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Cenário de IPOs em 2022: segundo trimestre de desaceleração e investidores seletivos

Após um ano recorde de IPOs em 2021, empresas vivem um momento de incertezas diante da elevada volatilidade do mercado, fruto das crescentes tensões geopolíticas, fatores macroeconômicos desfavoráveis, enfraquecimento das bolsas, entre outros. 

Diante deste cenário adverso, Paul Go, Líder Global de IPO da EY, no recente estudo EY Global IPO Trends Q2 2022 (Tendências Globais de IPO da EY – Segundo trimestre 2022), afirma que com menor liquidez, os investidores têm se tornado mais seletivos. “Eles estão concentrando suas atenções em empresas que demonstram modelos de negócios mais resilientes e escaláveis, ao mesmo tempo em que incorporam políticas e práticas de ESG como parte de seus principais valores. 

Segundo dados da mesma pesquisa, no segundo trimestre de 2022, o  mercado global contabilizou 305 novas ofertas iniciais, movimentando US$ 40,6 bilhões, equivalentes a quedas de 54% e 65% respectivamente.

Já no acumulado do ano, foram registradas 630 novas ofertas e US$ 95,4 bilhões em receitas, equivalendo a quedas de 46% e 58%, sendo que a maior ocorreu na região das Américas, incluindo o Brasil.

Continue a leitura e saiba mais detalhes sobre esse cenário, os principais desafios e fique por dentro de insights e tendências de mercado.

A desaceleração do mercado de IPO nas Américas

Após o mundo ter presenciado níveis recordes em operações de IPO em 2021, as condições voláteis do mercado resultaram em uma desaceleração significativa no primeiro trimestre de 2022. 

Impulsionado pelo quarto trimestre do ano passado, o mês de janeiro foi o que apresentou melhor resultado em termos de receitas e rendimentos nos últimos 21 anos. Ao mesmo tempo, este movimento global de desaceleração vem sendo sentido na região das Américas, com destaque para os Estados Unidos, Canadá, Brasil e México.

Rachel Gerring, Líder de IPO da EY Américas, afirma, no estudo EY Global IPO Trends Q2 2022, que a atividade de IPOs nas Américas permanece tímida em meio a ventos contrários macroeconômicos que continuam impactando o desempenho e a avaliação de diferentes ofertas públicas.

“Esses ventos levaram a uma abordagem de ‘esperar para ver’, pois quando os mercados começarem a se recuperar e a confiança se estabilizar, os segmentos de empresas que irão impulsionar a retomada de IPOs provavelmente serão lucrativos”, afirma. “Assim que o mercado de IPO reabrir, as empresas que se movimentarem rapidamente, poderão aproveitar o momento mais oportuno para seus investimentos.”

Como anda o Brasil nesse cenário

Por aqui, não foi diferente. O país vinha de um movimento elevado de transações nos anos anteriores, mas perdeu força até estagnar no primeiro trimestre deste ano, com nenhuma oferta pública na B3.

Movimentação em 2021

– Volume de operações de IPO: 46 operações

– Valor movimentado: cerca de R$ 65,6 bilhões

– Setores de maior destaque: TI e Serviços; Saúde e Seguros

– Quantitativo por setor: 

  • TI e Serviços com 08 operações, totalizando R$ 6,8 bilhões
  • Saúde com 03 operações, somando um total de R$ 4,8 bilhões
  • Seguros com 01 transação, que sozinha gerou R$ 4,3 bilhões 

Desafios frente à desaceleração

Segundo levantamento da EY, a volatilidade no mercado brasileiro deverá continuar em alta devido aos seguintes fatores:

– Inflação elevada;
– Taxas de juros elevadas;
– Cenário e período eleitoral;
– Preço-base do barril do petróleo;
– Tensões geopolíticas internacionais;
– Enfraquecimento do mercado de ações;
– Aumento dos preços de energia e de cartas commodities.

