b3dc3014c01ec0e97f0f105bfc074b92-768x432

Saiba gerenciar estes sete tipos de riscos financeiros

Com planejamento, os riscos financeiros podem ser provisionados e até mesmo controlados. Ao  desenvolver estratégias de mitigação, as empresas melhoram sua resiliência e estão mais preparadas para enfrentar as ameaças futuras. Neste texto, falamos sobre sete tipos mais comuns que podem afligir negócios de diferentes setores. 

Quais são os principais tipos de riscos financeiros?

Risco de tecnologia: as companhias precisam falar sobre isto?

Passo a passo para o gerenciamento de riscos

Conheça as principais certificações para gerenciamento de riscos

Conclusão


Quais são os principais tipos de riscos financeiros?

Riscos financeiros existem para todo e qualquer porte de companhia, em maior ou menor grau de exposição. Em algum momento, a empresa está diante de uma incerteza que pode levá-la a desvalorizar seus ativos ou até mesmo mesmo perder dinheiro.

Com gerenciamento, é possível fazer o mapeamento dos riscos e dimensioná-los diante das suas particularidades. Abaixo listamos aqueles que merecem mais atenção:

Risco de crédito 

O risco de crédito está relacionado com a possibilidade dos clientes não pagarem por algo que consumiram ou atestaram como sua responsabilidade financeira. 

Um exemplo desse risco é a venda a prazo não ser paga e, assim, a empresa sofrer perdas por inadimplência. O fluxo de caixa fica prejudicado e, dependendo do porte da companhia, pode ocasionar um rombo.

Risco de liquidez

Para uma empresa, o risco de liquidez está ligado à não disponibilidade de recursos para cobrir obrigações imediatas. Por isso, prazos de pagamentos de fornecedores e de recebimento de clientes devem ser alinhados, caso contrário, pode não haver dinheiro para quitar as dívidas.

Em grandes companhias, principalmente as de capital aberto,  é importante dimensionar ativos ou valores mobiliários como parte da liquidez, pois a prioridade é pagar proprietários e investidores, mesmo que seja convertendo este patrimônio.

Risco operacional 

O risco operacional representa as perdas geradas por eventos internos da rotina da empresa, como falhas de funcionários, de sistemas, processos e equipamentos. 

Para evitá-lo, algumas iniciativas devem ser tomadas, como escolha por sistemas de qualidade, criação de processos claros e eficazes, além da seleção de equipe qualificada.

Risco cambial

Esse é um dos mais comuns às instituições que realizam negociações com moedas diferentes. A variação do preço de câmbio pode gerar impacto nos custos e, consequentemente, prejuízo para a empresa. 

Imagine uma companhia que importa insumos e realiza suas transações a prazo. No momento da compra, a moeda de troca está a R$4,50, mas, no momento de pagamento, o valor passa a ser R$5,00. 

Uma forma de blindagem ao risco cambial é o planejamento estratégico e o hedge, um instrumento que visa a proteção diante das flutuações da moeda e qualquer outra oscilação de preço.

Risco de taxa de juros

Condicionada por fatores externos, a taxa de juros está relacionada às decisões governamentais. As quedas repentinas de juros podem impactar diretamente o negócio, dependendo do produto, mas também influenciam o valor das ações e o próprio comportamento do consumidor.

Risco de financiamento

Neste caso, o credor, ao emprestar o dinheiro, analisa o histórico do solicitante a fim de saber qual o risco de não pagamento. Caso esse histórico mostre altas chances de não cumprimento do acordo, as taxas de financiamento se tornam altas, como justificativa ao risco dessa transação. Empresas utilizam financiamentos em diversas fases de seu negócio, incluindo posições estratégicas para expansão das atividades e pagamentos dos funcionários.

Em qualquer transação de bens ou prestação de serviços há acordos entre as partes, sejam por meio de contratos simples ou bem estruturados. 

Entre as diversas negociações há o risco de não comprometimento do acordo, principalmente em casos sem respaldo jurídico. Esse é o risco legal, que pode oferecer brechas para a não concretização do acordo.

Contratos ligados a instituições regulamentadas e cláusulas e, claro, a presença e participação de especialistas na oficialização do contrato podem proteger ambas as partes.

Risco de tecnologia pode ser considerado financeiro?

Tecnologia e digitalização dos negócios foram citados no relatório de riscos globais de 2021 do Fórum Econômico Mundial. Ataques cibernéticos são ameaças nas quais podem ser vazados dados sigilosos, comprometendo clientes, empregados e a imagem da empresa.

Segurança e privacidade são valores que podem custar aos cofres de uma companhia, portanto o risco de tecnologia também deve ser dimensionado pelos times financeiros. Uma das estratégias é o levantamento e a atualização dos sistemas de proteção dos dados, qualificação da própria equipe e novos sistemas de TI. 

Passo a passo para o gerenciamento de riscos 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador das transações de ativos financeiros no Brasil, em sua Deliberação 604/2009, enfatiza a importância da análise de sensibilidade de riscos, em uma visão quantitativa e qualitativa, para quem busca ter profissionalismo em seus demonstrativos contábeis.

O mesmo documento cita a apresentação do value at risk, conhecido como interdependência de fatores de risco, e a necessidade destes números serem revisados anualmente, com a descrição dos riscos que porventura tiverem acontecido e como a companhia reagiu diante da situação

O gerenciamento de riscos traz transparência aos investidores de como a empresa está preparada para situações adversas, sendo esse um item integrante das boas práticas em governança financeira.

Não há regras rígidas para o gerenciamento de risco, porque cada organização tem as suas particularidades, com riscos tipificados e com exposições diferentes.

Entretanto, é possível sugerir algumas etapas nas quais as informações devem ser coletadas e tratadas. Lembre-se de salvá-las em um lugar único, seguro e confiável.

  1. Identificação de cada um dos riscos e qual é o seu tipo (crédito, liquidez, operacional, cambial, taxa de juros, financiamento e legal);
  2. Avaliação do risco e controle: quando o risco pode acontecer e como minimizar as chances de ocorrência;
  3. Determinação da tolerância da companhia diante de cada risco, inclusive usando escalas para medir as chances deste risco acontecer;
  4. Formulação de estratégias para gerenciar cada um dos riscos com detalhes de responsabilidades;
  5. Atualização periódica deste levantamento com informações da companhia e monitoramento dos riscos.

Ao desenvolver seu gerenciamento de risco, tenha compromisso com suas definições. Disciplina, atenção e controle são indispensáveis para que a aplicabilidade do documento resulte efetivamente em mais proteção, seja ao capital e/ou patrimônio da companhia. 

Após especificar a quais riscos a companhia está exposta, é preciso definir práticas para atenuar a possibilidade de ocorrência, bem como se posicionar em caso de crise. Seguem algumas estratégias diante de alguns tipos de riscos financeiros que mencionamos anteriormente:

Gerenciando riscos de câmbio

  • Fechamentos de  contratos com datas predeterminadas para a liquidação e valores fixados previamente;
  • Manutenção de uma conta em moeda estrangeira com recursos transferidos em momentos mais oportunos, poupando custos de transferências em taxas mais caras;
  • Não há adivinhação da taxa de câmbio. Este risco é externo e você não tem controle sobre ele, portanto é impossível ter 100% de certeza em um calendário específico;
  • Contratação de um profissional especialista capaz de planejar, desenvolver, executar e monitorar uma estratégia de hedge adaptada aos requisitos de pagamento internacional e personalizada ao apetite de risco da empresa.

Gerenciando riscos nas operações

  • Definição de cargos com perfis bem definidos e escolhas de profissionais com aptidão e produtividade;
  • Elaboração prévia de orçamento com acompanhamento rigoroso para que a empresa não gaste excessivamente ou desnecessariamente;
  • Acompanhamento intenso das regras, boas práticas, normas de segurança do trabalho e legislação, a fim de evitar qualquer atividade indevida e ilegal nas dependências da companhia.

Gerenciando riscos de liquidez

  • Planejamento orçamentário preciso, com demonstrações claras de monitoramento e controle rígido;
  • Fluxo de caixa detalhado  com técnicas de previsão e se possível acompanhamento automatizado;
  • Monitoramento dos devedores da companhia sempre buscando negociação, sem deixar as dívidas caírem no esquecimento;
  • Abandono dos maus pagadores a fim de preservar a saúde financeira da companhia;
  • Forte relacionamento com bancos e outras instituições bancárias.

Conheça as principais certificações para gerenciamento de riscos

A função de gerenciar riscos é assumida por profissionais dos times financeiros, e a cada dia exige mais técnica, precisão e conhecimento. Diante do reconhecimento do mercado, hoje existem as certificações que atestam as habilidades na gestão dos riscos.

A Financial Risk Manager (FRM®) é uma certificação internacionalmente reconhecida, conduzida pela Global Association of Risk Professionals (GARP). Após a aprovação em um teste, os profissionais são reconhecidos em antecipar e responder a problemas críticos, sendo um importante diferencial na carreira. Para conseguir o título FRM, é necessário no mínimo dois anos de atuação comprovada na gestão de risco.

A Project Risk Management Professional (PMI-RMP) é outra certificação, oferecida pelo Project Management Institute (PMI),  que envolve o atestado de capacitação do profissional especialista em mitigação e gerenciamento de riscos, com habilidades próprias para proteção do capital da companhia.

