme o respectivo tipo societário”.
Mas, apesar de não serem consideradas como moeda nos termos do marco regulatório atual, devem ser declaradas por serem ativos financeiros. Operações realizadas com criptoativos que ultrapassem R$ 35 mil mensais em negociações estão obrigadas as prestações relativas à Instrução normativa RFB Nº 1888, de 03 de maio de 2019.
De acordo com a legislação no Brasil, são obrigadas a prestar as informações: a exchange (corretora de cripto ativos) domiciliada para fins tributários no Brasil; e a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no Brasil quando:
a) as operações forem realizadas em exchange domiciliada no exterior; ou
b) as operações não forem realizadas em exchange.
Quanto ao prazo de entrega, segundo o art. 8º da instrução normativa, as informações deverão ser enviadas à Receita Federal até o fim do último dia útil do mês seguinte ao que ocorreram as operações, e deve ser feita através do sistema de Coleta Nacional.
Riscos envolvendo criptomoedas
A regularização ainda está em seus passos iniciais
A Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos alerta que as criptomoedas carecem de apoio e proteção contra usos indevidos, como golpes e fraudes. Além disso, o órgão afirma que compras feitas através desse método geralmente não são reversíveis, e informações sobre transações podem ser publicadas indevidamente, representando grandes riscos ao financeiro.
Em março, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou a Ordem Executiva para Garantir o Desenvolvimento Responsável de Ativos Digitais, visando a proteção do consumidor, estabilidade financeira, segurança nacional e gestão de riscos climáticos envolvendo criptomoedas.
Para o Fórum Econômico Mundial, a movimentação incentiva uma abordagem globalmente coordenada para a regulamentação das criptomoedas, que hoje chegam a ter valor de mercado estimado em US$1.7 trilhão.
No Brasil, devido a preocupação com os efeitos das criptomoedas na estabilidade financeira e seus riscos, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que regulamenta as empresas que operam no setor de criptomoedas. Ao entrar em vigor, somente instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central poderão prestar exclusivamente o serviço de ativos virtuais.
O preço das criptomoedas é muito volátil
Investimentos e reservas em criptomoedas ainda estão expostas à grande variação. A especulação faz com que a demanda oscile descontroladamente, resultando com que os preços subam e desçam drasticamente.
Entre altos e baixos, dados do Banco da Reserva Australiana mostram o grau de volatilidade nos preços de criptomoedas. O preço do bitcoin, por exemplo, aumentou de cerca de US$ 30.000 em meados de 2021 para quase US$ 70.000 no final do mesmo ano.
Em junho de 2022, a moeda chegou a uma de suas maiores quedas, com os preços caindo para cerca de US $20 mil. Números da Glassnode, consultoria de serviços de blockchain, revelam que bitcoin e ativos digitais passaram por mais um período caótico e a baixa está em sua fase “mais sombria”.
Segundo a Glassnode, diversos indicadores macro sugerem que o mercado está entrando na fase mais profunda deste ciclo e investimentos de longo prazo esperam registrar perdas significativas.
O especialista Gustavo Cunha, que atua há mais de 5 anos no mercado de criptoativos, afirma, em matéria para a InfoMoney, que a volatilidade das criptomoedas pode ser explicada pelo fato de se tratar de um mercado emergente, em que há grande especulação e requer que usuários se “acostumem” com a ideia de uma moeda digital.
Além disso, Cunha também destaca o impacto midiático exemplificando com uma notícia em que a China determinou que toda transação relacionada a cripto é ilegal, resultado em uma queda de 4% ao bitcoin.
Mesmo com maior blindagem, ainda há problemas de segurança
Apesar da tecnologia de criptografia envolvida, essa as criptomoedas ainda tem suas vulnerabilidades. Recentemente, mais de US$ 625 milhões em criptomoedas foram roubadas da Axie Infinity, jogo do tipo play-to-earn, jogue-para-ganhar, no português, baseado em NFT (token não fungível).
O ataque ocorreu em decorrência de uma invasão das chaves privadas (conjunto de palavras que funcionam como uma senha de acesso que permite a movimentação dos saldos) da carteira que desenvolve a comunicação entre a blockchain do jogo (AXS) e a rede ethereum, na qual é hospedada.
Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios da Mercado Bitcoin, uma das maiores exchanges brasileiras, afirma em seu artigo publicado no LinkedIn que “o maior hack da história cripto” ainda é só o começo para o surgimento de outros.
“O ponto é que conforme crescem os volumes do mercado de criptoativos, tendem a crescer também os saldos dos roubos, sejam eles em criptomoedas, como bitcoin e ethereum, ou em outras ramificações desse mercado”, afirma Tota.
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Experiência do consumidor é decisiva na contratação de serviços financeiros
A pesquisa Finfacts, do Google Cloud, em parceria com a R/GA, mediu o desempenho de sites, aplicativos e a experiência do consumidor de 28 instituições financeiras brasileiras, incluindo bancos digitais e fintechs. No total, mais de 2600 análises foram feitas.
O relatório evidencia os desafios que clientes têm passado ao contratar produtos de instituições financeiras: atendimentos humanos e automatizados frustrantes, abertura de contas demoradas, falta de informações, entre outros.
Segundo os resultados, 15 chatbots de 24 instituições avaliadas se mostraram ineficientes. No atendimento humano, 11 foram considerados insuficientes.
Durante a contratação, mais de 41% não trazem informações claras sobre especificidades, como taxas cobradas e condições. Na mesma situação, 50% não oferecem cartão de crédito pré-aprovado sem pedir informações extras e quase 38% não têm políticas acessíveis sobre coleta de dados.
Além disso, 50% levaram mais de 48h para finalizar processos de abertura de contas e, em alguns casos, mais de 10 dias.
Em termos tecnológicos, de 24 instituições avaliadas:
- 10 tiveram dificuldades no processo de uploads para abertura de conta;
- 9 sofreram instabilidade e ficaram com o aplicativo offline;
- 6 apresentaram erros ou lentidão na autenticação durante o login;
- 5 apresentaram problemas relacionados a reconhecimento facial;
- 5 não oferecem login por biometria ou Face ID.
De acordo com o Google, esses fatores têm contribuído para um maior índice de desistência. Entretanto, o relatório abre um leque de melhorias na experiência do consumidor, sejam de empresas de serviços financeiros ou não. Acessibilidade, atendimento personalizado e objetividade mesclada à simplicidade são pontos destacados.
“Na Accountfy, entendemos que essa jornada se inicia no momento zero, no qual cruzamos nossa proposta de valor com as expectativas do cliente”, comenta Beatriz Costa, gerente de Customer Success da Accountfy. “Antes mesmo de apresentarmos nosso produto, buscamos entender o que procuram, suas motivações e dores, assim, criamos planos de otimização voltados a atendê-los. Em todo esse caminho, priorizamos a qualidade das interações e a transparência, além da personalização como parte da estratégia.”
A experiência do consumidor como prioridade
Com consumidores buscando maior rapidez e facilidade, a melhor experiência é mais valorizada do que o nome da instituição. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, no setor de serviços financeiros, 90% das aquisições são motivadas pelo próprio ato da compra, contra 10% por fidelidade à marca.
Nesse cenário, a jornada do consumidor ganha importância, e empresas podem considerar maiores otimizações em seus canais de venda e de relacionamento. Uma pesquisa da Microsoft, feita com 100 líderes de diversas áreas de empresas de seguros, bancos e outras atividades financeiras, revela que 86% estão investindo mais de 25% de seu orçamento na experiência do consumidor.
A mesma pesquisa ainda aponta que, entre 46% das empresas que irão aumentar seu orçamento em 2022, mais da metade pretende investir no aproveitamento dos dados do cliente para personalização em tempo real.
“A vantagem competitiva de oferecer uma ótima experiência do início ao fim já vem sido notada pelos líderes. Logo depois de fecharmos um contrato, damos continuidade à jornada de confiança construída anteriormente, caminhando ao lado de cada cliente e suas particularidades, proporcionando uma adaptação e integração completas. Por fim, avaliamos se toda essa experiência atingiu os resultados esperados através dos feedbacks. Aspectos como esses aumentam as conversões, o valor comercial da vida útil, e também fortalecem a fidelidade”, afirma Beatriz.
As vantagens de um bom relacionamento entre o CFO e o CIO
A aliança entre finanças e tecnologia se mostrou ainda mais necessária nos períodos de pandemia e pós-pandemia. Segundo a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o total de investimentos globais em TI (software, hardware e serviços) em 2021 superou os 2 trilhões e meio de dólares.
Mas, embora o CIO (Chief Information Officer) esteja posicionado como diretor e especialista em operações de TI, as limitações do caixa podem tornar o processo de investimento em tecnologia mais complexo, tornando-se necessária a presença de mais diretores na mesa de reuniões, como o CFO (Chief Financial Officer).
Entretanto, a recente pesquisa do Gartner mostra que apenas 30% dos relacionamentos CFO-CIO são caracterizados por serem colaborativos e centrados nas necessidades do negócio.
Nesse cenário, estreitar o relacionamento com o CIO é uma das prioridades do CFO para 2022 como propulsor da inovação, enquanto ambos preservam as reservas financeiras.
O que está colaborando para a aproximação entre CFO e CIO?
Em entrevista para a CXO Talks, o CTO da Deloitte, Bill Briggs, afirma que, no passado, o departamento de TI era considerado de alto custo, e o único envolvimento da área financeira era reduzir gastos sem sacrificar a eficiência e confiabilidade.
Hoje, essa relação é mais estratégica. Em um cenário de constante evolução tecnológica, os investimentos em inovação têm sido vistos como uma das implantações mais estratégicas de capital na empresa, o que torna vantajoso fortalecer as relações entre CFO e CIO.