Nessa mesma direção, Flávio Machado, Líder do Centro de Assuntos do Conselho (CBM) e sócio-líder de Serviços de Consultoria Financeira e Contábil (FAAS) da EY, analisa o cenário nacional em comunicado de imprensa.

“O ano de 2022 começou muito fraco, se compararmos com o primeiro trimestre de 2021. Isso aconteceu em decorrência de diversos fatores de mercado, como o aumento da inflação e o aumento dos juros como medida para conter esse avanço. Em um ano de eleições, isso acaba aumentando a volatilidade.”

Segundo Machado, é possível que haja alguma recuperação dos IPOs após as eleições, com expectativas de que certas transações que foram adiadas possam ser retomadas, desde que haja melhora dos cenários de riscos internos e externos.

“Setores de infraestrutura, saneamento ou energia podem puxar algumas transações de IPO ao final do ano. Enquanto isso, diversas negociações de fusões e aquisições estão ocorrendo no país, inclusive com o envolvimento de startups. As empresas continuam se preparando para quando o momento for favorável”, afirma.

Apesar dos níveis de incerteza e da forte volatilidade, que forçam a desaceleração das atividades por enquanto, ainda há um apetite por IPOs e emissores preparados poderão se mover rapidamente quando a janela se abrir em meio a mercados mais calmos e propícios.

Mudança no desempenho global no cenário de IPOs

Mesmo com uma queda de 16% no volume, a região da Ásia-Pacífico (AsPac) teve o maior número de transações totais: alcançando 188 IPOs e uma receita de US$ 42,7 bilhões, equivalente a um aumento de 18%. 

Destaque global para os setores de tecnologia e de materiais que estão no topo com 58 IPOs cada, levantando US$ 9,9 bilhões e US$ 5,9 bilhões, respectivamente.

Em se tratando de receita, o setor de energia assumiu a liderança global, com um montante de US$ 12,2 bilhões, fruto de 15 IPOs, sendo que o maior foi realizado na bolsa coreana (Korean Exchange). Já o setor de telecomunicações ficou em terceiro lugar, movimentando US$ 8,6 bilhões em seis IPOs realizados.

Ringo Choi, Líder de IPO da EY Ásia-Pacífico, afirma  múltiplos fatores, desde os bloqueios da covid-19, guerra na Europa, até o aumento das taxas de inflação, além das tensões EUA/China, enfraqueceram o mercado na AsPac no primeiro semestre de 2022.

Na opinião de Choi, uma série de avanços econômicos positivos e novas políticas governamentais na China devem resultar em otimismo, renovando a atividade de IPO em toda a região o restante do ano.

Europa, Oriente Médio, Índia e África

Já a região da EMEA, compreendida pela Europa, Oriente Médio, Índia e África, registrou uma atividade moderada, com 96 IPOs, equivalente a uma queda de 38% em transações em comparação com 2021 e de 68% em receita, totalizando US$ 9,3 bilhões.

“Tempos difíceis e incertezas inusitadas mantiveram a volatilidade do mercado em níveis elevados e levaram a uma atividade moderada. Estamos vendo os investidores sendo mais seletivos e uma mudança histórica de IPOs relacionadas à transição energética e fatores ESG”, afirma Martin Steinbach, Líder de IPO da EY na EMEIA. 

Principais Insights do cenário de IPOs no segundo semestre de 2022

Unicórnios

O declínio acentuado nos IPOs de unicórnios pode ser atribuído à diminuição nas operações de empresas de tecnologia (120 no acumulado do ano de 2022 e 308 em de 2021).

Mega IPOs

Apesar de uma queda acentuada no número de mega IPOs, ofertas públicas de valores muito expressivos a partir de 2021, a parcela das receitas globais vem permanecendo estável até o momento.

Energia em alta no ranking dos 10 mais

O setor de energia lidera com quatro dos maiores IPOs e ultrapassou em volume o setor de tecnologia, mas que ainda é detentor do maior número de transações de 2021 até agora. Telecomunicações, Finanças, Varejo e Indústria obtiveram menor destaque.