Conclusão

Gestores que dimensionam e controlam os riscos financeiros tomam decisões mais estratégicas e impulsionam suas empresas a crescimentos sustentáveis. Muitas vezes, o gerenciamento de riscos estimula ideias inovadoras que podem sinalizar uma nova fase ao negócio.

Para gerenciar adequadamente os riscos,  vale a pena capitalizar recursos tecnológicos e de automação capazes de eliminar o retrabalho, ter controle das informações e oferecer insights. Desta maneira, as horas ganhas sem as tarefas repetitivas podem ser reinvestidas em atividades mais complexas e produtivas.

ef7f46105caaf418635b97f61ceab7b7-768x432

Qual é a importância da governança financeira em um IPO?

No ano de 2020 foram registrados 26 IPOs no Brasil, com captação total de R$117 bilhões, um número atrás apenas de  2007, quando houve o recorde de 64. Entretanto, muitos foram os IPO que frustraram os investidores, e por consequência, o valor das ações caíram em relação ao preço inicial. 

Desse insucesso, muito se atribui às etapas anteriores aos lançamentos na bolsa, segundo a Comissão de Valores Mobiliários. Sendo assim, nota-se uma emergência no que diz respeito à governança, que estabelece normas e práticas visando à transparência e à equidade no relacionamento com os investidores e o mercado. 

No quesito finanças, é ainda mais essencial a governança, demonstrando uma gestão profissional precisa, com controle interno, gerenciamento de riscos, retidão à legislação e evidências de crescimento dos negócios.

Continue a leitura para saber como a governança financeira está intimamente ligada a processos de IPO.

O que é governança financeira?

Como a governança financeira pode ser operacionalizada?

Aspectos das demonstrações contábeis na governança financeira

  • EBITDA
  • Análise de sensibilidade aos riscos

Governança corporativa e governança financeira: qual é a relação?

Exemplos de governança financeira

Conclusão

 O que é governança financeira?

A governança financeira é o conjunto de boas práticas que legitimam a transparência nos processos financeiros e contábeis de uma corporação. Para empresas que buscam abrir capital na bolsa de valores ou aquelas que cuidam da sua reputação perante os investidores, a governança financeira é indispensável.

Em um modelo macro de governança, as finanças corporativas são onde as expectativas dos investidores estão ancoradas. Desta maneira, é necessário ter em plano um projeto de transparência e acesso às informações sobre a gestão financeira e a capacidade organizacional das contas. 

Relatórios validados por auditorias independentes trazem ainda mais legitimidade e fortalecem a confiança entre ambas as partes: companhia e investidores. Para o processo de IPO, todos os detalhes importam, demonstrando não só uma saúde financeira, mas um comprometimento com o crescimento dos números e a legalidade em suas operações.

Como a governança financeira pode ser operacionalizada?

As empresas listadas em bolsa divulgam, trimestralmente, um informe no qual constam movimentação financeira, créditos vinculados, fluxo de pagamentos e outros pormenores. 

A evolução desses informes, ao longo do tempo, calibra os múltiplos, que dão credibilidade aos investidores e acabam sustentando o preço das ações. 

No IPO,  o ideal é que a empresa se antecipe e se oriente de acordo com as exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além dos relatórios trimestrais, a empresa deve adequar suas demonstrações contábeis nos modelos exigidos pelas instituições reguladoras de companhias abertas.

Afinal, os balanços e outros números financeiros de retrospecto trazem mais garantia e prenunciam que a companhia conseguirá manter-se na ordem vigente de transparência das empresas listadas na bolsa de valores. 

Portanto, cabe uma maturidade na gestão financeira e na liderança da companhia quanto ao nível de detalhes dos relatórios financeiros, bem como no comprometimento da divulgação em datas precisas, previamente divulgadas. 

Entre os balanços financeiros e outros documentos, cabem transparência quanto:

  • Correlação entre o retorno líquido (lucro) e o patrimônio líquido, que é a base para o cálculo do ROE, sigla da expressão Return on Equity, que significa retorno sobre patrimônio líquido,
  • Índices de endividamento e a qualidade da dívida (montante de longo prazo, de curto prazo e seu custo geral), 
  • Resultado financeiro (participação em outras empresas, atualização do capital social, aplicação do caixa, linhas de financiamento e correlação com o câmbio), 
  • Correlação entre a dívida líquida e a geração de caixa, para testar a capacidade de alavancagem e o fluxo de caixa financeiro, que dá condições para a viabilização do fluxo de caixa operacional. 

 

Aspectos das demonstrações contábeis na governança financeira

Em seu último ofício circular, a CVM atentou-se  às orientações quanto aos aspectos relevantes que foram observados como falhos nas demonstrações contábeis para o exercício social encerrado em 31/12/2020. 

A CVM registrou que muitos processos de IPO vêm com fragilidades, chamou a atenção para as normativas anteriores e deu posição de destaque para o cálculo e evidência do EBITDA e a análise de sensibilidade ao risco.

EBITDA: 

Do inglês Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization temos a tradução literal “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, também conhecido como LAJIDA.

Este indicador corresponde ao quanto a empresa está gerando com suas atividades unicamente operacionais, não levando em conta investimentos financeiros, empréstimos e impostos. 

Desta maneira, o olhar corresponde à produtividade e dá uma dimensão de evolução do negócio ano após ano. Segundo a circular da CVM, inúmeros pedidos de IPO apresentam fragilidades na demonstração deste dado e na consistência dos números.

Toda a divulgação do EBITDA deve ser feita de forma consistente e comparável com a apresentação de períodos anteriores e, em caso de mudança, deve ser justificada com descrição pormenorizada.

Análise de sensibilidade aos riscos:

Neste tópico, a CVM reforça a importância da divulgação qualitativa e quantitativa dos riscos existentes, com a descrição de cada um deles, o grau de exposição da companhia e como eles surgem. Além, é claro, dos processos para gerenciamento dos riscos, mostrando como o resultado e o patrimônio líquido seriam afetados.

A CVM ainda destaca os reflexos da Covid-19 e os tratamentos em relação aos créditos fiscais como itens a serem observados pelos responsáveis nas demonstrações financeiras e contábeis, inclusive no processo de abertura de IPO.

Além das exigências da Comissão de Valores Imobiliários, relatórios e demonstrativos financeiros podem seguir templates da Generally Accepted Accounting Principles (GAAP), Financial Accounting Standards Board (FASB) e International Financial Reporting Standards (IFRS).

Governança corporativa e financeira: qual é a relação entre as duas?

No Brasil, há o Código Brasileiro de Governança Corporativa, publicado em 2016, que norteia por meio de “Princípios”, “Fundamentos” e “Práticas Recomendadas” um clima de confiança entre companhias de capital aberto e seus investidores.

De acordo com o documento, os princípios da governança corporativa são: transparência, equidade, prestação de contas (accountability) e responsabilidade corporativa.

No que concerne às finanças corporativas, o código demonstra a operacionalização da área para que a empresa seja viável financeiramente e contribua para um ambiente regulatório, que assegure direitos e deveres dos investidores e da companhia.

Segundo as diretrizes do Código Brasileiro de Governança Corporativa, as demonstrações financeiras devem ser acompanhadas por processos de auditoria interna e externa, além de uma equipe de conselheiros fiscais. 

São discriminadas as atividades de controle interno e gerenciamento de risco e compliance para que haja confiabilidade e integralidade das informações, bem como proteção de todas as partes interessadas

Diante destas recomendações, a expressão Governança Financeira e Gestão de Riscos é cada vez mais comum por sua aplicabilidade técnica nas companhias com capital aberto ou aquelas que buscam participar dos processos de IPO. 

Exemplos de governança financeira

Por anos, a IRB performou acima da média do mercado, entregando um ROE três vezes maior que a média das suas concorrentes. 

No entanto, uma carta da gestora, Squadra, no início de 2020, revelou os balanços patrimoniais, nos quais o ROE alto da IRB era resultado de uma manobra contábil em que passivos eram listados como ativos.

Foi constatado que por muito tempo a empresa ocultou prejuízos acumulados. Após a divulgação, as ações da IRB despencaram. A troca de CEO não foi suficiente para o mercado e os grandes investidores institucionais abandonaram o papel.

Também faz sentido mencionar a Lei Sarbanes-Oxley de 2002 dos Estados Unidos que visa a maior precisão dos controles internos, fortalecimento dos procedimentos de auditoria externa e aprimoramento dos relatórios financeiros. Considerada um dos avanços mundiais em governança financeira, esta lei foi aprovada em resposta à crise de contabilidade corporativa no grupo americano Enron que ocorreu entre 2000–2002.

Conclusão

A boa governança entrega confiança aos investidores e blinda a companhia de possíveis crises em seus papéis. A relevância da governança financeira é ainda mais pronunciada para calibrar a evolução futura da companhia e trazer evidências de produtividade e crescimento. 

Para quem busca lançar a Oferta Pública Inicial de ações, é recomendável checar sua maturidade na gestão financeira, o que inclui desde à liderança, muitas vezes sendo comum a figura do CFO (chief financial officer), até um time extremamente qualificado em compliance e controle de riscos. Auditores externos vêm para gabaritar ainda mais todos os processos, bem como soluções tecnológicas que trazem agilidade e precisão aos dados e resultados.