Para Briggs, “a forma como pensamos sobre finanças em relação a TI está mudando. Este é um momento em que há oportunidades à nossa frente e ambos os setores estão precisando se reerguer e se reinventar. E trabalhar juntos oferece uma chance muito maior de alcançar os objetivos do negócio”.
A pesquisa Insights de pares do CFO para 2021: Transformação digital e prioridades de gastos em TI, elaborada pela Rimini Street, revela que 71% dos CFOs acreditam que a transformação digital é a chave para o sucesso das suas empresas. O levantamento foi feito com mais de 1.500 executivos da área de finanças em 13 países, incluindo o Brasil.
Portanto, espera-se que os CFOs e CIOs liderem funções de TI e finanças mais ágeis, e para isso o CFO deverá entender onde e como os dados e a tecnologia podem ser aplicados, utilizando novas ferramentas como computação em nuvem, análise avançada de dados e softwares de segurança.
Em contrapartida, o CIO precisará entender o mercado em constante mudança, as expectativas operacionais e as novas ferramentas emergentes e conciliá-las com as limitações financeiras da organização.
Como a relação CFO e CIO pode ser vantajosa
Segundo a Ernst & Young, o forte relacionamento entre CFO e CIO pode ser a chave para criar, otimizar e proteger os valores do negócio. Entre as vantagens dessa relação estão:
- Insights melhores através da análise avançada de dados: o CIO pode avaliar a substituição e atualização de novas ferramentas que ofereçam análise, reporte e monitoramento, capazes de auxiliar o CFO a tomar decisões mais precisas.
- Processos mais eficientes com a automatização: tarefas manuais e rotineiras podem ser otimizadas através de ecossistemas digitais capazes de reduzir o tempo e o esforço gasto. Nesse momento, o CIO torna-se responsável também por determinar qual ferramenta do rol de tecnologias pode simplificar as demandas da área financeira.
- Redução de riscos cibernéticos e corporativos: CIO e CFO podem trabalhar colaborativamente no gerenciamento de novos riscos que surgem em cenários de constante evolução. Enquanto o CIO identifica e monitora riscos de segurança tecnológica, o CFO elabora planos de mitigação para manter a empresa financeiramente e intacta.
De acordo a Ernst & Young, os líderes financeiros que desenvolvem um conhecimento prático de TI podem tomar melhores decisões estratégicas e continuar impulsionando – e financiando – a transformação digital de suas empresas.
Enquanto isso, os líderes de TI que contam com uma maior compreensão das prioridades financeiras podem avaliar adequadamente a adesão às suas iniciativas com uma perspectiva maior das estratégias de curto e longo prazo da empresa.
A pesquisa do Gartner, feita com com 183 CFOs e CIOs, revela que relacionamentos fortes entre os dois garantem uma oportunidade 51% maior para liberação de investimentos em tecnologia e 39% mais chances desses valores permanecerem no plano financeiro, além de 18% mais propensão dos resultados pretendidos serem alcançados.
Segundo a consultoria, esses atributos são os principais para definir uma forte parceria digital, no qual as organizações encontram financiamento para iniciativas de inovação, mantendo os gastos digitais dentro do orçamento.
Como aproximar esses dois líderes
O material CFO Insights: Três maneiras de fortalecer a parceria entre CFO e CIO, produzido pela Deloitte, mostra que o objetivo é semelhante para ambos: garantir que as operações sejam executadas com eficiência.
Frente ao desafio de equilibrar perspectivas diferentes, a consultoria sugere questionar se as ações principais do CFO e CIO estão caminhando lado a lado. Alguns exemplos são:
- Quais investimentos a área de TI e financeira estão fazendo ou identificando como críticos para o futuro?
- Como a tecnologia está apoiando a estratégia de crescimento da organização?
- A área financeira está fornecendo apoio às iniciativas de digitalização e propostas da área de TI nas reuniões com outros diretores e parceiros?
- A área de TI está fornecendo dados oportunos e precisos que suportam a entrega de resultados previsíveis e insights sobre receitas, custos, participação de mercado, lucros e ganhos?
- Como a área de TI está gerenciando os riscos de segurança e protegendo os ativos financeiros?
- A área financeira incentiva uma governança adequada para investimentos em tecnologia?
Respondidas essas perguntas, existem formas pelas quais CIOs e CFOs podem fazer parcerias para o sucesso. Para isso, é necessário:
1) alcançar o entendimento mútuo entre ambos;
2) estabelecer comunicações eficazes; e
3) identificar oportunidades para colaborar na entrega de valor ao negócio, forjando pontos em comum entre as duas funções.
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Avanço tecnológico: ameaça ou oportunidade para profissionais da área financeira?
A recente pesquisa da PWC, que contou com a participação de mais de 52 mil pessoas de 44 países, inclusive do Brasil, revelou que 30% dos entrevistados enxergam o avanço tecnológico como uma ameaça existencial, e estão preocupados com a possibilidade de suas funções serem substituídas pela tecnologia nos próximos três anos.
Além disso, 39% afirmam estar preocupados em não receber treinamento suficiente em habilidades digitais por parte de seus empregadores. Entre a geração Z, a proporção é ainda maior.
Dados da mesma pesquisa mostram que as empresas estão investindo em seus profissionais por meio da qualificação e aumento de salários, entretanto, apenas 40% dos respondentes afirmam terem recebido esses investimentos.
Tecnologia e o profissional da área financeira
Na área financeira, um dos fatores que reforçam o temor de que as funções sejam substituídas pelo avanço tecnológico é que, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial 2020, até 2025, 43,2% das empresas pretendem reduzir a força de trabalho atual por conta da automatização.
Além disso, até 2025, estima-se que 85 milhões de empregos poderão sofrer os impactos da divisão do trabalho entre humanos e máquinas em todo o mundo, incluindo o Brasil. Funções redundantes diminuirão de 15,4% para 9% da força de trabalho.
Entre as funções da área financeira que o relatório classifica como “redundantes” e que estão sendo deslocados pelo avanço tecnológico estão: escriturários de contabilidade e folha de pagamento, secretários, contadores e auditores.
Entretanto, as tendências sugerem que, diferentemente de substituídas, as funções tradicionais exigirão novas habilidades de seus profissionais, mostrando um cenário de mudanças para que o mercado de trabalhadores se adapte às novas demandas.
“O que acontece é que à medida que mais sistemas computacionais são usados no nosso dia a dia, mais cresce a demanda por trabalho especializado. A demanda por trabalho vai mudando de atividades mais operacionais para atividades mais tecnológicas que exigem proficiência no uso de programas e aplicativos. O profissional que se capacita com tais habilidades encontra um mercado repleto de posições a serem preenchidas”, afirma Cesar Moro, CTO (Chief Technology Officer) da Accountfy.
Segundo o levantamento Fórum Econômico Mundial, mais de 97 milhões de vagas poderão surgir, e profissões emergentes crescerão de 7,8% para 13,5%. São elas: especialistas em IA (inteligência artificial) e machine learning, em automação de processos, power BI, gestão de riscos e transformação digital, conselheiros estratégicos, analistas de dados e segurança da informação estão entre as profissões que estarão em alta nos próximos anos.
Segundo Moro, “essa transformação torna-se um facilitador para que profissionais se capacitem em ferramentas especializadas nas suas áreas de trabalho e assim se tornem profissionais mais produtivos, pois sistemas computacionais já fazem parte das suas rotinas de uma forma ou outra. Dito isso, fica claro que a visão de que sistemas computacionais diminuiu a demanda por trabalho está equivocada.”
Para Zulmir Ivânio Breda, presidente do Conselho Federal de Contabilidade, nesse momento, o profissional financeiro deverá estreitar as relações com as tecnologias que estão se inserindo em seu meio e capacitar-se para operá-las.
“O profissional já está percebendo os vários benefícios gerados por essas novidades. Por exemplo, no campo operacional, os softwares de gestão podem otimizar processos e facilitar tarefas rotineiras, deixando mais tempo disponível para que se dediquem à maximização dos resultados da gestão. Não há outro caminho a não ser entrar nesse ritmo de inovações, e o profissional que não fizer isso ficará para trás”, afirma Breda.
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Gestão de pessoas na área financeira: o que os líderes precisam saber?
A gestão de pessoas na área financeira demanda um olhar atento no contexto atual de popularização do home office e tecnologias digitais.
O último levantamento sobre avanços no setor de RH da consultoria PwC confirma: 79% das empresas entrevistadas afirmaram que vão manter ou implementar o trabalho remoto e 23% delas vão ampliar a infraestrutura para quem está trabalhando de casa.
Portanto, líderes precisam ser criteriosos ao gerenciar os profissionais da área financeira, sobretudo, porque esses colaboradores acessam informações confidenciais das empresas e, agora, podem trabalhar fora dos limites físicos organizacionais.
Liderança e gestão financeira: como reter talentos?
Larry Fink, o Chief Executive Officer (CEO) da Black Rock, a maior empresa em gestão de ativos financeiros no mundo, todos os anos, publica uma carta norteadora dos princípios que criam valor aos seus principais acionistas.
Na edição de 2022, Fink destina uma seção especial ao “novo mundo do trabalho”, enfatizando as mudanças após a Covid-19 que intensificaram uma relação de confiança entre empregadores e funcionários.
“As empresas esperavam que os trabalhadores estivessem no escritório cinco dias por semana. A saúde mental raramente era discutida nos locais de trabalho. E os salários para aqueles com rendimentos baixos e médios mal aumentavam. Esse mundo acabou”, afirma o CEO da Black Rock.