Setor de energia

Algumas empresas de petróleo e gás estão optando por desmembrar partes de seus negócios em energias renováveis. Tudo porque os riscos e retornos dessas operações são diferentes da sua realidade. IPOs focados em ESG/energia limpa estão no centro das atenções globais com destaque para empresas que operam com hidrogênio verde, baterias e mobilidade elétrica.

Países do Golfo estão procurando trazer suas concessionárias para outros mercados, como meio de diversificar suas economias para longe da zona do petróleo, utilizando os recursos do IPO para financiar seus investimentos relacionados à energia limpa. 

Setor de saúde e ciência

Permanece baixo em volume e valor comparado ao desempenho de 2021. O desafio é agravado pelo declínio das SPAC, Companhias com Propósito Especial de Aquisição, empresas constituídas para levantar capital a partir de uma oferta inicial de ações, devido ao aumento de medidas regulatórias da Securities and Exchange Commission (SEC).

Indústria

A cadeia de suprimentos global demanda investimento em fabricação de componentes-chave (incluindo semicondutores) para modernização e expansão das suas operações. Com os mercados priorizando cada vez mais a sustentabilidade, indústrias terão crescimento na demanda de soluções em energia renovável.

A atividade de IPO está sendo impulsionada por investimentos em pesquisa e desenvolvimento, focando na captação de recursos para produtos inovadores.

Principais tendências

Incertezas geradas por fatores geopolíticos e macroeconômicos provavelmente permanecerão. Mega IPOs adiados no primeiro semestre de 2022 representam um pipeline saudável de empresas que estarão preparadas para entrar no mercado quando as janelas se abrirem.

O setor de tecnologia provavelmente continuará como o líder em termos de número de negócios, mas ampliará seu foco com as energias renováveis, à medida que os preços do petróleo aumentam.

Com os níveis de liquidez em baixa, o declínio nos preços das ações e o boom de aberturas de capital nos últimos dois anos, investidores estão se tornando mais seletivos e priorizando empresas sadias e escaláveis financeiramente.

ESG continuará a ser um tema-chave independentemente do setor para investidores e candidatos a um IPO.

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Startups brasileiras ainda carecem de governança corporativa, aponta pesquisa

82,1% das startups e scale-ups brasileiras ainda estão nos estágios iniciais em governança corporativa, mostra uma pesquisa elaborada pela Better Governance, consultoria especializada em governança. Foram avaliadas 148 empresas, 16% delas fintechs, em parceria com a Associação Brasileira de Startups, Distrito, BNDES Garagem, Cubo, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e InvestSP.

De acordo com a metodologia, há quatro etapas de maturidade: básico, em desenvolvimento, desenvolvido, e avançado. Entre os resultados, 39,8% estão no básico, 42,3% em desenvolvimento, e 15,5% já estão desenvolvidos. Para a consultoria, as fases “básico” e “em desenvolvimento” são consideradas estágios iniciais.

O relatório ainda aponta que 64% se autodeclaram nas fases mais avançadas. Apesar disso, pouco mais de 2% se encontram nesse patamar.

“Essa discrepância de visões – entre a autodeclaração e a avaliação externa – pode indicar que algumas empresas supervalorizam suas práticas internas, e que muitas acreditam que estão implementando medidas de governança efetivas quando na realidade estão apenas trabalhando nas demandas mais óbvias e aparentes”, afirma Fabíola dos Santos, head de Jurídico e Compliance da Accountfy. “Para atingir um nível de maturidade significativo, a empresa deve compreender o conceito da governança corporativa e aplicá-la como um todo. Somente assinar um termo de responsabilidade ESG não torna uma empresa sustentável, por exemplo. É necessário engajamento e compromisso, principalmente da alta administração, para se criar uma agenda com ações efetivas e que sejam objeto de revisão contínua”.

Na avaliação por competências, “divulgação e transparência” é um dos quesitos menos evoluídos, com mais de 60% das empresas no nível básico. Nesse sentido, segundo a Better Governance, o dado mostra que ainda há práticas de gestão de informação, assim como suas ferramentas, a serem aprimoradas pelas startups.