Nova call to action

03bd151b9ccd3db8a98f10299609062d-1024x576

O que os CFOs esperam para o ano de 2021?

Enquanto retirávamos a última página do calendário de 2020, muitos de nós esperávamos que 2021 reservaria experiências e acontecimentos melhores. No entanto, o que as pessoas e empresas notaram é que várias das lutas que enfrentamos estarão presentes neste ano também. 

De alguma forma, os CFOs perceberam que estamos em modo de recuperação após quedas persistentes de receita e gerar negócios está mais difícil do que nunca, com a Covid-19 ainda se espalhando fortemente e fazendo vítimas, mesmo com o processo de vacinação em andamento.

A Covid-19 foi responsável por forçar uma transformação e adaptação dos departamentos financeiros: na hora de produzir os relatórios, na segurança de informação, na escolha de provedores de serviços terceirizados e cadeias de suprimentos, na terceirização de processos e muito mais.

Mas são nesses momentos, diante de pressão extrema e situações novas, que as organizações descobrem o que precisam mudar para se preparar. Por isso reunimos aqui dados, informações e reflexões a fim de que CFOs e líderes financeiros se preparem para o que reserva o ano de 2021. Confira!

Clique aqui para fazer o download.

Nova call to action

e1075b9a521cda9e09ca646f1e464a81-1024x576

Megavazamento de dados e o papel dos CFOs na cibersegurança

Um ano comum, com ou sem pandemia, é pontuado por pelo menos um grande ou até mesmo megavazamento de dados – pessoais, financeiros e corporativos. Não que eles sejam mais comuns, mas com todas as legislações de proteção em voga, por todo o mundo, esse tipo de descuido ou crime, deve ser notificado. 

O CFO, como líder do departamento financeiro, tem de se preocupar com esse tipo de evento, por diversos motivos: seja com o tipo de dados vazado; seja pelos gastos com multas e penalidade; seja, por fim, para modificar o orçamento; e até no seu trabalho em momentos como aquisições e fusões. 

Mas vamos destrinchar os elementos dessa equação, a começar pelo mais recente vazamento de dados no Brasil. 

Megavazamento de dados chama atenção dos CFOs

O mais recente evento reportado foi um “megavazamento” de mais de 230 milhões de informações de brasileiros, cujas fontes são desconhecidas, mesmo que algumas delas façam referências a empresas específicas.

Esses dados foram divulgados por um hacker em um fórum online, e logo despertou o desespero de milhões de brasileiros. Entre as informações divulgadas estão: 

  • Dados básicos relativos ao CPF (nome, data de nascimento e endereço).
  • Endereços.
  • Fotos de rosto.
  • Score de crédito (que diz se é bom pagador), renda, cheques sem fundo e outras informações financeiras.
  • Imposto de renda de pessoa física.
  • Dados cadastrais de serviços de telefonia.
  • Escolaridade.
  • Benefícios do INSS.
  • Dados relativos a servidores públicos.
  • Informações do LinkedIn.

E por que esse tipo de evento deve interessar o CFO? Primeiro, pelos danos financeiros que pode causar a uma empresa, sem contar aqueles de imagem e reputação. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020, tem como objetivo garantir mais segurança e transparência às informações pessoais coletadas por empresas públicas e privadas.

Segundo reportagem do G1, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, que cuida de casos como esse, ainda não tinha revelado um plano de ação para descobrir quem cometeu o crime. Enquanto isso, um CFO que passa por uma notícia como essa pode se perguntar qual o seu papel em crises como essas.

Segurança da informação é prioridade para CFOs

Em um estudo recente da consultoria global Protiviti, Prioridades de Finanças na Era da Covid, 80% dos 1.057 CFOs (e outros grandes cargos de finanças) responderam que segurança e privacidade de dados é a principal prioridade para 2021, primeiro lugar entre as 10 listadas. 

O estudo tirou um insight muito importante sobre os CFOs mais resilientes do mercado e o tema cibersegurança. Eles se engajam, falam e são exemplos a serem seguidos. Grupos financeiros de alto desempenho são capacitadores integrais quando o tema é segurança cibernética organizacional. Eles concentram sua experiência em finanças em como os gastos com segurança e privacidade de dados são avaliados, como esses investimentos são alocados e como os riscos cibernéticos são quantificados em dólares e articulados em termos de negócios. 

Os principais CFOs também estão engajados em como a organização identifica e monitora os riscos de segurança cibernética de terceiros, principalmente em casos tão perigosos quanto os dos megavazamentos. Em um mundo de dados compartilhados e cibercrimes, os melhores CFOs entendem seu papel a longo prazo na cibersegurança da sua companhia. 

Vazamentos de dados e aquisição e fusão de empresas

Hoje, a aquisição e fusão de empresas é um processo comum, mas que envolve várias etapas e exige uma auditoria estrutural, contábil e jurídica, para analisar os possíveis riscos de realizar uma movimentação importante como essas. Nesse processo, até pouco tempo atrás, não se considerava possíveis problemas e gastos com vazamento de dados. 

Até que casos como o do Yahoo foram noticiados. A Verizon comprou a empresa em 2016 e, só depois, foi divulgado um grande vazamento de dados da Yahoo durante o período de 2013-2014. Quem pagou a multa? A empresa adquirente teve que arcar com o valor de US$ 3 bilhões para os clientes atingidos, além de uma redução do valor do Yahoo em US$ 350 milhões. 

Em processos de aquisição e fusão, o histórico de cibersegurança das empresas deve ser auditado de forma a gerar menos dos de cabeça para o CFO. 

O papel do CFO na cibersegurança e vazamento de dados

Cost of a Data Breach Report do Ponemon Institute, de 2020, caculou que o custo médio global de uma violação de dados é de US$ 3,86 milhões. Além desses custos, um CFO precisa levar em consideração outras consequências, como queda nos valores de ações, honorários advocatícios, pagamentos de horas extras durante todo o processo de controle de danos à imagem da empresa. Por isso, muitos especialistas indicam e avaliam que os CFOs precisam desempenhar um papel ativo na redução do risco cibernético de sua empresa.

Esse executivo não deve ser apenas responsável por aprovar o investimento em medidas de segurança e conscientização da empresa, mas preparar um plano de continuidade de negócios durante casos de vazamento, os custos de uma violação de dados para a empresa, apresentar esforços de segurança aos investidores, por exemplo.

Ainda por cima, com um contexto mais amplo de trabalho remoto durante a pandemia da Covid-19, ampliou-se as fragilidades na transmissão de informações e as possibilidades de ataques cibernéticos. “Os CFOs precisam especialmente colaborar com os gerentes de TI e de risco para garantir que os novos riscos de segurança cibernética decorrentes da adoção de trabalho remoto não ultrapassem as políticas projetadas para proteger dados vulneráveis”, afirma Alexander Bant, vice-presidente de prática da empresa de pesquisa Gartner.

A própria Gartner propõe um guia rápido de 3 passos para que o CFO garanta a cibersegurança dos processos e dados financeiros de uma empresa: 

Passo 1: Analisar

Desenvolva políticas e diretrizes que identifiquem as áreas nos processos financeiros mais vulneráveis ​​a ataques ou aquelas que mais atrairiam possíveis criminosos. O objetivo principal é minimizar a possibilidade de um ataque cibernético bem-sucedido. Um exemplo de tática de mitigação seria identificar os principais ativos de dados financeiros e aplicativos de software (por exemplo, soluções de finanças em nuvem) e sua vulnerabilidade relativa.

Passo 2: Responder

Esclareça o plano de ação destacando funções e responsabilidades no caso de uma violação bem-sucedida de dados financeiros, destacando as resoluções mais rápidas possíveis. Um objetivo do plano pode ser designar um ponto de contato para o qual todos os funcionários de finanças possam relatar quaisquer instâncias de ataque cibernético e alguém que seja o primeiro a responder e fazer algo no departamento de finanças, como, por exemplo, o diretor de contabilidade, para analisar o impacto financeiro exato do ataque.

Etapa 3: Revisar

Defina políticas de governança que incentivem verificações regulares sobre a integridade das medidas de segurança cibernética em vigor para os processos financeiros. Isso garante que a organização continue preparada para as ameaças aos seus dados financeiros e para as novas realidades do local de trabalho. Um objetivo do plano pode ser criar uma equipe multifuncional de finanças, TI e risco/auditoria que apresente relatórios regulares sobre o estado da segurança dos dados financeiros.

Segurança de dados no Accountfy

Nossa plataforma lida com dados sensíveis de diversas empresas, portanto a cibersegurança é uma das nossas prioridades. Além de oferecer controle individual de acesso, registramos todas as ações dos usuários na plataforma e seguimos padrões globais de segurança, que incluem: criptografia dos dados e controle de acesso por meio da Google Cloud Platform e armazenamento de dados e ambiente de produção com backups diários.

Quer saber mais sobre nossa plataforma, converse com um dos nossos especialistas

b8830a1c035555eb80670ec5bcc3d2f5-768x432

Como usar a DRE para melhorar o desempenho da sua empresa

Muitos gestores e profissionais de contabilidade veem as Demonstrações contábeis, como a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), como obrigações a serem cumpridas. Contudo, elas podem ser mais do que isso, desempenhando o papel de auxiliar na gestão estratégica do negócio, bem como na tomada de decisão. 