Fink ainda reflete sobre a importância de inspirar os trabalhadores, impulsionando o conceito de prosperidade para todos, desde operadores a acionistas. “A rotatividade aumenta as despesas, reduz a produtividade e prejudica a cultura e a memória corporativa.”
A retenção e a gestão de talentos passa por uma análise complexa dos recursos humanos e como as pessoas e empresas podem se alinhar a ela no curto, médio e longo prazos.
Em abril de 2022, a consultoria McKinsey publicou o material “Em conversa: O papel do CFO no desenvolvimento de talentos”, no qual os executivos reiteraram que a alocação e desenvolvimento de pessoas nas posições corretas são tão importantes como qualquer outro investimento financeiro.
A capacitação é citada como uma estratégia que não apenas cria diferencial competitivo, mas também melhora o bem-estar dos funcionários.
Significado, propósito e dignidade do trabalho foram os outros três eixos citados pelos entrevistados para manter os funcionários produtivos e satisfeitos. Mesmo atuando diretamente nas finanças, seus líderes precisam sintonizar os colaboradores ao negócio e à sua missão. Kevin Carmody, o sócio sênior do escritório da McKinsey em Chicago, ao ser perguntado como fazer isso, responde:
“Os CFOs precisam usar dados para identificar lacunas de habilidades e entender o que precisa ser feito para aprimorar essas capacidades. Em segundo lugar, precisamos adotar um ponto de vista holístico — por exemplo, ensinar perspicácia financeira básica […].”
Para Carmody, “os CFOs também devem ajudar a desenvolver jornadas de carreira personalizadas e duradouras para que as pessoas, independentemente do cargo, possam realizar os seus trabalhos com mais eficiência e obter mais satisfação com as funções. Quando tudo isso é feito corretamente, você vê um aumento de desempenho. As pessoas têm uma mentalidade de dono e os índices de satisfação disparam”.
Pontos importantes da gestão de pessoas na área financeira
Conforme a pesquisa Insights América Latina em 2021, realizada pela Michael Page, uma das principais consultorias em recrutamento do mundo, com mais de 3 mil respostas de líderes, 74,5% preferem um sistema de trabalho misto, priorizando as áreas nas quais a operação não está relacionada ao uso de maquinários.
O estudo mostra que 43% das áreas financeiras adotarão o regime misto, sendo que os líderes do Brasil são os primeiros a citar a gestão financeira como passível de trabalho remoto.
Dessa maneira, a gestão de pessoas e retenção de talentos com foco nos profissionais na área financeira passa pelo desenvolvimento da digitalização, segurança cibernética e outras habilidades comunicacionais. Siga a leitura e veja alguns elementos que os líderes financeiros podem trabalhar em seus times:
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Domínio de tecnologia
Se antes os registros financeiros e as contas eram feitos no papel, calculadoras ou em planilhas, agora eles podem ser armazenados e operados com tecnologias potentes e rápidas na análise dos dados.
Christian Grube, consultor em finanças corporativas da McKinsey na Alemanha, afirma, em entrevista, que “as taxas de adoção de tecnologia para usos financeiros aumentaram desde 2018, especialmente na automatização e análises financeiras avançadas”.
Segundo Grube, “ambas foram certamente aceleradas pela pandemia da COVID-19, quando muitas equipes financeiras tiveram que fornecer atualizações mais frequentes sobre caixa e perspectivas de negócios”.
Ankur Agrawal, consultor da McKinsey em New York, na mesma entrevista, afirma que a hora da digitalização nas finanças é agora, o que inclui usar ferramentas e recursos certos. Ele levanta a amplitude de habilidades necessárias para o time financeiro, desde estabelecer parcerias de negócios até mesmo a análise e engenharia de dados.
Então, os líderes devem proporcionar investimentos em equipamentos, acesso à internet, capacitação para os times e outros.
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Idioma
As organizações, agora inseridas em um contexto predominantemente digital, podem expandir suas estratégias para o exterior e elevar a competitividade global.
Dessa maneira, os líderes precisam observar a proficiência em idiomas de suas equipes financeiras para prepará-las para a atuação no mercado internacional de trabalho, seja na comunicação e prestação de contas com estrangeiros ou para adaptação às exigências dos padrões globais de conformidade financeira e contábeis.
Afinal, os principais órgãos reguladores do mundo utilizam o inglês como idioma oficial. Financial Accounting Standards Board (FASB) e International Accounting Standards Board (IASB) são duas instituições referências na publicação de normas e princípios contábeis. Empresas no mundo todo seguem suas orientações em busca de padronização e excelência na gestão financeira.
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Conformidade regulatória na gestão financeira remota
O departamento de finanças é repleto de dados sensíveis. Senhas, acessos bancários, movimentações financeiras e outras informações confidenciais podem ficar disponíveis para várias pessoas simultaneamente, exigindo responsabilidade e segurança.
Em um cenário com trabalhadores remotos, as empresas têm o desafio de manter a conformidade com a proteção de seus dados.
Susannah Hammond e Stacey English, especialistas em compliance, escrevem para a Reuters, que “embora os reguladores governamentais possam ser geograficamente neutros, ou seja, não importa para eles onde os funcionários estão trabalhando em uma jurisdição, todos os controles de conformidade e segurança devem ser igualmente eficazes, independentemente da localização”.
Isso quer dizer que o trabalho remoto ou híbrido não é uma justificativa caso haja alguma identificação de fraude ou outro desvio no padrão de compliance que a companhia promete seguir.
Sendo assim é preciso investir em soluções específicas à gestão financeira que permitam a proteção aos dados e outras táticas como: o uso de chaves individuais de acesso e a automação de processos.
A computação em nuvem é uma tecnologia que consegue atender a esses requisitos, pois permite alinhamento em tempo real e registro dos acessos.
Alguns softwares de gestão financeira ainda permitem uma versão para que auditores, internos ou externos, possam acompanhar as informações e ter acesso aos dados consolidados.
Dessa maneira, a digitalização e o trabalho remoto que poderiam ser uma janela para crises, tornam-se uma oportunidade para uma comunicação transparente e para o detalhamento da gestão financeira, desde que conduzida com soluções especializadas e de alta tecnologia.
Conheça o AccountCast: o podcast de inovação e insights para profissionais de finanças: contadores, controllers, tesoureiros, analistas de FP&A, conselheiros, CEOs e CFOs. Tudo sobre Governança Financeira de um jeito descomplicado!
Qual é a importância da gestão financeira no agronegócio?
A gestão financeira no agronegócio nunca foi tão necessária. Seus líderes devem estar atentos ao monitoramento e gerenciamento dos riscos na produção e comercialização em um contexto mundial instalável.
O Banco Mundial prevê uma desaceleração econômica global em 2023, com o índice de crescimento de apenas 3.2%, após o 4.1% previsto até o fim deste ano.
Para o Centro de Estudos Avançados em Econômica Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), essa lenta recuperação na economia mundial freia a produção agrícola brasileira.
A crise na oferta internacional de insumos agrícolas, a instabilidade cambial e o enfraquecimento do poder de compra interno são os principais motivos de insegurança no setor, segundo o estudo da Esalq-USP de 2022.
A gestão financeira moderna, aliada às novas tecnologias, auxilia no monitoramento e redução dos riscos da cadeia de produção agrícola e no gerenciamento do patrimônio.
Continue a leitura para saber mais como a prática e as tecnologias da gestão financeira contribuem com o desempenho do agronegócio.
Exemplo de gestão financeira aplicada ao agronegócio
A experiência prática no campo ou acertar as condições climáticas são insuficientes para gerenciar as instabilidades que envolvem o agronegócio atualmente.
Por exemplo, um grande produtor rural de milho pode ter tido dificuldades por intempéries no segundo semestre de 2021, somadas aos elevados custos.
Caso houvesse uma estruturação financeira, o gestor identificaria a alta dependência da oferta de insumos agrícolas no cultivo de milho, buscando assim outras fontes de abastecimento, mesmo com impacto em parte da margem.
Novas análises podem identificar onde estão os maiores gastos externos, reduzindo custos e introduzindo novas estratégias. A transparência com os gastos, a elaboração de melhores contratos e a diversificação dos fornecedores fazem parte da gestão financeira no agronegócio.
Um líder financeiro experiente e o uso das novas tecnologias pode trazer resiliência ao negócio rural, mantendo a sua viabilidade econômica no longo prazo.
Passo a passo para otimizar a gestão financeira no agronegócio
Continue a leitura para identificar os primeiros passos para uma gestão financeira moderna, que protege o capital, evita prejuízos e sustenta o crescimento do agronegócio diante de tempos incertos e das exigências internacionais.
Controle de caixa e previsão orçamentária
O controle do fluxo de caixa e elaboração de orçamento fazem parte das atividades financeiras do empreendimento agrícola. Dessa maneira, o gestor consegue ter precisão entre gastos e retorno, planeja melhor o uso de recursos próprios ou os financiamentos.
A empresa rural deve ter o custo de produção, com informações desde a compra de insumos, depreciações e salários para elaborar o seu fluxo de caixa.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sugere uma metodologia para composição desse custo total com a caracterização dos custos variáveis e fixos de cada produto ou safra.
a) Custos variáveis: corresponde aos gastos com os itens de custeio, as despesas de pós-colheita e as despesas financeiras necessárias para que o produtor continue na atividade. Eles correspondem aos preços praticados pelo mercado.
- Máquinas: as despesas de combustíveis e manutenção;
- Utensílios para produção;
- Manutenção de benfeitorias;
- Trabalhadores temporários com encargos sociais;
- Insumos;
- Despesas gerais;
- Transporte externo (frete) e armazenagem;
- Encargos financeiros: juros sobre capital de giro, taxas de mercado e custo de oportunidade (recursos próprios).
b) Custos fixos: correspondem aos gastos do produtor, independentemente do volume de produção.