“Quando falamos de demonstrações de resultados e prestação de contas pelos administradores, a conformidade dos dados é essencial para que as startups reforcem seu compromisso com a transparência e tenham mais chances de receber investimentos. Sem uma ferramenta que padronize e auxilie na elaboração e divulgação desses resultados, a chance de haver inconsistências aumenta, e para empresas que estão em fases de busca de capital, é crucial não correr esse risco”, diz Fabíola.

No âmbito ESG e cultura, mais de 40% se encontram nas fases iniciais. Apesar da  maior parte do desenvolvimento estar atrelada à formalização de atos societários, estatutos e contratos sociais, a implantação dessas práticas ainda não apresenta resultados satisfatórios, revela o relatório.

De acordo com a Better Governance, os resultados salientam a falta de conscientização em relação à necessidade de aprofundamento, entendimento e implementação de boas práticas de governança por parte dessas empresas. Entretanto, a consultoria afirma que esse cenário cria oportunidades para construção de planos de ação adequados para cada fase de maturidade.

Como avaliar a governança corporativa 

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) desenvolveu uma ferramenta gratuita para autoavaliação das práticas de governança de startups em parceria com um grupo de trabalho da Comissão de Startups & Scale-ups do instituto.

O sistema de avaliação funciona com o preenchimento de um formulário online, composto por 38 práticas de governança corporativa, que analisa a avalia a adesão das startups e scale-ups, considerando, inclusive, o estágio de evolução e o momento de cada empresa em particular. 

Completando o preenchimento, a startup recebe um relatório automático com a pontuação de cada pilar (Estratégia & Sociedade, Pessoas & Recursos, Tecnologia & Propriedade Intelectual, Processos & Accountability), destacando pontos de melhoria.

Segundo o IBGC, “o objetivo é estimular as startups e scale-ups – inclusive aquelas não formalmente constituídas, ainda na fase de ideação do projeto – a refletirem sobre o seu contexto e a sua jornada de governança corporativa, em direção à adoção das melhores práticas. A plataforma é destinada a membros ou representantes dessas empresas, empreendedores e fundadores, executivos, investidores, conselheiros ou consultores de organizações escaláveis, de alto potencial econômico e inovadoras”. 

O Instituto acrescenta que as informações preenchidas no sistema são utilizadas para pesquisas e publicações, mantendo o sigilo do nome da empresa e seus respondentes.

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Qual é a importância da gestão financeira no agronegócio?

A gestão financeira no agronegócio nunca foi tão necessária. Seus líderes devem estar atentos ao monitoramento e gerenciamento dos riscos na produção e comercialização em um contexto mundial instalável. 

O Banco Mundial prevê uma desaceleração econômica global em 2023, com o índice de crescimento de apenas 3.2%, após o 4.1% previsto até o fim deste ano. 

Para o Centro de Estudos Avançados em Econômica Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), essa lenta recuperação na economia mundial freia a produção agrícola brasileira.

A crise na oferta internacional de insumos agrícolas, a instabilidade cambial e o enfraquecimento do poder de compra interno são os principais motivos de insegurança no setor, segundo o estudo da Esalq-USP de 2022.

A gestão financeira moderna, aliada às novas tecnologias, auxilia no monitoramento e redução dos riscos da cadeia de produção agrícola e no gerenciamento do patrimônio. 

Continue a leitura para saber mais como a prática e as tecnologias da gestão financeira contribuem com o desempenho do agronegócio.

Exemplo de gestão financeira aplicada ao agronegócio

A experiência prática no campo ou acertar as condições climáticas são insuficientes para gerenciar as instabilidades que envolvem o agronegócio atualmente.

Por exemplo, um grande produtor rural de milho pode ter tido dificuldades por intempéries no segundo semestre de 2021, somadas aos elevados custos. 

Caso houvesse uma estruturação financeira, o gestor identificaria a alta dependência da oferta de insumos agrícolas no cultivo de milho, buscando assim outras fontes de abastecimento, mesmo com impacto em parte da margem.