Contudo, muito além de sua característica mandatória, o documento pode ser elaborado mensalmente, tendo um protagonismo como ferramenta de um instrumento de gestão de performance da empresa, orientando também o planejamento financeiro e a definição da visão de futuro do negócio.

Neste artigo, detalhamos o conceito da DRE e mostramos a relevância desse tipo de documento. 

O que é a DRE?

A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é um relatório contábil que mostra se a operação de uma empresa gerou lucro ou prejuízo contábil em dado período de tempo.

De acordo com a legislação fiscal, essa é uma das demonstrações contábeis obrigatórias para todas as empresas, exceto os MEIs. O documento deve ser elaborado anualmente sempre após o encerramento do ano-calendário.

Ao lado do Demonstrativo de Fluxo de Caixa e do Balanço Patrimonial , o DRE é um das peças utilizadas na consolidação contábil no caso de Grupos econômicos. O documento permite medir o potencial de lucratividade do negócio, apontando possíveis ajustes sempre que necessário. 

Na prática, a DRE possibilita a construção uma série de indicadores relevantes que orientam a gestão corporativa. São eles:

  • Faturamento Bruto;
  • Ticket Médio;
  • Resultado Líquido;
  • Despesas com Impostos;
  • Custos de Infraestrutura;
  • EBITDA.

A partir dos dados que constam na DRE, tanto o profissional de contabilidade quanto o gestor têm condições de avaliar a saúde financeira da Companhia/Empresa. 

Em suma, a DRE possibilita a detecção de uma série de aspectos que requerem atenção e alocação de recursos financeiros. É possível, por exemplo, mapear a origem de despesas ou gargalos na performance das vendas e fazer os ajustes necessários, buscando o máximo desempenho.

Tomando como base as informações e indicadores da DRE, construa estratégias mais consistentes de captação de recursos, crescimento e expansão de negócios. 

A estrutura da DRE

A estrutura da Demonstração de Resultado de Exercício é definida pela Lei 6.404/1976, Artigo 187, considerando também a alteração pela Lei 11.638/2007 e deve conter:

  1. A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
  2. A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
  3. As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
  4. O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
  5. O resultado do exercício antes do imposto sobre a renda e a provisão para o imposto;
  6. As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
  7. O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

A estrutura indicada na lei se aplica às empresas de capital aberto. Ainda assim, atualmente, o presente formato é usado pela maioria das Entidades de diferentes setores. 

Como elaborar uma DRE?

Para produzir o relatório, de acordo com o modelo proposto pelo governo, o profissional de contabilidade precisa realizar uma série de cálculos que irão facilitar a construção da DRE

Veja os principais passos a serem seguidos: 

  1. Apresentar a Receita Bruta de vendas, subtraindo dela todas as deduções (devoluções e cancelamentos) e impostos. Como resultado, tem-se a Receita Líquida do período. 
  2. Da Receita Líquida, basta subtrair os custos das mercadorias produzidas/vendidas e/ou serviços prestados. O resultado é a Margem Bruta.
  3. Da Margem Bruta, é preciso subtrair as despesas operacionais, como por exemplo despesas administrativas, comerciais resultando no Resultado Operacional Líquido, que consequentemente deduzido do resultado financeiro e também das despesas com depreciação e amortização chegando ao LAJIDA (Lucros antes dos juros impostos, depreciação e amortização) também conhecido pela sigla em inglês EBITDA (Earning before interests taxes depreciation and amortization).
  4. Por fim  o passo é deduzir as despesas de Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, obtendo, então, o Resultado Líquido do Exercício: esse é o objetivo da DRE.

Exemplo de uma DRE

A seguir, é possível conferir o exemplo de uma DRE para compreender onde fica cada elemento:

FATURAMENTO BRUTO (relacionado à venda de produtos para empresa industrial)

(-) Imposto sobre os Produtos Industrializados(IPI)  

= RECEITA de VENDAS BRUTA (vendas de Mercadorias e Prestação de Serviços)

(-) Impostos e Contribuições Incidentes sobre Mercadorias e Serviços (ISS, ICMS, PIS/COFINS)

(-) Descontos incondicionais concedidos

(-) Devoluções de Vendas

(+) Reversão dos Impostos Sobre Devoluções de Vendas

(-) Abatimentos sobre Vendas (sem reversão dos impostos sobre a parte abatida)

= RECEITA DE VENDAS LÍQUIDA

(-) Custo dos Produtos Vendidos (CPV, inclui frete/seguros sobre compras de insumos)

(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV, inclui frete/seguros sobre compras de mercadorias)

(-) Custo dos Serviços Prestados (CSP)

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) Despesas Comerciais (inclui publicidade e propaganda, marketing, eventos, depreciação de veículos de vendas/entregas, fretes/seguros sobre vendas, salários de vendedores, despesa de provisão para devedores duvidosos, brindes)

(-) Despesas Gerais e Administrativas (inclui impostos e aluguéis sobre prédios administrativos, depreciações em geral, salários, impostos, benefícios – como plano de saúde e vale refeição, contabilidade, contas de água, luz e telefone, seguro e honorários de diretoria)

(-) Outras Despesas Operacionais (inclui despesas ligadas à operação da empresa, como custo de equivalência patrimonial e despesas de ajuste ao valor de mercado)

(+) Outras Receitas Operacionais (inclui os valores das vendas de serviços ou produtos relacionados à atividade econômica da empresa. Ou seja, abrange receitas de equivalência patrimonial, receitas de ajuste ao valor de mercado, aluguéis ativos e reversão de provisão para devedores duvidosos)

(-) Despesas Financeiras (inclui IOF, variações monetárias passivas, descontos condicionais concedidos a clientes, juros pagos a fornecedores, variações cambiais passivas, tarifas bancárias com manutenção de conta e transferências)

(+) Receitas Financeiras (inclui variações monetárias ativas, descontos condicionais concedidos, juros; descontos recebidos; rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa; receitas de títulos vinculados ao mercado aberto; receitas sobre qualquer outro investimento temporário; prêmios sobre resgate de títulos e debêntures; juros recebidos sobre o valor do depósito judicial ou extrajudicial que suspenda a exigibilidade do crédito tributário);

(-) Outras DESPESAS (inclui custo de venda de ativo imobilizado)

(+) Outras RECEITAS (inclui receita de venda de ativo imobilizado)

(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO antes do imposto de

renda e da contribuição social sobre o lucro líquido

(-) Despesa com Provisão de Imposto de Renda

(-) Despesa com Provisão de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

(=) RESULTADO LÍQUIDO antes das participações 

Importante: As participações abaixo devem ser calculadas rigorosamente na ordem proposta. Para o cálculo da próxima, deve ser sempre abatido o valor da participação anterior.

Fórmula: 

Base de cálculo das participações = Resultado líquido antes das participações – Prejuízo acumulado de exercícios anteriores

(-) Debêntures (dedutível do Imposto de Renda)

(-) Empregados (dedutível do Imposto de Renda)

(-) Administradores

(-) Partes Beneficiárias

(-) Fundos de Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Assim como outras demonstrações contábeis, a DRE é um poderoso instrumento de gestão e planejamento que revela muito sobre o potencial produtivo e de rentabilidade do seu negócio.  

Nova call to action

b74a1700531944686a9688b8e24222ea-768x432

Demonstrações contábeis: tudo sobre fluxo de caixa direto e indireto

A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) é uma forma da empresa compreender sua performance e saber como se organizar de maneira mais inteligente e estratégica. Ela pode ser analisada por meio do método de fluxo de caixa direto e indireto.

Com essa estratégia, a companhia pode aumentar seu potencial competitivo, bem como garantir a sobrevivência em um mercado disputado. Neste artigo, apresentamos o conceito desta demonstração contábil, a diferença entre os dois métodos e a importância deles para a contabilização do caixa.


O que é o fluxo de caixa e como estruturá-lo?

A partir da elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), é possível listar as principais alterações no saldo de disponibilidades da empresa (caixa e equivalentes de caixa) em um dado período. 

Vale destacar que o caixa representa o numerário em espécie e os depósitos bancários disponíveis. Já os equivalentes de caixa são as aplicações financeiras de curto prazo e alta liquidez. Estas podem ser convertidas em montante conhecido de caixa, e estão expostas a um risco mínimo de mudança de valor.

Na prática, este tipo de relatório tem a estrutura dividida em três grupos:

Atividades Operacionais: são as entradas e saídas de caixa orçadas e vinculadas ao objeto social da empresa. Em outras palavras, são movimentações derivadas de sua atividade-fim. Exemplos: pagamento de fornecedores, recebimento de vendas e pagamento de funcionários.

Atividades de Investimento: esta seção do fluxo de caixa indica o valor que a empresa direciona para as despesas de capital para participações e aplicações financeiras, visando obter renda . As entradas por venda dos ativos registrados e negociações de participações de empresas também pertencem a esse grupo.Vale destacar que as atividades de investimento não podem ser destinadas à manutenção das atividades da companhia. 

Atividades de Financiamento: são recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Portanto, devem ser incluídos os empréstimos e financiamentos de curto prazo. Além disso, é preciso registrar as saídas que correspondem à amortização dessas dívidas e aos valores pagos aos acionistas em dividendos e na distribuição de lucros.

A Demonstração de Fluxo de Caixa pode ser feita usando o fluxo de caixa direto e indireto. Ambos os métodos tomam como ponto de partida a análise da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e do Balanço Patrimonial, com a inclusão de algumas informações adicionais.