- Depreciação: considera-se o desgaste das máquinas, equipamentos, utensílios, implementos, benfeitorias, instalações, solo (sistematização e correção), animais de trabalho e embalagens;
- Remuneração sobre o capital próprio não depreciado;
- Seguros, taxas e impostos;
- Trabalhadores fixos;
- Remuneração da terra.
Essa rotina de detalhamento do controle de custos permite otimizar os estoques, identificar e reduzir as fontes de perda e traz transparência para os stakeholders como investidores, fornecedores e sociedade.
Na maioria dos agronegócios, os movimentos de caixa caracterizam-se por longo período de desembolsos (saídas de caixa) e recebimento único no ciclo pela venda da produção.
Portanto, o controle das entradas e saídas de recursos financeiros ajuda o produtor na previsão orçamentária para o próximo ciclo e também na captação de recursos extras, melhorando o uso de capital.
Avaliação e gerenciamento de riscos
A PWC, em sua pesquisa global com CEOs ano de 2021, dedicou uma análise específica para o setor do agronegócio. Conforme o estudo, as principais ameaças citadas na gestão do risco do agronegócio foram:
- Volatilidade cambial (67%);
- Comportamento do consumidor (60%);
- Aumento das obrigações tributárias (57%);
- Mudanças climáticas (47%).
Tais riscos podem ser previstos e até mesmo controlados em uma gestão financeira.
Por exemplo, um empreendimento rural suscetível ao risco cambial, pode se valer de um contrato de hedge. Esse recurso limita um preço para o momento que a transação comercial for efetivada.
O hedge é uma estratégia que permite ao gestor financeiro ter previsibilidade do retorno sobre o investimento preservando a margem de produção. O líder dessa área também pode gerenciar demais riscos financeiros.
- Risco de crédito: corresponde a impossibilidade de contrapartida em uma operação de concessão de crédito, ou seja, um das partes não recebe ou não tem a comprovação do pagamento de uma dívida.
- Risco operacional: quando relacionado ao processo produtivo rural pode ser decorrente de fatores como perdas causadas pelo clima, falhas no plantio e colheita e, até mesmo, na gestão do negócio.
- Risco das taxas de juros: ocorre quando possíveis variações cambiais e flutuações das taxas de juros afetam a rentabilidade do agronegócio. Por exemplo, a proposta para o Plano Safra 2022/2023 é a manutenção das taxas sobre o ciclo anterior, mas especialistas apontam poucas possibilidades de confirmação diante das altas na taxa Selic.
- Risco de financiamento: são os riscos envolvidos nas diferentes esferas do agronegócio. Instituições financeiras analisam a capacidade do negócio, por meio do planejamento e gestão financeira, avaliando assim o risco de financiamento.
Gestão baseada em dados
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma que sensores, drones, imagens de satélites, tratores, pulverizadores e colheitadeiras automáticas são realidade no meio rural, mas tanta informação exige tecnologias de processamento para a devida interpretação dos dados.
Perceba, por exemplo, a complexidade de uma operação com avião para aplicações aéreas de agrotóxicos e fertilizantes. Primeiro, considera-se uma avaliação aérea, que nesse primeiro momento pode ser feito via drone ou satélite para calcular o tamanho da propriedade
O serviço considera a referência do preço por hectare. Geralmente é terceirizado e tem variação no custo de produção dependendo da região onde está a propriedade.
Operação com avião (R$/ha) = total de aplicações (aplicações/ha) x preço aplicação (R$/aplicação)
Tal regra quando digitalizada e amparada por serviços de automatização podem contribuir para o uso de insumos sem desperdícios e feito um cálculo com precisão para a eficácia do processo.
Gestores financeiros que contam com as melhores soluções de processamento de dados tem impressões cada vez mais confiáveis para tomar as suas decisões, muitas vezes reduzindo custos e inserindo o produtor no nível mundial de competitividade.
O investimento em sistemas com tecnologia SaaS, ou seja, com dados armazenados na nuvem, permite uma consolidação rápida das informações e análise em tempo real.
Dessa forma, há possibilidade de monitoramento, checagem de inconsistências, elaboração de relatórios e facilidade na comunicação entre as partes envolvidas.
Planejamento financeiro e análise de cenários
O processamento das informações permite simulações e a visualização de cenários. Dessa maneira, o gestor financeiro pode definir medidas protetivas preliminarmente.
Para ilustrar, imagine que se há chances de elevação na precificação dos fretes para o agronegócio, o profissional pode optar por uma modelagem financeira de acordo com esta conjuntura.
Em maio de 2022, a Petrobras anunciou um reajuste de 8,87% no preço do diesel, o que provavelmente afetará a tabela dos fretes em no mínimo 5% no Brasil.
Com a projeção, é possível simular o impacto do custo na receita e antecipar medidas de contenção, como renegociação com a frota e estabelecimento de remuneração por taxas fixas, além de apoiar os movimentos de congelamento na tabela do frete diante da alta inflação no país.
O planejamento financeiro ocorre de maneira cada vez mais efetiva no agronegócio quando amparada pela tecnologia e análise de dados, pois os gestores tomam decisões embasadas, abrindo mão da intuição.
Governança financeira e ESG
A consultoria Ernst & Young (EY) realizou o estudo “Tendências Globais para o Agronegócio”, divulgado em 2022, ao qual levantou três principais grupos das transformações tecnológicas na cadeia produtiva do campo (clique na imagem para ampliar).
Observe que o gráfico demonstra uma linha do tempo. A evolução da tecnologia do campo ultrapassa os hardwares e equipamentos para soluções tecnológicas que se integram ao modelo operacional. Nessa fase, os softwares e serviços por assinatura otimizam a produção agrícola, a comercialização dos produtos e a proteção das margens.
Sendo assim, os negócios do campo caminham cada vez mais para uma governança financeira, na qual a automatização das tarefas manuais e a análise de custos fazem parte apenas do primeiro passo.
A governança financeira, altamente tecnológica, é um sistema capaz de integrar as informações, oferecer análises rápidas, prever cenários, efetuar modelagens financeiras e propiciar segurança e transparência no repasse das informações.
Os ganhos com a tecnologia e gestão financeira elevam as chances de um agronegócio comprometido com as questões ESG, sigla que corresponde aos termos em inglês, Environmental, Social and Corporate.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação de Agricultura (FAO) posiciona de maneira semelhante à EY. Em seu Quadro Estratégico 2022-2031, a instituição afirma que a tecnologia, a inovação, a gestão e análise dos dados e a governança são aceleradores para a produção e distribuição de alimentos e produtos agrícolas no mundo com menor impacto ambiental.
Por fim, a estabilidade financeira e tecnológica suportam uma agricultura mais ecológica, que seja socialmente responsável com novos modelos de comunicação e interação com os seus stakeholders.
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Os pontos fracos do uso da planilha no planejamento orçamentário
Muitos gestores financeiros usam as planilhas como sua principal ferramenta para realizar o planejamento orçamentário. Mas será que elas ainda são a melhor opção?
Embora ainda sejam amplamente usadas, o Corporate Finance Institute, estima que 88% das planilhas contenham erros, e entre eles os mais comuns são nas categorias de preenchimentos de dados, cálculo, fórmula e de formatação.
De acordo com pesquisa da Ventana Research, gerentes financeiros desperdiçam até 12 horas por mês atualizando, revisando, consolidando, modificando e corrigindo planilhas manualmente, comprometendo o tempo usado para analisar as demandas da empresa e planejar o orçamento.
Na hora de traçar o orçamento, contar com informações discrepantes da realidade pode ser prejudicial para a saúde financeira da empresa, que depende de dados concretos para realizar projeções e estipular gastos corretamente.
Segundo o estudo BARC’s major annual survey of planning and budgeting software users, que entrevistou 1.245 pessoas sobre o uso de produtos de planejamento e orçamento, 52% usam software especializado para apoiar seus processos.
De acordo com a pesquisa, essas empresas reconheceram o valor agregado que o software de planejamento pode fornecer para apoiar e melhorar os processos.
No entanto, 33% ainda usam planilhas sem um banco de dados ou funcionalidade de planejamento específico como instrumento principal.
Neste post você confere alguns motivos pelos quais as planilhas podem ser substituídas por tecnologia na hora de ter um planejamento orçamentário de qualidade.
Pontos fracos das planilhas no planejamento orçamentário
É necessário configurá-las manualmente sempre que há algo novo
Rosaria Silipo, diretora de Data Science na Knime, empresa suíça de desenvolvimento de softwares, afirma em seu artigo, que um dos problemas de usar planilhas para operações envolvendo dados é a reusabilidade.
A expert em armazenamento de dados diz que, como as planilhas não são banco de dados e sim documentos que precisam ser alimentados, a falta de uma maneira verificada, confiável e constante de coletar dados de várias fontes torna a reutilização limitada.
Ao fazer o orçamento atual utilizando a planilha do período anterior pode gerar conflitos já que, em casos nos quais há mais células, colunas ou contas que a original, é necessário configurar novas fórmulas à mão.
Os dados são descentralizados e espalhados em vários arquivos
É comum que as demandas sejam distribuídas em todo o departamento financeiro podendo resultar em múltiplas cópias do mesmo arquivo, que podem ser perdidos, copiados incorretamente e alterados sem qualquer tipo de rastreio.
De acordo com pesquisa da FSN, feita com 1.000 líderes financeiros, 50% se preocupam que todos os documentos e divulgações não foram atualizados com as últimas alterações nas contas e 40% não conseguiram concordar que seus dados são sempre confiáveis e precisos.