Novas análises podem identificar onde estão os maiores gastos externos, reduzindo custos e introduzindo novas estratégias. A transparência com os gastos, a elaboração de melhores contratos e a diversificação dos fornecedores fazem parte da gestão financeira no agronegócio.

Um líder financeiro experiente e o uso das novas tecnologias pode trazer resiliência ao negócio rural,  mantendo a sua viabilidade econômica no longo prazo.

Passo a passo para otimizar a gestão financeira no agronegócio

Continue a leitura para identificar os primeiros passos para uma gestão financeira moderna, que protege o capital, evita prejuízos e sustenta o crescimento do agronegócio diante de tempos incertos e das exigências internacionais

Controle de caixa e previsão orçamentária 

O controle do fluxo de caixa e elaboração de orçamento fazem parte das atividades financeiras do empreendimento agrícola. Dessa maneira, o gestor consegue ter precisão entre gastos e retorno, planeja melhor o uso de recursos próprios ou os financiamentos.

A empresa rural deve ter o custo de produção, com informações desde a compra de insumos, depreciações e salários para elaborar o seu fluxo de caixa. 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sugere uma metodologia para composição desse custo total com a caracterização dos custos variáveis e fixos de cada produto ou safra.

a) Custos variáveis: corresponde aos gastos com os itens de custeio, as despesas de pós-colheita e as despesas financeiras necessárias para que o produtor continue na atividade. Eles correspondem aos preços praticados pelo mercado.

  • Máquinas: as despesas de combustíveis e  manutenção;
  • Utensílios para produção;
  • Manutenção de benfeitorias; 
  • Trabalhadores temporários com encargos sociais; 
  • Insumos; 
  • Despesas gerais;
  • Transporte externo (frete) e armazenagem; 
  • Encargos financeiros: juros sobre capital de giro, taxas de mercado e custo de oportunidade (recursos próprios). 

b) Custos fixos: correspondem aos gastos do produtor, independentemente do volume de produção.

  • Depreciação: considera-se o desgaste das máquinas, equipamentos, utensílios, implementos, benfeitorias, instalações, solo (sistematização e correção), animais de trabalho e embalagens; 
  • Remuneração sobre o capital próprio não depreciado
  • Seguros, taxas e impostos
  • Trabalhadores fixos;
  • Remuneração da terra.

Essa rotina de detalhamento do controle de custos permite otimizar os estoques, identificar e reduzir as fontes de perda e traz transparência para os stakeholders como investidores, fornecedores e sociedade.

Na maioria dos agronegócios, os movimentos de caixa caracterizam-se por longo período de desembolsos (saídas de caixa) e recebimento único no ciclo pela venda da produção. 

Portanto, o controle das entradas e saídas de recursos financeiros ajuda o produtor na previsão orçamentária para o próximo ciclo e também na captação de recursos extras, melhorando o uso de capital.

Avaliação e gerenciamento de riscos

A PWC, em sua pesquisa global com CEOs ano de 2021, dedicou uma análise específica para o setor do agronegócio. Conforme o estudo, as principais ameaças citadas na gestão do risco do agronegócio foram:

  • Volatilidade cambial (67%); 
  • Comportamento do consumidor (60%);
  • Aumento das obrigações tributárias (57%);
  • Mudanças climáticas (47%). 

Tais riscos podem ser previstos e até mesmo controlados em uma gestão financeira. 

Por exemplo, um empreendimento rural suscetível ao risco cambial, pode se valer de um contrato de hedge. Esse recurso limita um preço para o momento que a transação comercial for efetivada.

O hedge é uma estratégia que permite ao gestor financeiro ter previsibilidade do retorno sobre o investimento preservando a margem de produção. O líder dessa área também pode gerenciar demais riscos financeiros.