Quais são as diferenças entre o fluxo de caixa direto e o indireto? 

Para elaboração do orçamento empresarial, os dois métodos de apuração podem ser usados. A diferença é que o primeiro oferece um controle de entradas e saídas, enquanto o fluxo de caixa indireto apresenta uma visão comparativa entre regime de caixa e competência. De tal forma, os métodos são visões complementares sobre a saúde financeira da empresa e sempre devem estar alinhados, apresentando o mesmo cenário. “A menos que haja falhas na contabilidade da empresa, o fluxo de caixa gerencial e o chamado de ‘real’ não devem ser diferentes”, afirma Goldwasser Neto, CEO e cofundador do Accountfy. “O mais importante é que deve haver um único esforço da contabilidade para fornecer os dados e informações que são requisitadas pelo governo e aquelas utilizadas para gerenciar a empresa.”

Fluxo de Caixa Direto

No método direto, o grupo das atividades operacionais é composto pelas movimentações de entrada e saída, apuradas a partir das contas a pagar e a receber do Balanço Patrimonial, com o suporte da Demonstração do Resultado do Exercício.

Cada conta da DRE espelha outra correspondente no Balanço Patrimonial, como Receita Bruta e Duplicatas a Receber. Em síntese, o fluxo de caixa direto se baseia na forma bruta das operações.

Na prática, o principal objetivo é manter as informações de caixa acessíveis diariamente. Desse modo, os recebimentos e pagamentos precisam ser organizados de acordo com a natureza contábil, sendo divididos em várias classes:

  • Recebimentos de clientes, inclusive de arrendatários, concessionários e similares;
  • Recebimentos de juros e dividendos;
  • Pagamentos a empregados e a fornecedores de produtos e serviços;
  • Juros pagos;
  • Impostos.

Fluxo de Caixa Indireto

O método indireto vai além da apresentação das entradas e saídas do caixa. Este tipo de apuração considera o regime de competência para verificar todas as variações ocorridas no caixa em dado período, tomando como ponto de partida a análise contábil. 

Com essa abordagem, o fluxo de caixa indireto é o mais recomendado para contadores e gestores que buscam avaliar as variações relacionadas ao desempenho econômico da empresa. Esse método usa duas demonstrações contábeis:

  • Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE);
  • Balanço Patrimonial (BP).

O principal diferencial do fluxo de caixa indireto é o fato de que ele permite diferenciar o lucro e o caixa gerado em todas as operações. Dessa maneira, o gestor consegue visualizar, com mais clareza, a posição financeira da companhia, a partir da eficiência e da lucratividade das suas operações. Em síntese, o fluxo de caixa indireto vai além do ciclo entrada/saída de recursos.

Vale destacar que o fluxo de caixa direto e indireto são abordagens diferentes da mesma análise. Desse modo, o resultado final não pode variar, mas deve coincidir. Na prática, o uso de ambos pode proporcionar uma conciliação entre o regime de competência com o regime de caixa. 

Obrigatoriedade

Como vimos até aqui, o fluxo de caixa direto e indireto apontam quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado dessas movimentações. Tal como a Demonstração de Resultado de Exercício, a Demonstração do Fluxo de Caixa é dinâmica e deve ser incluída no Balanço Patrimonial.

De acordo com a Lei 11.638/2007, a DFC é obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a dois milhões de reais. Para as Pequenas e Médias Empresas, o fluxo de caixa também é uma das demonstrações contábeis obrigatórias, segundo o item 3.17 (e) da NBC TG 1000

No Accountfy, usando esses dois métodos, é possível fazer uma análise do fluxo de caixa gerencial, que ajuda na tomada de decisões. Diferente de um fluxo de caixa diários, algo que o Accoutnfy não permite, e que é mais usado pela área da tesouraria para o controle das operações. 

Nova call to action

eb284e48eb93b61c4b9a24e7ef6c59a3-1024x576

Balanço patrimonial: o que é e qual é sua importância

Na gestão corporativa, o balanço  patrimonial é um documento que representa o estado das finanças de uma empresa em um determinado momento. Por si só, o documento não permite analisar as tendências que estão ocorrendo por um período mais longo. Por isso, o balanço atual deve ser comparado com os de períodos anteriores. Do mesmo modo, é importante compará-lo com os de outras empresas no mesmo setor, uma vez que cada área tem abordagens exclusivas de financiamento.

Na prática, o balanço patrimonial entrega vários índices que ajudam os investidores a terem uma noção do quão saudável financeiramente é uma empresa. Nesse sentido, também é uma boa recomendação analisar conjuntamente o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), ambos são documentos que também apresentam um contexto para avaliar as finanças.

Neste artigo, apresentamos: 

  1. Conceito de balanço patrimonial
  2. Estrutura do balanço patrimonial
    2.2. Subdivisões do Balanço patrimonial
  3. Balanço patrimonial e DRE
  4. Obrigatoriedade do balanço patrimonial


Conceito de balanço patrimonial

O balanço patrimonial é a demonstração financeira que relata os ativos, passivos e patrimônio líquido de uma empresa em um ponto específico no tempo. Esse é o relatório que fornece uma base para calcular as taxas de retorno e avaliar a estrutura de capital da companhia. Ele é uma demonstração financeira que mostra o que a empresa possui e deve, bem como o valor investido pelos acionistas.

A partir dele é possível visualizar tudo que aconteceu na empresa durante um determinado período. Seu objetivo principal é facilitar a análise da posição patrimonial da companhia, visualizando todos seus bens, obrigações e direitos.

Na prática, o balanço patrimonial é usado juntamente com outras demonstrações financeiras, como DRE e DFC. São esses os documentos que permitem a realização de análises fundamentais ou cálculos de índices financeiros. Em síntese, eles fornecem as informações financeiras básicas usadas para avaliar um negócio.

Estrutura do balanço patrimonial

Esse documento mostra os ativos totais da empresa e como esses ativos são financiados, por meio de dívida ou patrimônio. Sua estrutura é dividida em três categorias:

  • Balanço Patrimonial Ativo: consiste no registro dos direitos, aplicações de recursos e bens da empresa. Aqui, devem constar os investimentos financeiros e títulos públicos ou privados;
  • Balanço Patrimonial Passivo: é representado pelo conjunto de obrigações financeiras da organização com o governo, empresas parceiras e colaboradores;
  • Patrimônio Líquido: é formado pelo total de recursos investidos pelos sócios e pelas reservas de capital realizadas.

Subdivisões

Para organizar os dados do balanço, os agrupamentos em blocos de contas são usados para facilitar a leitura e análise do relatório. Sendo assim, os ativos e passivos são separados em:

  • Ativos circulantes: os direitos que a empresa possui e que consegue realizar, ou seja, transformar em dinheiro em um período inferior a um ano. São contas do circulante: caixa, bancos, contas a receber e estoques.
  • Ativos não circulantes: são os bens e direitos com realização acima de um ano. Os direitos de mais longo prazo, previstos no realizável de longo prazo e os bens da empresa, como o Imobilizado e os Investimentos, pertencem a esse grupo. No Imobilizado constam os bens e direitos que a empresa adquire para manter suas atividades em funcionamento, como os edifícios, terrenos e máquinas. Já os Investimentos abrangem as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
  • Passivo Circulante: obrigações com vencimento de um prazo de até um ano, como fornecedores, empréstimos e impostos.
  • Passivo não Circulante: formado pelas obrigações com vencimento superior a um ano, como parcelas de empréstimos de longo prazo.

Balanço patrimonial e DRE

Assim como o balanço patrimonial, o DRE (Demonstrativo do Resultado do Exercício) é outro relatório fundamental para uma estratégia contábil completa e acertada. Os dois são relatórios contábeis obrigatórios e complementares, com entrega prevista em lei, que auxiliam as companhias na gestão patrimonial a partir de um registro ordenado e padronizado de dados. 

Enquanto o balanço patrimonial permite o levantamento preciso de ativos e passivos, o DRE apresenta o resultado financeiro do exercício, a partir da relação completa de receitas e despesas do negócio sob o regime de competência.

Obrigatoriedade

A legislação prevê que toda pessoa jurídica registrada no Brasil deve fazer a entrega do balanço patrimonial ao final de cada exercício social. Apenas as empresas registradas como MEI são dispensadas do envio das demonstrações contábeis

Caso a empresa deixe de fazer a escrituração corretamente e não apresente o balanço patrimonial, ela pode se deparar com uma série de problemas: 

  • Falta de compliance com a legislação fiscal;
  • Impossibilidade de usar dados do balanço para defesa de processos tributários;
  • Sem ele, não é possível analisar o desempenho da empresa de acordo com a competência;
  • Impossibilidade de distribuir lucros isentos acima da presunção;
  • Dificuldade para elaborar o levantamento de posses dos sócios em uma possível saída da empresa;
  • Sua ausência também impede a apresentação de requerimento de recuperação judicial da empresa, já que, nesse caso, o documento é imprescindível segundo a Lei 11.101/2005.

Como vimos, o balanço patrimonial é um documento indispensável para a gestão contábil e financeira. Mais do que isso: é um relatório importante também para a estratégia da empresa.

Isso porque, a partir da organização financeira, o gestor tem condições de elaborar  sua estratégia, ajustando-a quando necessário, buscando o crescimento consistente e sustentável e mantendo a lucratividade da companhia. 