Isso significa que cada responsável está trabalhando em sua própria versão do orçamento, com a preocupação de consolidar e reconciliar os dados posteriormente, ou estão trabalhando em um único documento, arriscando sobrescrever dados e sobrecarregando o arquivo, causando lentidão.
Suscetíveis a erros e falhas humanas
Além dos riscos sistêmicos como bugs e perdas de arquivos não salvos, ainda existe a falta de segurança e controle interno nas planilhas que contribui para que seus dados possam ser facilmente alterados e manipulados, capazes de gerar prejuízos.
Um pequeno deslize nas planilhas de orçamento custou 24 milhões de dólares à TransAlta Corporation, empresa de geração de energia elétrica canadense, por exemplo. O responsável pela preparação da planilha errou um comando de copiar e colar que não foi detectado a tempo.
Carecem de segurança e preocupam o compliance
Em entrevista para a Forbes, Jürgen Schmechel, proprietário da Capitalise-IT, consultoria especializada em auditoria de planilhas, afirma que recursos de segurança, como proteção por senha, ocultar ou proteger planilhas e outros, não são projetados para proteger informações e podem ser facilmente quebrados.
Além disso, como qualquer usuário com uma senha tem acesso a todo o orçamento – podendo modificá-lo, além de apenas visualizá-lo –, isso pode representar uma ameaça ao compliance. Mesmo que empresas restrinjam o número de usuários com acesso, isso pode levar a um orçamento mais demorado e sem a colaboração integral da empresa.
São pesadas, lentas e difíceis de compartilhar
A pesquisa Spreadsheets are holding you back revela que 41% dos usuários de planilhas não conseguem lidar com o volume de dados.
O processamento de dados, o cálculo de células, e a abertura de várias tabelas simultaneamente tornam-se cada vez mais demorados conforme a planilha vai aumentando. Os arquivos ficam pesados e difíceis de serem compartilhados, tornando a visualização, downloads e uploads lentos.
Além disso, um planejamento em planilha offline significa que as alterações não podem ser feitas em tempo real. À medida que as condições do mercado e as previsões mudam, as equipes precisam modificar os planos e gerar relatórios o mais rápido possível.
Por que optar por uma ferramenta de gestão financeira?
O relatório Global planning, budgeting and forecasting survey Insights report, elaborado pela Deloitte em 2021, diz que as planilhas ainda dominam, mas seu uso para planejamento, orçamento e forecast está diminuindo gradativamente, enquanto é perceptível o uso crescente de ferramentas SaaS como substitutas.
Segundo dados da mesma pesquisa, 57% dos CFOs e diretores de FP&A completam o planejamento orçamentário dentro de três meses. Enquanto isso, apenas 5% conseguem concluir o processo em apenas um mês – em 2014, esse número era de 16%, o que revela a crescente complexibilidade e tempo despendido no orçamento nos últimos anos.
Nesse sentido, plataformas de gestão de performance corporativa ou CPMs (corporate performance management), por exemplo, atuam como aliadas. Segundo artigo a IBM, seus benefícios para o planejamento orçamentário são:
- Medir e monitorar o desempenho por meio de painéis com visualização interativa;
- Examinar as causas-raiz com análise de alta precisão com dados completos;
- Avaliar tendências e realizar forecast automático a partir de dados internos e externos.
A criação de diversos cenários para a previsão de orçamentos, investimentos e cortes também fazem parte da funcionalidade dessa ferramenta, e são essenciais para que o gestor financeiro possa ter panoramas sobre situações futuras e possa preparar o caixa da empresa antecipadamente.
Essas plataformas também podem oferecer automatização de tarefas rotineiras do processo orçamentário, como o fluxo de caixa direto e indireto, Demonstração de Resultado de Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial, por exemplo, garantindo maior rapidez na sua conclusão.
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5 pontos importantes ao assinar uma plataforma de CPM
De acordo com pesquisa feita pela consultoria Palas, 70% das empresas brasileiras entendem a necessidade de inovar, mas somente um terço delas sabe onde e quanto investir.
Nesse sentido, ao planejar investir em uma nova ferramenta para atender as demandas da área financeira, gestores se deparam com algumas dúvidas comuns: Qual é o processo manual que mais toma tempo hoje? Devo considerar um software de ERP ou CPM? Ou talvez uma plataforma de BI?
O Corporate Finance Institute afirma que o CPM é uma plataforma que serve como braço direito do CFO, oferecendo automatização de demonstrações contábeis; assistência de auditoria e revisão através da análise de inconsistências; planejamento, projeção e modelagem de cenários e riscos; monitoramento de KPIs e geração de reportes financeiros; dentre outras funções.
Agora que você sabe se pode se beneficiar de uma plataforma de CPM, vamos conferir o que levar em consideração na hora de contratar uma delas.
O que considerar ao escolher uma plataforma de CPM?
Sergio Taipe, coordenador de onboarding na Accountfy, afirma que é importante avaliar o que a ferramenta oferece e qual retorno poderá trazer à organização ao considerar a contratação de uma plataforma de CPM.
“Partindo dos resultados de performance essenciais que pretende obter com a sua contratação, a empresa deve analisar criteriosamente as funcionalidades que o sistema oferece, mapeando e relacionando com as demandas do projeto de automatização.”
Plataformas de CPM devem automatizar processos repetitivos e manuais e atender às demandas da área financeira que mais despendem tempo e mão de obra para realizar, como fechamento, análise de resultados e ajuste de estratégias, por exemplo.
Uma plataforma de CPM eficiente possui recursos de análise e constrói relatórios visuais e painéis personalizados, monitora e mede KPIs, além de auxiliar com detalhamentos nas tarefas rotineiras.
Projeção e modelagem também entram nessa lista. Estimar resultados, simular cenários, antecipar necessidades e avaliar decisões como investimento, corte de custos e aplicações é uma das principais funções que uma plataforma de CPM deve oferecer.
1. Tempo do processo de implantação e integração da plataforma de CPM
O relatório LinkedIn Technology Buyers Report – The Age of Agility 20/21, realizado com mais de 2.000 compradores de tecnologia na Europa, Oriente Médio e África, revela que o tempo médio de implantação das contratações em soluções de tecnologia no nível corporativo foi 5,07 meses. Nisso, é importante lembrar qual o prazo de urgência dessa nova ferramenta por parte da organização.
Segundo a pesquisa, esse tempo é longo, pois pode representar falta de suporte pós-venda adequado, além de sinalizar uma implantação mais burocrática. Nisso, é importante lembrar qual o prazo de urgência dessa nova ferramenta e avaliar qual o tempo médio de conclusão das fornecedoras interessadas.
Adolfo Vasconcelos, coordenador de onboarding na Accountfy, afirma que o processo de implantação de um CPM pode ser resumido em seis atividades macros:
1) Definição de quais áreas serão impactadas pela implantação do sistema;
2) Qual será o escopo inicial que o sistema deve suprir;
3) Listagem das prioridades de implantação em termos de informação (por exemplo, atividades mais voltadas ao contábil, como consolidação, ou informações que abrangem mais o gerencial, como visão através de gráficos);
4) Definição do time e dos eventuais líderes para o processo de implantação;
5) Avaliação criteriosa do suporte e de documentos que serão necessários;
6) Definição de um cronograma definindo o que e quando cada atividade deve ser feita.
Apesar de serem tarefas dentro do roteiro de implantação da Accountfy, esses pontos podem ser levados em consideração na hora de se questionar quanto tempo pode levar o processo de qualquer plataforma CPM.
Além disso, se a empresa interessada em assinar o CPM trabalhar com mais de uma ferramenta simultaneamente, é interessante avaliar se a plataforma oferecida tem fácil compatibilidade entre sistemas.
Uma plataforma de CPM com implementação sistematicamente limitada afetará o tempo de implantação. Enquanto isso, uma solução com integração fácil e acessível resultará em um processo mais bem-sucedido, mais rápido, e mostrará um ROI antecipado.
2. O suporte pós-venda
Ainda de acordo com os dados da pesquisa do LinkedIn, 56% dos entrevistados dizem que o suporte pós-venda é um fator importante por trás da marca que escolhem. Isso demonstra a preocupação das empresas na hora de contratar um time qualificado e pronto para auxiliar na sua implantação e pós-implantação, além de um bom produto.
Verificar se a empresa contratada oferece uma equipe dedicada a prestar auxílio é essencial para o bom funcionamento da plataforma e melhor aproveitamento de seu uso.
Sinais de que o apoio pós vendas é eficiente: a fornecedora oferece suporte de especialistas em finanças além de TI, além de maior disponibilidade para atendimento, como fins de semana, feriados e madrugada, por exemplo.
Essa equipe ficará responsável por inserir sua empresa na nova ferramenta e também pelos processos de treinamento e implementação, assim como poderá atender sugestões de novas funcionalidades, correção de bugs e ajustes, por exemplo
Além desses quesitos, o mesmo relatório mostra que 47% de todos os compradores de tecnologia dizem que a experiência passada com a solução influencia sua compra.
3. Nome da marca versus valor da solução
Lembre-se de consultar a reputação da empresa antes de contratar, seja por meio de avaliações disponíveis online ou opiniões de atuais e antigos clientes. Isso pode ser útil para entender se sua entrega é satisfatória e garantir que está escolhendo o produto correto para a necessidade da empresa.
Entretanto, para a Software Advice, consultoria online para seleção de softwares, apoiar-se apenas nessas avaliações e opiniões de terceiros não é suficiente. É importante considerar recomendações que se encaixem em seu contexto, já que a realidade de grandes empresas pode ser diferente da de pequenas empresas, por exemplo.