  • Risco de crédito: corresponde a impossibilidade de contrapartida em uma operação de concessão de crédito, ou seja, um das partes não recebe ou não tem a comprovação do pagamento de uma dívida.
  • Risco operacional: quando relacionado ao processo produtivo rural pode ser decorrente de fatores como perdas causadas pelo clima,  falhas no plantio e colheita e, até mesmo, na gestão do negócio.
  • Risco das taxas de juros: ocorre quando possíveis variações cambiais e flutuações das taxas de juros afetam a rentabilidade do agronegócio. Por exemplo, a proposta para o Plano Safra 2022/2023 é a manutenção das taxas sobre o ciclo anterior, mas especialistas apontam poucas possibilidades de confirmação diante das altas na taxa Selic.
  • Risco de financiamento: são os riscos envolvidos nas diferentes esferas do agronegócio. Instituições financeiras analisam a capacidade do negócio, por meio do planejamento e gestão financeira, avaliando assim o risco de financiamento.

Gestão baseada em dados

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma que sensores, drones, imagens de satélites, tratores, pulverizadores e colheitadeiras automáticas são realidade no meio rural, mas tanta informação exige tecnologias de processamento para a devida interpretação dos dados.

Perceba, por exemplo, a complexidade de uma operação com avião para aplicações aéreas de agrotóxicos e fertilizantes. Primeiro, considera-se uma avaliação aérea, que nesse primeiro momento pode ser feito via drone ou satélite para calcular o tamanho da propriedade

O serviço considera a referência do preço por hectare. Geralmente é terceirizado e tem variação no custo de produção dependendo da região onde está a propriedade.

Operação com avião (R$/ha) = total de aplicações (aplicações/ha) x preço aplicação (R$/aplicação)

Tal regra quando digitalizada e amparada por serviços de automatização podem contribuir para o uso de insumos sem desperdícios e feito um cálculo com precisão para a eficácia do processo.

Gestores financeiros que contam com as melhores soluções de processamento de dados tem impressões cada vez mais confiáveis para tomar as suas decisões, muitas vezes reduzindo custos e inserindo o produtor no nível mundial de competitividade.

O investimento em sistemas com tecnologia SaaS, ou seja, com dados armazenados na nuvem, permite uma consolidação rápida das informações e análise em tempo real.

Dessa forma, há possibilidade de monitoramento, checagem de inconsistências, elaboração de relatórios e facilidade na comunicação entre as partes envolvidas.

Planejamento financeiro e análise de cenários

O processamento das informações permite simulações e a visualização de cenários. Dessa maneira, o gestor financeiro pode definir medidas protetivas preliminarmente.

Para ilustrar, imagine que se há chances de elevação na precificação dos fretes para o agronegócio, o profissional pode optar por uma modelagem financeira de acordo com esta conjuntura.

Em maio de 2022, a Petrobras anunciou um reajuste de 8,87% no preço do diesel, o que provavelmente afetará a tabela dos fretes em no mínimo 5% no Brasil.

Com a projeção, é possível simular o impacto do custo na receita e antecipar medidas de contenção, como renegociação com a frota e estabelecimento de remuneração por taxas fixas, além de apoiar os movimentos de congelamento na tabela do frete diante da alta inflação no país.

O planejamento financeiro ocorre de maneira cada vez mais efetiva no agronegócio quando amparada pela tecnologia e análise de dados, pois os gestores tomam decisões embasadas, abrindo mão da intuição.

Governança financeira e ESG

A consultoria Ernst & Young  (EY) realizou o estudo “Tendências Globais para o Agronegócio”, divulgado em 2022, ao qual levantou três principais grupos das transformações tecnológicas na cadeia produtiva do campo (clique na imagem para ampliar).

Observe que o gráfico demonstra uma linha do tempo. A evolução da tecnologia do campo ultrapassa os hardwares e equipamentos para soluções tecnológicas que se integram ao modelo operacional. Nessa fase, os softwares e serviços por assinatura otimizam a produção agrícola, a comercialização dos produtos e a proteção das margens. 

Sendo assim, os negócios do campo caminham cada vez mais para uma governança financeira, na qual a automatização das tarefas manuais e a análise de custos fazem parte apenas do primeiro passo. 