Gostou do artigo e quer saber mais sobre outros documentos contábeis? Continue acompanhando o blog! 

89599e468f4ce3885ddb82f4be047a6f-1024x576

5 desafios no processo de consolidação contábil

A gestão do departamento financeiro exige atenção a uma série de desafios para as grandes companhias. Um deles é conduzir o processo de consolidação contábil, reunindo as demonstrações contábeis das empresas do grupo. 

Para tanto, é preciso utilizar uma metodologia consistente, baseada em dados confiáveis, tendo acesso a relatórios completos e detalhados, com agilidade e precisão. 

Tudo isso leva à redução do tempo de fechamento mensal e, consequentemente, aumenta a eficiência operacional da área. Neste cenário, gerenciar o processo de consolidação contábil com êxito  requer cuidado, planejamento e foco. 

Além da revisão e otimização de processos, o investimento em automação pode melhorar muito a performance da área, garantindo agilidade e qualidade nas entregas. Neste artigo, apresentamos as principais questões que o profissional da área precisa ter em mente para otimizar  a consolidação contábil de maneira eficaz.

Principais desafios da consolidação contábil

A consolidação contábil é a unificação das demonstrações financeiras – como Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), Fluxo de Caixa (DFC) e Balanço Patrimonial (BP) – das empresas subsidiárias, pela controladora.

De tal modo, esse é um processo importante para as grandes companhias porque fornece uma visão completa da saúde financeira da corporação. Assim, é possível identificar, inclusive, as possíveis dificuldades e fraquezas das empresas subsidiárias, pensando em como promover melhorias.

Além disso, o número de demonstrações financeiras para consolidar e revisar é grande, porque são várias empresas subsidiárias e o objetivo é ter os documentos de todas em dia. A seguir, apresentamos os principais obstáculos a serem superados na consolidação contábil de uma organização. Confira:

#1 Implementar ferramentas e sistemas

A digitalização dos processos é fundamental para facilitar a entrega das demonstrações e o processo de consolidação contábil. Ainda hoje, 70% das empresas de médio e grande porte  usam o Excel para elaborar orçamentos e relatórios. Essa rotina de trabalho leva a erros frequentes, acarretando, inclusive, em prejuízos com multas.

Além disso, quando feita manualmente, essa tarefa exige muito tempo e energia dos profissionais do departamento financeiro, porque precisam coletar, filtrar, controlar e consolidar todos os dados nas planilhas. 

Em síntese, manter os dados em planilha é pouco produtivo, desgastante e envolve um grande risco  de erros.

#2 Centralizar os dados e indicadores em uma única plataforma

Muitas empresas usam vários sistemas de negócios, coletando dados em plataformas diferentes. Na prática, para a consolidação contábil, essa pluralidade de sistemas torna a gestão dos processos ainda mais complexa. 

Para evitar isso, é importante pensar em uma estratégia para integrar os diferentes sistemas ou, melhor ainda, manter um único software com todos os dados centralizados em um só lugar. 

Essa boa prática elimina a coleta manual de dados, otimizando o trabalho dos profissionais, diminuindo o risco de erros e aumentando a qualidade das demonstrações contábeis. Dessa maneira, concluir o processo de consolidação contábil também se torna mais simples.

#3 Gerenciar e ajustar o plano de contas

O plano de contas contábil é a melhor maneira de identificar as contas da empresa usando códigos e classificações para fazer os registros de entradas e saídas.

As grandes companhias, que têm várias empresas em sua estrutura, devem garantir que os profissionais do departamento financeiro façam os ajustes manuais do plano de contas para consolidar os demonstrativos. 

Neste caso, ainda que a organização use um sistema, como a realidade de cada empresa da sua estrutura é única, torna-se essencial que o processo seja feito manualmente.

#4 Considerar a conversão de diferentes moedas

Um dos desafios da consolidação contábil é lidar com moedas diferentes de maneira sistemática, evitando qualquer tipo de erro.

Portanto, o gestor deve garantir que as conversões de moeda sejam tratadas corretamente no sistema contábil, a fim de evitar falhas e problemas maiores na entrega das demonstrações contábeis.

#5 Automatizar a entrada de dados 

A consolidação contábil não acontece com o clique de um único botão. Esse processo é um exercício rigoroso que exige dados e indicadores precisos, gestão de projeto completo com todos os envolvidos e, claro, conformidade com as diretrizes previstas na legislação.  

Neste contexto, a automação de processos tende a facilitar e otimizar muito a entrega das demonstrações contábeis. Contudo, é importante que o gestor saiba escolher o sistema contábil adequado. 

Caso contrário, a automatização das transações manuais pode ser demorada e complexa se o sistema não oferecer os recursos adequados para a digitalização dos processos contábeis.

Para superar esses desafios, garantindo sucesso na consolidação contábil, busque implementar uma solução completa, com recursos essenciais, dedicados a orçamento, relatórios e tantos outros processos contábeis.

Gostou do artigo e quer saber mais sobre outros temas? Continue acompanhando o blog!

 

Nova call to action

0b13e90396169cc508371795faf3dadf-1024x576

Demonstrações contábeis: conceito e importância

Hoje, como você conduz a tomada de decisões na sua empresa? A contabilidade – com a análise das demonstrações contábeis – orienta esse processo de avaliação do desempenho? Esse é um aspecto importante que você precisa ter em mente! A contabilidade revela muito sobre o potencial da sua companhia.

As demonstrações contábeis, também chamadas de demonstrações financeiras, são relevantes porque entregam indicadores valiosos capazes de orientar a gestão das empresas. 

No entanto, para que as demonstrações contábeis sejam capazes de refletir a realidade corporativa, a contabilidade precisa estar em dia – sem fraudes, com os lançamentos feitos de forma correta. Mas nem todos os gestores conseguem conduzir a gestão dessa maneira.

Neste post, apresentamos o conceito de demonstrações contábeis e a funcionalidade de cada uma delas para gestão contábil.



O que são demonstrações contábeis?

As demonstrações contábeis são documentos que apresentam o fluxo contábil e financeiro da empresa em um dado período. Trata-se de um recorte do desempenho da empresa, apresentado em números.

De acordo com a Lei n° 6.404/76, a divulgação destes demonstrativos é obrigatória para empresas de sociedade por ações, apresentadas ao público que tenham interesse, como os acionistas ou sócios.

Segundo o IBRACON (NPC 27)

"as demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data.”

No cenário ideal, como boa prática de gestão contábil, as empresas devem fazer o acompanhamento mensal das demonstrações contábeis. Assim, ao fim de um ano, elas podem ter o panorama do período de exercício de 12 meses.

O conjunto completo de demonstrações contábeis é formado por seis componentes: 

  1. Balanço patrimonial;
  2. Demonstração do resultado;
  3. Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, que pode ser substituído pela demonstração das mutações do patrimônio líquido;
  4. Demonstração dos fluxos de caixa;
  5. Demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e
  6. Notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.

Qual o objetivo das demonstrações contábeis?

No suporte à gestão das companhias, como ferramentas facilitadoras, as demonstrações contábeis podem entregar dados valiosos para os gestores, permitindo o desenho de uma espécie de "mapa" de desempenho. 

Ao comparar os dados atuais com os indicadores de períodos anteriores, por exemplo, os administradores têm condições de tomar decisões com mais segurança. Em suma, as demonstrações contábeis podem se converter em uma ferramenta gerencial para a sua empresa. 

Além disso, a divulgação destes demonstrativos permite que sócios e acionistas consigam avaliar o crescimento da organização, considerando a possibilidade de investir na companhia.

O IBRACON ( NPC 27) define que “o objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela administração, dos recursos que lhe são confiados.”

Quando a empresa adota as demonstrações contábeis como parte de seu controle gerencial, ela passa a ter visibilidade mensal sobre a performance e a rentabilidade do seu negócio. Ou seja, muito melhor do que entregar as demonstrações contábeis somente no fim do ano, visando apenas cumprir exigências legais, é fazer essa gestão mês a mês.

Vejamos o exemplo da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE). Essa demonstração apresenta o desempenho mensal em relação ao faturamento e às despesas. De tal modo, pode auxiliar o gestor na condução dos processos e na tomada de decisões, além de embasar a elaboração de um planejamento orçamentário.

Sendo assim, a partir do DRE é possível estimar os valores de despesas e receitas para os próximos meses. Com isso, o gestor pode planejar seus investimentos, despesas e metas de vendas para cada período.

Em síntese, o principal objetivo das demonstrações contábeis é apontar a real situação da saúde financeira do seu negócio, permitindo que tanto o gestor quanto os potenciais investidores tenham indicadores precisos para a tomada de decisões. 

Por que empresas com capital aberto devem publicar suas demonstrações contábeis periodicamente?

A divulgação desse tipo de declaração visa garantir maior transparência na gestão. A partir dos dados das demonstrações contábeis, investidores, colaboradores e sociedade passam a ter clareza sobre a situação real da companhia. Afinal, os números são exatos e indicam como a empresa está posicionada no mercado.  

Com base nas demonstrações contábeis é possível saber: como o patrimônio da empresa é formado; onde os recursos estão sendo investidos; quais os resultados obtidos com suas atividades.