A consultoria sugere encontrar avaliações de empresas de tamanho semelhante, em seu setor e com casos de uso comparáveis, além de solicitar uma lista de empresas clientes da fornecedora da ferramenta de CPM. Assim, é possível contatá-las sobre suas experiências com a ferramenta.
Pedir para que a empresa apresente os resultados de seus clientes antes e depois do uso da plataforma, conferir os cases de sucesso disponíveis, ou consultar como anda o nome da marca na mídia, por exemplo, são algumas das maneiras para se avaliar esses aspectos.
4. Qual plataforma de CPM oferece melhor experiência ao usuário
Segundo dados da pesquisa feita pela Robert Half, funcionários gastam até 22 minutos por dia lidando com problemas de tecnologia, o que engloba a experiência do usuário. Ter uma plataforma com design intuitivo, clareza, rápida responsividade, flexibilidade e esteticamente agradável é decisor na eficiência do setor e na adaptação do time à nova ferramenta.
Antes da contratação do produto, é importante saber como a plataforma funciona nesses termos. A Xd Ideas, fórum da Adobe para insights e discussão da prática e impacto do design, propõe alguns exemplos de métricas de usabilidade que podem ser avaliadas, tais como:
- Taxa de tempo médio para conclusão de tarefas: Segundo a MeasuringU, através de uma análise feita com quase 1200 tarefas, um bom resultado seria 78%. Para calculá-la, divida o número de tarefas concluídas com sucesso pelo número de tentativas.
- Taxa de tempo médio por tarefa: O tempo de tarefa mede a eficiência e a produtividade do produto ou serviço. Se o usuário passar muito tempo concluindo uma única ação, isso significa que a interação não foi projetada adequadamente. Para calculá-la divida o tempo médio para concluir uma tarefa pelo tempo total de conclusão de todas elas.
- Taxa de erros durante a experiência: Métrica utilizada para identificar falhas durante o processo de realização da tarefa, tais como botões que não funcionam, cliques em lugares não clicáveis, etc. Para calculá-la, divida o número de erros identificados pelo número de tentativas de realizar uma tarefa.
Caso a comerciante da plataforma não tenha como fornecer esses dados, pode ser interessante solicitar uma demonstração ou um período de uso grátis, por exemplo, para que o interessado avalie esses indicadores.
5. Modelos de contrato
Por fim, decidir o método de contrato da plataforma de CPM é uma das principais etapas do processo de assinatura. A seguradora francesa Axa, em seu guia Tool hire vs. purchase: what makes sense for your business?, sugere duas perguntas que podem esclarecer a escolha do contrato: Com que frequência a ferramenta será usada? Qual é a vida útil da ferramenta?
Além de responder a esses dois questionamentos, também é importante considerar gastos ocultos como treinamento de equipes e manutenção da plataforma, por exemplo, e compará-los no orçamento de produtos comprados ou assinados.
Vantagens e desvantagens da assinatura
Disponibilidade imediata, cobertura de necessidades de curto prazo, manutenção e suporte da equipe pós-venda e a oportunidade de experimentar o produto sem firmar um compromisso definitivo são algumas das vantagens do modelo de contrato por assinatura. Mas, dependendo do contrato, pode haver multas, prazos de fidelidade, e dependência do suporte técnico da empresa que oferece a plataforma.
Vantagens e desvantagens da compra
Por sua vez, a compra da ferramenta pode significar um bom investimento em longo prazo pois, dependendo do contrato, não há custos adicionais mensais e não há preocupação com prazos e cobranças. Entretanto, pode ser difícil mantê-lo atualizado e exigir um grande custo inicial se comparado a assinatura, além de demandar uma equipe técnica especializada para cuidar de sua manutenção.
Mais do que software, uma solução completa. Este conteúdo faz parte do propósito da Accountfy de apoiar a Governança Financeira das empresas com excelência. Conheça soluções e produtos para potencializar o trabalho de Contabilidade, Controladoria, Tesouraria, FP&A e do CFO. Saiba mais sobre a nossa plataforma financeira inteligente!
Plataformas de ERP se tornam aliadas nas transações bancárias
Plataformas de ERP têm ajudado a combater alguns dos problemas existentes nas transações bancárias, tais como ineficiências operacionais e burocráticas, além de contribuir com a autonomia das empresas e na avaliação das taxas, de acordo com Diego Bassan, Gerente Comercial no PJBank, em palestra para o ERP Summit 2022.
Com novas regras para transações bancárias impostas pelo Banco Central sobre TEDs, transferências intrabancárias, boletos e cartões de débito, afetando pagamentos em geral, a adoção de tecnologia em pagamentos B2B atingiu um novo nível.
Além disso, a pandemia da Covid 19 acelerou o ritmo dos avanços e foi possível ver uma mudança significativa em direção a pagamentos eletrônicos e automação de pagamentos.
Agora, com a entrada do Open Banking, as plataformas de ERP passaram a incorporar soluções em pagamentos e participar da contratação de produtos bancários. Entenda mais nos próximos parágrafos.
Como plataformas de ERP têm auxiliado a área financeira por meio do Open Banking
Segundo Bassan, o Open Banking permitiu uma gestão de ponta a ponta dentro das plataformas de ERP, abrindo possibilidade para que instituições financeiras ofereçam produtos e serviços personalizados na própria ferramenta, facilitando movimentações bancárias. O Portal ERP mostra quatro benefícios:
- Visão agregada das contas: O ERP hoje pode consolidar dados de múltiplas contas em diversos bancos simultaneamente, auxiliando na consulta de movimentações e no gerenciamento de entradas e saídas, por exemplo.
- Atualizações em tempo real: A atualização feita via API dentro do ERP permite uma visualização instantânea de seus efeitos, auxiliando na tomada de decisões e na conformidade das informações, o que tem facilitado a rotina da área financeira, que não mais precisa baixar e carregar arquivos manualmente.
- Realização de pagamentos: Facilitando processos de conciliação e possibilitando uma visão unificada de pagamentos e saldos, o ERP pode gerá-los diretamente via API e carregá-los na plataforma do banco, além de possibilitar o encadeamento, quando há necessidade de agrupar recursos de várias contas para realizar um pagamento.
- Escolha das melhores taxas e condições: Com o Open Banking permitindo o compartilhamento de informações entre partes interessadas, é possível ter acesso amplo e automático às ofertas de produtos e serviços financeiros através do ERP, de acordo com a necessidade da empresa.
ERPs com novas funcionalidades estão surgindo no mercado
E a tendência é que mais plataformas de ERP com esses serviços surjam. Segundo o relatório 2022 AFP Payments Cost Benchmarking Survey, o uso de cheques comerciais está diminuindo, e o número de empresas que planejam automatizar pagamentos está crescendo.
Esse aumento revela uma oportunidade emergente para as empresas fornecedoras de ERP, que estão vendo recursos de pagamento como nova funcionalidade a ser ofertada aos seus clientes, com grande potencial competitivo.
Segundo artigo da Mercator Advisory Group, a automação de billing e pagamentos já é um mercado concorrido, com ao menos 100 provedores, mas ainda sem um player dominante, abrindo espaço para novos entrantes com ideias ainda mais inovadoras.
Para a consultoria, a integração das plataformas de ERP ainda tem ajudado empresas não só no pagamento como também no recebimento, já que possibilita aumentar o número de fornecedores que optam por pagar através de métodos digitais, como cartão de crédito virtual, por exemplo.
Como a automatização pode ajudar na gestão de riscos
Eventos recentes, como a pandemia da covid-19, mostraram como nossa rotina ainda pode ser imprevisível, o que faz com que a gestão de riscos precise estar cada vez mais alerta às movimentações locais e globais, tensões econômicas, crises sanitárias e outros fatores.
Segundo a Global Association of Risk Professionals (GARP), no artigo Risk Management Predictions for 2022: Seeking Alternatives in Times of Uncertainty, mudanças regulatórias, interrupções na cadeia de suprimentos e risco de crédito estarão entre as ameaças que definirão o plano de ação na gestão de riscos para 2022.
A consultoria Gartner estima em seu relatório The Top 8 Cybersecurity Predictions for 2021-2022 que até 2025, 70% dos CEOs exigirão uma cultura de resiliência organizacional para sobreviver a ameaças de ataques e falhas cibernéticas, eventos climáticos severos, distúrbios civis e instabilidades políticas.
E para manter-se preparadas nesse panorama volátil, as empresas precisaram se adaptar por meio da digitalização e novas tecnologias. Com a necessidade de se obter previsões com maior precisão e ter possíveis eventos desfavoráveis no radar, plataformas de automatização mostraram-se grandes aliadas. Veja como nos próximos parágrafos.
A automatização como aliada na gestão de riscos
A matéria The Future Of Risk Management Is Automated, publicada pela Forbes, afirma que a automatização na gestão de riscos deixou de ser uma premissa e tornou-se essencial para a detecção, confirmação e previsão de riscos.
Através de tecnologias inteligentes capazes de coletar dados, monitorar variações e calcular cenários, a automatização permite uma visualização dinâmica e completa de potenciais riscos, tanto internos quanto externos, e seus impactos na organização.
Mas, além de ter em mãos essas informações, é necessário trabalhá-las. Nesse sentido, a tecnologia na gestão de riscos tem o objetivo de otimizar processos, automatizando não apenas atividades táticas, mas também aprimorando as previsões.
Para o gestor de riscos, as informações extraídas pelas inteligências automatizadas podem auxiliar na hora de localizar pontos de alerta e avaliar precocemente os indícios de riscos e reduzi-los, ou até mesmo evitá-los.
A Financial Management Magazine cita, em seu artigo 5 benefits of an integrated risk management programme, o seguinte exemplo:
“Uma empresa de manufatura que define cronogramas de entrega percebeu que nem todos os atrasos no tráfego rodoviário podem ser driblados, então desenvolveu rotas e protocolos alternativos para alertar os clientes sobre possíveis atrasos.”
As vantagens para a área financeira
De acordo com a Dun & Bradstreet (D&B), companhia americana que fornece dados comerciais, análises e insights para empresas, em seu artigo Automation in Risk Management for Finance Organizations, a automatização da gestão de riscos pode ajudar CFOs e líderes financeiros a aumentar a eficiência dos processos.
A automatização da gestão de riscos auxilia a área financeira a identificar falhas no planejamento orçamentário, se posicionarem com antecedência, reservarem recursos de emergência e organizarem comitês de mitigação. Além disso, também envolve a avaliação e o gerenciamento de riscos financeiros, que estão diretamente ligados ao desempenho da receita da empresa, podendo ser estimados seus lucros e prejuízos.
Na matéria How automation and analytics enable new ways of measuring and mitigating risk, feita pela PWC, a análise avançada das plataformas de gestão de riscos é capaz de aprender a prever negócios de alto risco, detectando suspeitas nos processos financeiros, como pagamentos duplicados e fraudes.
Ainda, investir em novas tecnologias no gerenciamento dos riscos demonstra uma abordagem inovadora. Compliance, monitoramento de KPIs financeiros e ESG entram na esfera de proteção com a automatização, cada vez mais importantes para garantir a entrada de novos investidores e clientes.
A TechTarget, empresa americana de serviços de dados para fornecedores de tecnologia B2B, mostra que a automatização oferece benefícios ao gerenciamento de riscos. Alguns deles são:
- Eliminação de tarefas manuais e risco humano: uma plataforma de automatização pode oferecer maior segurança ao eliminar o risco humano relacionado a atividades de alimentação de dados ao coletar, organizar, categorizar e carregar todas as informações, de forma automática e precisa, além de identificar desvios.
Além disso, ao deixar as atividades recorrentes atribuídas à plataforma, o tempo e esforço que seriam usados para fazer esse trabalho são direcionados às estratégias de prevenção e análise dos riscos. - Confiabilidade: o gerenciamento automatizado ajuda a organização e seus gestores a lidarem com os riscos de forma eficaz, garantindo a integridade dos dados, mostrando-se preparada e fortalecendo o relacionamento com stakeholders, que se sentem mais seguros de aplicarem seu dinheiro na empresa.
Manter a confiança de que as informações internas e planos de ação estão seguros mantém uma boa reputação e pode trazer destaque em relação às concorrentes.
Como funciona a automatização da gestão de riscos na prática
De acordo com a CentralEyes, empresa de cibersegurança, as plataformas de automatização funcionam, geralmente, através de um banco de dados, que armazena todas as estruturas de ameaças que podem afetar o negócio (vazamento de dados, crises no mercado e falhas de segurança, por exemplo) e um sistema de padrões que irá quantificar a exposição ao risco.
Uma vez que a plataforma tem os dados para converter em outputs, a automatização inicia as etapas de gerenciamento de risco: mapeamento e identificação do risco, análise, priorização, definição do responsável, resposta e auditoria.
Ao longo desse processo, a ferramenta calcula as variáveis por meio de critérios previamente estabelecidos, ao mesmo tempo em que elabora planos de mitigação, e os distribui para os setores de forma automática.
Nessa avaliação, são consideradas as condições ou situações incertas; a probabilidade de uma condição ou situação ocorrer com base no contexto; os efeitos que a ocorrência pode ter e seus resultados; e a ação a ser tomada, como tolerar ou neutralizar, por exemplo. Após isso, a plataforma continua funcionando para monitorar e criar relatórios. Veja como na ilustração:
Por que implantar a automatização na gestão de riscos?
Segundo a consultoria McKinsey, em seu artigo Managing the risks and returns of intelligent automation, quase 70% das companhias entrevistadas aceleraram a adoção de novas tecnologias e na digitalização de processos e sistemas, principalmente pós-pandemia.
Essa tendência reforça que o gerenciamento de riscos também se beneficia de ferramentas inovadoras para blindar as empresas.
De acordo com a Deloitte, no relatório Future of risk in the digital era, alavancar a implantação da automatização no gerenciamento de riscos traz inúmeros ganhos:
- Eficiência: com gerenciamento dinâmico de logins de acesso, armazenamento de processos financeiros em nuvem, automatização da geração de relatórios de atividades suspeitas.
- Inteligência: com capacidades aumentadas de detecção por meio de visão computacional e identificação de comportamentos anormais associados a violações de compliance para evitar infrações regulatórias.
- Segurança: risco reduzido da cadeia de suprimentos através de blockchain, monitoramento contínuo de ameaças internas, análise dos dados em grande escala e em tempo real para prever falhas antes que elas ocorram e programar a manutenção.
Mas antes de tudo, é necessário que a organização esteja consciente de que a transformação digital envolve não somente a implantação da tecnologia como também requer um alinhamento estratégico, estrutural e processual, maximizando o proveito que a automatização pode oferecer na gestão de riscos.
Como uma plataforma de CPM pode ajudar a área financeira de uma construtora?
A construção civil no Brasil passa por um período de instabilidades. Apesar da redução nas tarifas de financiamento, influenciada pela queda nos juros, uma insegurança social freia a aquisição dos lançamentos imobiliários.
O segmento lida com outras dificuldades como a escassez de matérias-primas, impactada pela crise das commodities e a alta inflacionária. Mesmo assim, a construção civil provavelmente crescerá 2% no país até o final do ano, conforme a pesquisa do Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.
Diante dos desafios, as construtoras devem gerir seus negócios com ampla atenção às margens de lucros. O Corporate Performance Management (CPM), ou gestão da performance corporativa, em português, avança em empresas da construção civil, como técnica para otimizar tempo e recursos.
Continue a leitura para compreender melhor como uma plataforma de CPM contribui para que as empresas de construção melhorem os seus resultados financeiros.
Como funciona uma plataforma de CPM?
O Gartner explica que o CPM abrange metodologias, métricas, processos e sistemas usados para monitorar e gerenciar o desempenho de uma empresa. A tecnologia auxilia na gestão das informações, no desenvolvimento de planos operacionais e na interpretação dos resultados.
Uma plataforma de CPM, em geral, pode ser usada simultaneamente com um ERP (sistema integrado de gestão empresarial), programas de contabilidade e de inteligência de negócios, este último também conhecido como BI.
O Corporate Finance Institute (CFI) afirma que o CPM utiliza as informações extraídas das ferramentas complementares para levantar insights para os líderes. Essa integração com os demais sistemas permite uma visualização dos dados, a favor da definição de cenários futuros.
Uma plataforma de CPM possibilita o desenvolvimento de estratégias para melhorar o desempenho corporativo. A organização então pode coordenar processos em busca de manter a receita e posteriormente aumentar os lucros.
Como uma construtora pode utilizar uma plataforma de CPM?
As empresas de construção têm inúmeros processos ao longo de suas obras e rotinas de trabalho.
- Elaboração de projetos;
- Orçamentos;
- Gerenciamento e pagamento de mão de obra;
- Gestão de fornecedores e estoque;
- Obrigações tributárias, contábeis e fiscais, o que inclui exigências do conselho de classe;
- Auditorias e outros processos de averiguação de qualidade;
- Vendas;
- Entregas e manutenções;
- Outros.
Essa complexa rede exige fluxos de trabalho bem estruturados para minimizar as chances dos atrasos de obra e não conformidades na construção civil. Cada fase envolve custos que devem ser dimensionados em busca do melhor desempenho.
A tarefa não é simples e os gestores financeiros do segmento têm no CPM uma ferramenta para acompanhar o andamento do projeto, avaliando prazos, cumprimento do orçamento e se as demais metas estão sendo alcançadas.
Quais são os benefícios do CPM na gestão financeira de uma construtora?
O CPM corresponde a um nível de excelência em gestão analítica das finanças corporativas. Com ele, é possível identificar onde o dinheiro está sendo gasto, podendo corrigir atividades onerosas.
Tratando-se da construção civil, esta correção pode ser o diferencial para uma obra valer a pena. O acompanhamento preciso e contínuo também permite que o líder financeiro tenha previsões de recursos, podendo aprimorar o orçamento e identificar tendências.
A PWC lista uma série de benefícios que o CPM contribui para as organizações, desde estratégias, métricas, planejamento financeiro, relatórios e execução operacional. A partir dessas referências, pode-se especificar os principais pontos que podem contemplar uma construtora.
As construtoras que possuem capital aberto também utilizam o CPM para manter a governança financeira exigida pelos órgãos reguladores, especialmente na transparência das informações e no detalhamento da apresentação dos resultados aos investidores.
Os autores Herbert S. Robinson, Patrícia M. Carrilo, Chimay J. Anumba e Ahmed M. Al-Ghassani, no trabalho científico “Revisão e Implementação de Modelos de Gestão de Desempenho em Organizações de Engenharia de Construção”, afirmam que o CPM é uma ferramenta inovadora para um gerenciamento baseado no conhecimento da organização, o que sustenta os objetivos de longo prazo.
Como a tecnologia pode contribuir para a gestão de desempenho?
Algumas empresas de construção civil usam táticas manuais para fazer a gestão do desempenho de suas organizações. Entretanto, essa metodologia é muito mais suscetível ao erro humano e pode demorar para a sua plena execução.
A adoção de plataformas de CPM acelera os inputs de dados e, a partir do cruzamento das informações, realiza uma checagem dupla da procedência e integridade dos números.