Além disso, as demonstrações financeiras também entregam dados que fornecem  informações mais específicas sobre o negócio, como grau de endividamento e liquidez do negócio. 

Para os investidores, com tantos dados ao alcance deles, a decisão de investir ou não em uma ação pode ser tomada de maneira mais consciente.

Quais demonstrações contábeis são exigidas pela legislação brasileira?

A elaboração e a divulgação das demonstrações contábeis são exigidas pela legislação brasileira para empresas de capital aberto. 

Na prática, ao fim de um período de exercício, o setor administrativo e contábil deve se preocupar com a organização de seis tipos de demonstrações financeiras. Conheça cada uma delas a seguir!

Balanço patrimonial

Segundo o que prevê a Lei 6.404/76 e as Normas Brasileiras de Contabilidade, o Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil formada pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido.

O ativo abrange os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela empresa com potencial de gerar lucros futuros.

O passivo aponta todas as obrigações assumidas com terceiros, resultantes de eventos, que requerem ativos para liquidação.

O patrimônio líquido é o conjunto dos recursos próprios da empresa. O seu valor é determinado pela diferença positiva entre o valor do ativo e o valor do passivo. 

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A DRE é a demonstração contábil responsável por mostrar mês a mês ou anualmente se a empresa está obtendo lucro ou prejuízo.

Na prática, o Demonstrativo do Resultado do Exercício é formado por receitas, despesas e deduções tributárias. Sendo assim, as empresas devem discriminar várias informações neste tipo de documento. São elas: 

  • A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
  • A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
  • As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
  • O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
  • O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
  • As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
  • O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Essa, certamente, é a demonstração contábil mais conhecida. A DFC apresenta as movimentações do Fluxo de Caixa, mostrando as entradas e saídas de dinheiro, durante o período, no caixa da empresa.

Diferente do DRE, esse é um demonstrativo por regime de caixa, não de competência. Ou seja, é responsável por apontar todos os recursos que entraram, saíram e para onde foram destinados. 

Além disso, o DFC também entrega a visão de saldo mínimo no caixa, que indica a saúde financeira da empresa e oferece base para análise de viabilidade de projetos futuros.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

A DMPL é uma das demonstrações contábeis que auxiliam no monitoramento das finanças da empresa. 

Em suma, trata-se de relatório contábil que apresenta as mudanças no patrimônio líquido corporativo em determinado período. O documento com as movimentações mostra a origem e o destino dos recursos durante o exercício.

De maneira geral, a DMPL permite aos gestores das empresas acompanhar a evolução do patrimônio da organização e também monitorar a influência deste patrimônio (valor) no mercado. 

Além disso, é possível usar os dados da demonstração contábil como ponto de partida para definir estratégias de crescimento da empresa no setor.

Notas explicativas

As empresas de capital aberto, além das demonstrações já citadas, também devem elaborar e divulgar outros documentos que sejam capazes de complementar os dados contábeis e financeiros.

O Art. 176 da Lei 6.404/76 prevê que: “as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício”. 

Portanto, as notas explicativas são obrigatórias por lei e devem ser incluídas após as demonstrações contábeis padronizadas. A proposta é apresentar com mais detalhes os critérios de avaliação e valores implícitos nas demonstrações, tornando a leitura simples e acessível.

Quais demonstrações contábeis não são exigidas, mas são importantes?

O número de demonstrações contábeis obrigatórias varia de acordo com a classificação da empresa. Como mostra a tabela, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), por exemplo, é facultativa para as quatro modalidades de empresas.

Do mesmo modo, a entrega da Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) também é opcional na maioria dos casos.  

Mas nem por isso essas demonstrações contábeis deixam de ser importantes. Pelo contrário, elas são excelentes ferramentas que proporcionam organização e controle financeiro.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

A Demonstração do Valor Adicionado visa deixar evidente a geração de riqueza durante o período.

Basicamente, essa demonstração contábil mostra como essa riqueza foi distribuída entre colaboradores, fornecedores, agentes financiadores, acionistas e governo

Em síntese, o DVA mostra quais foram os valores monetários conquistados, a  “riqueza” acumulada pela empresa em um intervalo de tempo, ou seja, durante um exercício.

Desse modo, fica fácil mostrar aos acionistas e sócios como a riqueza da empresa aumentou (ou diminuiu) com o passar do tempo.

A DVA substitui a antiga DOAR (Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos), descontinuada em 2007.

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA)

A DLPA é a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, ferramenta contábil usada para mostrar as mudanças feitas no Patrimônio Líquido no período.

Com a DLPA, fica mais fácil gerenciar e apresentar as alterações no patrimônio líquido, mostrando como a "riqueza" da organização diminuiu ou aumentou durante o período.

Muito além de indicar os lucros e prejuízos, essa demonstração contábil torna mais transparente a quantidade de impostos com base no lucro pagos pela empresa.

Para que serve cada uma das demonstrações contábeis? Resumo prático

Balanço Patrimonial

Apresenta a situação financeira e patrimonial da instituição, listando os direitos, bens e obrigações. Além disso, fornece uma visão completa das atividades do negócio, mostrando, por exemplo, os valores a receber de cada cliente.

Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA)

A DLPA apresenta as mudanças realizadas no patrimônio líquido da empresa em um determinado período. Assim, a DLPA mostra a origem do recurso, a sua aplicação ao longo do exercício e um comparativo entre o saldo anterior e o final do lucro da empresa.

Muito além de evidenciar os lucros e prejuízos, a DLPA permite tornar mais transparente a gestão de impostos baseando-se no lucro pago pela empresa.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

É um relatório que apresenta o resumo financeiro das operações e dos resultados obtidos pela empresa dentro de um período de tempo. Ou seja, o DRE revela a saúde financeira de uma organização, mostrando se ela gera rendimentos ou prejuízos. Além disso, essa demonstração é uma ferramenta de apuração de impostos.

Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

A Demonstração do Fluxo de Caixa é o retrato das movimentações do caixa da companhia. Ou seja, aponta as entradas e saídas de capital, durante o período, separando-as entre recebimentos, pagamentos operacionais, investimentos e financiamentos.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

Apresenta as principais alterações no patrimônio líquido, indicando o que aumentou ou reduziu a capacidade financeira da empresa ao longo do período. O documento lista todas as movimentações realizadas durante o exercício social nas contas do patrimônio líquido: reservas de capital, de lucros, de reavaliação, capital social e lucros ou prejuízos acumulados.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Apresenta o desenvolvimento de riqueza de uma companhia ao longo do período. Além disso, mostra como esse montante foi distribuído entre os diferentes stakeholders, como fornecedores, funcionários, colaboradores, investidores, governo e outros atores que participam, de forma direta ou indireta, da sua geração de riqueza.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)

A DRA apresenta as receitas, despesas e outras mutações que afetam o patrimônio líquido da empresa. Essa demonstração contábil mantém atualizada a divisão entre o que é patrimônio da empresa e o que pertence aos seus sócios. 

A DRA entrega todos os dados que permitem analisar a saúde financeira e o real lucro de um negócio. Por isso, é indispensável na tomada de decisão de gestores e investidores.

5 vantagens obtidas com as demonstrações contábeis

Na prática, as demonstrações contábeis oferecem às empresas um panorama completo e fiel da realidade financeira e da saúde do negócio. Isso porque elas funcionam como ferramentas gerenciais que otimizam e facilitam a gestão

Confira cinco vantagens:

Orienta as tomadas de decisão

As demonstrações contábeis fornecem dados para que os gestores tenham condições de mensurar o desempenho da organização, avaliar os resultados e planejar novas estratégias. Além disso, os indicadores orientam também as avaliações dos potenciais investidores. 

Prepara para o Imposto de Renda

Os relatórios gerados regularmente e atualizados, para cumprir as exigências das demonstrações contábeis, mantém as informações bem estruturadas. Isso facilita a organização dos dados para a entrega do Imposto de Renda. 

Fornece visibilidade sobre a performance do negócio

As demonstrações contábeis permitem acompanhar, por exemplo, os ganhos gerados por um investimento ou uma aquisição. Além disso, mostram também os pontos positivos e aqueles que exigem melhorias. Assim, é possível manter uma gestão focada em excelência operacional e lucratividade.

Reduz os erros

A partir das demonstrações contábeis, os gestores podem identificar, em tempo, possíveis erros, transações vistas como ilegais e até fraudes que poderiam trazer dores de cabeça e prejuízos para o negócio. Desse modo, é possível fazer os ajustes e garantir que os trâmites sejam executados em conformidade com a lei.

Atrai investidores e dá suporte na obtenção de crédito no mercado

Como vimos ao longo do artigo, as demonstrações contábeis fornecem informações consolidadas e precisas sobre a estabilidade e a confiabilidade da empresa. Estes indicadores são importantes porque ajudam as empresas de capital aberto na atração de investidores. Além disso, para aquelas que buscam aprovação de crédito e financiamento no mercado, esses dados são mais do que relevantes, porque serão avaliados pelas instituições financeiras. 

Basicamente, as demonstrações contábeis confirmam a capacidade da empresa de entregar resultados positivos e cumprir com suas obrigações.

Automatize a geração das demonstrações contábeis 

Agora que chegamos até aqui, você já deve ter visto que a gestão das demonstrações contábeis não é uma tarefa simples. Mas a tecnologia, de fato, pode se tornar sua aliada na geração destes relatórios. 