Elas também permitem a criação dos dashboards, o que facilita a visualização e apresentação dos dados para os stakeholders. Por exemplo, os gerentes financeiros da construção civil podem monitorar entregas dos fornecedores e manter uma comunicação contínua, evitando os atrasos das obras.
A PWC recomenda que ao escolher uma plataforma CPM, o gestor financeiro analise os recursos de gerenciamento de riscos. Isso, porque um sistema robusto, que analisa e acompanha continuamente os dados financeiros, oferece percepções de quais riscos realmente valem a pena assumir.
O Accountfy, por exemplo, é uma plataforma de CPM que permite uma gestão financeira moderna e conectada, permitindo análises de dados em tempo real, contribuindo para que a liderança tome decisões mais rápidas e melhores.
Considerações de CPM na área financeira de uma construtora
A Gerdau afirma, no Jornal Valor Econômico, que a construção civil brasileira é uma força motriz da economia nacional, mas que ela deve avançar em produtividade, eficiência de gastos, ações sustentáveis e na redução dos prazos para competir com os players internacionais.
Uma cultura de gestão de performance somada ao uso de plataformas de CPM identificam e resolvem problemas de desempenho rapidamente, mantendo os funcionários motivados e dentro do cronograma.
Infográfico: inovação na área financeira
A inovação financeira está em alta, com foco em automação e planejamento estratégico, conforme tendências apontadas pela Gartner. Empresas avançam na transformação digital, mas ainda há disparidades, como indica nossa pesquisa no LinkedIn.
Como a tecnologia pode ajudar na controladoria financeira
Atualmente as áreas financeiras das empresas se esforçam para se inserir na transformação digital e o controller financeiro se torna peça fundamental dessa nova realidade.
Isso significa que esse profissional precisa ir além dos modelos tradicionais de suas atividades – como geração de demonstrações contábeis e fechamento de resultados –, usando tecnologia e inovação para otimizar o uso do seu tempo, contribuindo para uma área financeira mais estratégica.
Como começar a inserir a controladoria na transformação digital
Segundo a consultoria Gartner, esse novo ambiente exige que o controller tenha algumas responsabilidades iniciais:
- Redesenhar as operações críticas, usando novas tecnologias digitais para assegurar a execução eficiente das atividades (incluindo no trabalho remoto);
- Evoluir o modelo de operação, investindo nessas tecnologias e serviços compartilhados para estimular a eficiência e corte de gastos;
- Capacitar seus colaboradores, acabando com possíveis gargalos de conhecimento e aproveitar por completo todos os investimentos em inovação.
O conhecimento de novas tecnologias é essencial nessa nova realidade e os líderes da área financeira precisam garantir que seus times estejam atualizados. Ainda assim, segundo a Gartner, 60% dessas lideranças acreditam que não tem colaboradores com as devidas competências relacionadas à transformação digital.
Controladoria financeira e o uso de tecnologia
Segundo artigo da consultoria Deloitte, quanto mais a digitalização avança, mais cresce o nível de automatização, incluindo dos processos da controladoria financeira, especialmente as atividades mais repetitivas.
Coletar, preparar e validar dados, assim como processar reportes para a gerência estão entre essas atividades que podem ser automatizadas.
Para discutir sobre o tema, a Accountfy convidou Solange Marinho, diretora geral do Grupo Controller para discutir o papel da inovação e tecnologia na controladoria financeira. Confira o vídeo completo aqui.
Mais do que software, uma solução completa. Este conteúdo faz parte do propósito da Accountfy de apoiar a Governança Financeira das empresas com excelência. Conheça soluções e produtos para potencializar o trabalho de Contabilidade, Controladoria, Tesouraria, FP&A e do CFO. Saiba mais sobre a nossa plataforma financeira inteligente!
Como a pandemia impulsionou a digitalização da contabilidade
Com as pessoas trabalhando no modelo home-office, muitas passaram a usar mais soluções tecnológicas. Na prática, houve a digitalização e a automação de inúmeras tarefas de um escritório, o que inclui a contabilidade.
Por meio do armazenamento em nuvem, com atendimentos online e demonstrações financeiras automatizadas, a contabilidade conseguiu atingir os resultados já esperados, muitas vezes com redução de custos e menor esforço em rotinas como fechamentos e auditorias.
A transformação digital na contabilidade já acontecia antes da pandemia, mas agora os processos foram acelerados e dificilmente haverá um caminho reverso. O relatório Gartner 2021 confirma que houve um impulso das iniciativas digitais e que é preciso manter o ritmo para escalar os planos de negócios.
Dessa maneira, as empresas precisam considerar o uso de novas tecnologias nos processos de contabilidade se quiserem ganhar mais tempo para atividades estratégicas.
Continue a leitura e confira as vantagens da contabilidade digital.
Traçando uma contabilidade digital e o papel dos CFOs
Em reportagem publicada pela Financial Times, em janeiro de 2021, Jenna Fisher, diretora-gerente da Russell Reynolds Associates, empresa de talentos especializada em executivos, de São Francisco, diz para os aspirantes aos cargos de diretores financeiros que “produzir demonstrações contábeis é a parte menos atraente do trabalho. A parte divertida é ser o parceiro estratégico de negócios”.
Mas para isso acontecer, muitas companhias precisam passar por uma transformação digital, na qual o líder financeiro conduz os processos junto à contabilidade. Não basta assumir a mudança de sistemas, o CFO deve estimular uma cultura de agilidade, inovação e de análise de dados.
A integração de dados e compartilhamento de informações em tempo real desobrigam a equipe de estar reunida no mesmo espaço físico e possibilita a interação online e o caráter colaborativo. Para habilitar estes funcionários é necessário o treinamento de novas habilidades digitais e flexibilidade quanto às dificuldades que poderão ser encontradas quando essa nova rotina for iniciada.
Implementando a automação certa, cada vez mais CEOs e CFOs estão liberados de atividades repetitivas e estritamente numéricas. Eles agora visualizam os dados, analisam, avaliam as oportunidades e se concentram na tomada de decisão.
Segurança cibernética e mitigação de riscos
Diante das particularidades da contabilidade, suas informações devem seguir políticas de segurança e receber suporte de TI que garanta uma infraestrutura ainda mais segura do que em outras áreas corporativas.
Muitos desses dados compartilhados são sigilosos e para que não ocorra vazamento de informações prejudiciais à organização e seus clientes, é necessário armazenamento em um único local, preferencialmente com a adoção de plataforma de gestão com integração contábil.
Segundo a Blackline Magazine, a contabilidade ao ser digitalizada pode ficar mais vulnerável a perder arquivos ou expor informações, seja por roubo de dispositivo ou ataque cibernético. A orientação está na integração segura com o ERP e outros sistemas, em especial o de gerenciamento financeiro.
Automação e implicações na contabilidade
Daryl Wang, diretor financeiro da PWC no sudoeste da Ásia, explica que a digitalização e a automação trazem benefícios diretos para as funções financeiras, principalmente se elas estiverem envolvidas no modelo de negócios.
Ainda segundo Wang, o CFO deve utilizar da tecnologia para otimizar seu trabalho, promover a inovação e a melhora de produtos e serviços. Para ele, a digitalização em finanças impulsiona diretamente duas frentes:
- Permitir que as empresas extraiam percepções confiáveis sobre os dados de uma única fonte;
- Liberar recursos humanos financeiros para realizar tarefas estratégicas de agregação de valor.
A digitalização da contabilidade é uma destas frentes que dá chances para averiguação das informações em tempo real e traz agilidade e precisão, acompanhada pela evolução dos profissionais.
Chatbots, atualizações automáticas à legislação, lançamento de notas fiscais eletrônicas e envio de informações ao governo fazem parte da rotina da contabilidade corporativa que amplamente pode se tornar digital com o auxílio da automação. Entretanto, o objetivo é ir além da tecnologia e das habilidades técnicas.
O foco da contabilidade digital é possibilitar uma visão integral e ampla dos dados, com controle dos detalhes e reposicionamento estratégico da companhia sempre que necessário. Desta forma, o departamento financeiro conduz os próximos passos da companhia, estancando possíveis gargalos e estimulando iniciativas inovadoras.
Empresas, que buscam abrir capital ou estar em conformidade com as regras internacionais de contabilidade, devem investir em uma tecnologia que ateste a veracidade de seus dados, bem como a manutenção de registros de seus responsáveis financeiros.
Considerações
A contabilidade conta com inúmeras obrigações à lei, o que eleva o seu grau burocrático que exige atividades repetitivas, revisões constantes e tarefas manuais. Tais características são automatizáveis e sendo assim a tecnologia é incorporada em busca de otimização e qualidade na análise dos dados.
Cabe aos profissionais de finanças embarcarem em uma jornada rumo à transformação digital para que continuem competitivos e passem a ocupar posições mais estratégicas.
Aqui você encontra 5 considerações para o CFO na hora de decidir sobre tecnologia.
BI ou CPM: Qual a melhor solução para acompanhar os indicadores da sua empresa?
É comum confundir as ferramentas de Business Intelligence (BI) com as plataformas de Corporate Performance Management (CPM) e entendê-las como sinônimos. Mas atenção! Os recursos variam muito entre uma e outra, principalmente no que diz respeito à inteligência embarcada.
ERP ou CPM: qual a ferramenta ideal para o seu negócio?
Entenda a diferença entre um sistema integrado de gestão empresarial (ERP) e uma plataforma de gestão de desempenho corporativo (CPM), como a Accountfy, e por que usar ambos pode ser a melhor opção para sua empresa.
Gestão do compliance: conheça ferramentas que auxiliam as empresas
O termo compliance ficou famoso no mundo corporativo e passou a ser importante o suficiente para não ficar só no papel.