Com o suporte de uma plataforma SaaS focada nas atividades de Contabilidade é possível estabelecer uma gestão financeira de alta performance. Os recursos do Accountfy permitem que você visualize, planeje, organize e reporte dados confiáveis com recursos colaborativos. 

A partir de uma metodologia única, nossos clientes têm condições de automatizar tarefas manuais e consolidar informações de empresas e grupos econômicos de maneira simples, rápida e eficaz. Assim, seu time ganha mais tempo e energia para atividades que geram valor real para o seu negócio.      

Quer descobrir as vantagens do Accountfy para o processo de geração de demonstrações contábeis? Conheça o Accountfy

Nova call to action

076438982935c26634f0eb40da58082f-1024x576

Contabilidade moderna: por que digitalizar o processo de fechamento?

A gestão de uma empresa e dos seus processos é altamente desafiadora. Muitas tarefas e compromissos são obrigatórios e precisam ser feitos com a máxima eficácia e precisão. A gestão contábil, por exemplo, é um deles.

Contudo, nem todas as companhias possuem os mesmos recursos para gerenciar a complexidade dos processos de negócios, como contabilidade, planejamento e emissão de relatórios. As companhias de médio porte, por exemplo, enfrentam um desafio de qualificação. 

De acordo com dados da Ventana Research, embora 45% das empresas maiores realizem análises financeiras muito bem, apenas 29% das organizações de médio porte alcançam esse nível de maturidade na gestão das finanças. 

A pesquisa também identificou lacunas semelhantes em outros processos. Quando o assunto é o orçamento e controle fiscal, 40% das companhias de grande porte conseguem um bom desempenho, contra somente 27% das empresas de médio porte.

Os números apontam para uma questão latente: as companhias que têm tamanho médio precisam modernizar o processo contábil justamente para minimizar os gargalos que surgem com o aumento das demandas. E a solução é explorar ferramentas tecnológicas inovadoras que substituirão procedimentos ultrapassados. 

Os novos aplicativos e ferramentas disponíveis no mercado agregam valor aos processos contábeis e financeiros. Eles dão lugar, por exemplo, às já ultrapassadas planilhas alimentadas manualmente, permitindo que a equipe seja mais produtiva e foque em atividades estratégicas para o setor.

Neste post, mostramos porque a sua empresa deve explorar o melhor da tecnologia para otimizar o fluxo de trabalho do setor contábil.

Por que investir em um processo contábil inovador?

O relatório A Global Confidence Check for Finance & Accounting’, conduzido pela Capstone Insights, apontou algumas das dificuldades das empresas de médio porte (com receita entre US$ 100 milhões e US$ 749 milhões) de 8 países (França, Alemanha, Singapura, Estados Unidos, Espanha, Canadá, Reino Unido e Austrália): 

  • 14,5% dos entrevistados na categoria de US$ 100- US$ 250 milhões sentem que não podem confiar completamente na precisão de seus dados;
  • Apenas 30% dos entrevistados na categoria de US$ 500 a US$ 750 milhões concordam fortemente com a afirmação: “Eu confio totalmente na precisão dos dados financeiros da minha empresa”; 
  • Somente 27% na faixa de receita acima concordam fortemente que “nossa equipe executiva está altamente satisfeita com o acesso em tempo real que ela têm ao desempenho financeiro da organização”.

Os resultados são alarmantes e certamente podem ser replicados à realidade brasileira. E é principalmente nessa esfera que a inovação dos processos financeiros e contábeis pode ser aplicada: auxiliar na segurança e precisão das atividades realizadas.

Outra questão importante que a adoção de uma nova gestão leva em conta é quanto ao avanço da transformação digital. Optar pela modernização dos setores ligados à contabilidade é garantir vantagem estratégica em um mercado altamente competitivo. 

Além disso, a realidade do trabalho remoto exige o uso de ferramentas simples, acessíveis, práticas e seguras. Com muitos profissionais executando suas atividades em home office, o gestor financeiro precisa assegurar tanto a acuracidade e disponibilidade de dados como acesso em tempo real para o seu time. 

Neste contexto modernizar a gestão contábil e adotar ferramentas que agregam recursos tecnológicos como computação nuvem é a melhor estratégia a ser adotada.

3 características centrais da gestão contábil moderna

Atualmente, muitas empresas de médio porte ainda gerenciam suas tarefas manualmente. Em alguns setores, inclusive, os profissionais dependem das planilhas em Excel para fazer a gestão contábil.

Contudo, os processos manuais incidem em um número maior de erros, gerando a preocupação já mostrada e retrabalho. A modernização dos processos contábeis transforma esse cenário ao inovar, trazer facilidades e vantagem competitiva para a companhia.

Conheça três qualidades de uma gestão contábil disruptiva:

1- Centralização em um único lugar: todos os seus sistemas e dados são integrados em uma única plataforma. De tal modo o fechamento contábil e os fluxos de trabalho são padronizados, garantindo maior consistência nos processos, como também eficiência e controle.

2- Automação de processos: uma gestão contábil moderna permite que muitos processos do seu fluxo de trabalho sejam automatizados. Desse modo, é possível garantir aumento de produtividade e atuação mais estratégica para o time. Afinal, quando os profissionais deixam de executar tarefas operacionais, eles ganham tempo para se concentrar em atividades de maior valor e projetos estratégicos.

3- Inteligência de negócios: com a digitalização das operações contábeis, o time tem acesso às melhores ferramentas para fazer um acompanhamento contínuo dos processos e resultados. 

E muito além de orientar a execução, as soluções tecnológicas fornecem dados que orientam as análises de desempenho e as tomadas de decisão. A tecnologia permite identificar as necessidades de evolução, usando como ponto de partida a inteligência de negócio gerada com o suporte do sistema.

Principais benefícios de uma gestão disruptiva

Para modernizar a gestão da atividade contábil em uma empresa de médio porte o ideal é contar com o suporte de uma plataforma digital que seja capaz de agilizar os processos a partir da utilização dos melhores recursos disponíveis online. 

Ao escolher uma solução hospedada em cloud computing, por exemplo, os fluxos de trabalho ligados aos setores de finanças e fiscal ganham agilidade, consistência e qualidade nas entregas. Sua utilização também evita riscos relacionados à segurança da informação, como corrompimento de arquivos e uso de dados incorretos extraídos de planilhas.

Veja os quatro principais benefícios que sua empresa pode usufruir ao investir em uma plataforma de gestão contábil:

1- Confiabilidade na gestão de dados:  com a automação de tarefas operacionais e repetitivas os dados deixam de ser gerenciados manualmente, evitando falhas nos processos. Dessa maneira, com uma base de dados mais limpa e segura, a tomada de decisões também se torna mais assertiva.

2- Foco em tarefas estratégicas: uma plataforma de gestão contábil permite que você, como gestor, padronize e automatize boa parte da carga de trabalho. Com isso, é possível excluir muitas das tarefas repetitivas e tediosas da lista de atribuições dos colaboradores. Ou seja, eles ganham tempo e energia para atender a demandas mais críticas e estratégicas. 

3- Visibilidade dos processos: o seu time sabe exatamente como deve priorizar seu trabalho e canalizar seu tempo e energia? Possivelmente não. E gerenciar o volume de trabalho é um desafio para muitos gestores e profissionais. Por isso, nada melhor do que ter essa demanda centralizada e visível em um único lugar. A utilizar uma ferramenta tecnológica que faça a gestão os profissionais têm visibilidade instantânea e em tempo real, com painéis e relatórios que indicam quais são as tarefas prioritárias. 

4- Ambiente de controle aprimorado: com recursos colaborativos e workflow de revisão, a plataforma de gestão contábil permite que todos tenham acesso aos processos em andamento.  Além disso, os gestores de alto nível conseguem manter esse ambiente com um controle aprimorado, aumentando o grau de confiança nos processos e resultados. 

Comece a modernizar a gestão contábil

Levantamento feito pela Gatepoint Research descobriu que quase 40% dos executivos de finanças das médias empresas americanas concordam que o esforço manual é uma questão importante em suas empresas. 

Já mais de dois terços dos entrevistados disseram que suas equipes dependem inteiramente do ERP ou Excel para gerenciar as informações contábeis. Continuar utilizando recursos manuais coloca as organizações de médio porte em desvantagem competitiva!

Investir na digitalização dos processos contábeis é a melhor maneira de otimizar o fluxo de trabalho do setor. Com a adoção de um sistema, o seu time passa a ter acesso às melhores ferramentas para melhorar continuamente a qualidade das entregas. 

Ou seja: a tecnologia ajuda a fazer mais em menos tempo, reduzindo o prazo necessário para o fechamento mensal.

Ao automatizar os processos, o setor também passa a contar com reports melhores e mais ágeis, aumentando a eficiência e gerando vantagem competitiva para a empresa.  

A boa notícia é que as organizações de médio porte não precisam assumir projetos de transformação de um ano, para obter esses benefícios. Agora, eles são facilmente alcançáveis com soluções de Gestão de Desempenho Corporativo (CPM) como o Accountfy

A plataforma recebe os dados contábeis, que podem ser gerados pelo ERP – balancete ou razão – e, usando algoritmos proprietários, os transforma em informações gerenciais.

Quer contar com a ajuda da tecnologia para otimizar o processo de gestão de fechamento contábil? Conheça o Accountfy