A governança financeira, altamente tecnológica, é um sistema capaz de integrar as informações, oferecer análises rápidas, prever cenários, efetuar modelagens financeiras  e propiciar segurança e transparência no repasse das informações.

Os ganhos com a tecnologia e gestão financeira elevam as chances de um agronegócio comprometido com as questões ESG, sigla que corresponde aos termos em inglês, Environmental, Social and Corporate.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação de Agricultura (FAO) posiciona de maneira semelhante à EY. Em seu Quadro Estratégico 2022-2031, a instituição afirma que a tecnologia, a inovação, a gestão e análise dos dados e a governança são aceleradores para a produção e distribuição de alimentos e produtos agrícolas no mundo com menor impacto ambiental.

Por fim, a estabilidade financeira e tecnológica suportam uma agricultura mais ecológica, que seja socialmente responsável com novos modelos de comunicação e interação com os seus stakeholders.

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Qual será o padrão global para mensurar o ESG?

A International Financial Reporting Standards Foundation (IFRS), referência em normativas contábeis no mundo, após consulta pública finalizada em abril de 2021, pretende lançar um padrão internacional para normatizar os relatórios ESG.

O International Sustainability Standards Board (ISSB) ou Conselho Internacional de Normas de Sustentabilidade, em português, deve ser oficialmente lançado até a próxima reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que acontecerá em novembro de 2021. 

O documento será um norteador para que as empresas profissionalizem seus relatórios financeiros e contábeis no âmbito do ESG. Continue a leitura e entenda os primeiros insights do padrão global IFRS nos critérios sociais, ambientais e de governança.

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Como está o cenário internacional para relatórios ESG?

Empresas ao redor do mundo emitem relatórios de sustentabilidade há décadas. Mas nos últimos anos foi exigido um detalhamento das questões que envolvem finanças e contabilidade para a aplicabilidade do ESG.

A comprovação das boas práticas sustentáveis é condizente às novas exigências do mercado financeiro para acesso aos empréstimos, fundos de investimento, entrada na bolsa de valores e até mesmo venture capital.

A Bloomberg, em reportagem de março de 2021, explica que a regulamentação e a padronização contábil ficaram atrasadas diante da ascensão do ESG, abrindo espaço para que cada organização optasse por um caminho próprio, sem orientação e referências.

Ainda para Bloomberg, a falta de padronização facilitou os comportamentos indevidos de algumas empresas que comunicam seu posicionamento sustentável, mas apresentam demonstrações financeiras e relatórios contábeis não condizentes com o marketing.

ISSB: a nova proposta internacional para relatórios ESG

International Sustainability Standards Board (ISSB), da  IFRS Foundation, é resultado de uma pesquisa realizada no ano de 2020 e finalizada em abril de 2021 com líderes financeiros ao redor do mundo. 

A IFRS Foundation captou a urgência de um parâmetro único que oriente as empresas e defina os modelos de relatórios financeiros de ESG, atendendo principalmente os mercados de capitais.

Os curadores da IFRS Foundation adiantaram quais serão os pilares do ISSB:

  • Foco no investidor: as normas serão projetadas para fornecer informações úteis à decisão de investidores e mercados de capitais, e não para partes interessadas mais amplas (como clientes, funcionários, comunidades locais).
  • Clima em primeiro lugar: dentre o escopo da sustentabilidade, o foco inicial será as divulgações relacionadas ao clima.
  • Baseado em estruturas existentes: o ISSB se baseará no trabalho realizado pelas principais organizações de ESG, em particular, da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD).
  • Abordagem em blocos: ao trabalhar com as principais jurisdições, usando seus parâmetros, os padrões emitidos pelo novo conselho forneceriam uma linha de base de relatórios de sustentabilidade globalmente consistente e comparável, ao mesmo tempo que proporcionariam flexibilidade para a coordenação de requisitos de relatórios que capturassem impactos de sustentabilidade mais amplos.

Os fatores ESG afetam o uso do dinheiro, os relatórios dos recursos e, por consequência, a contabilidade. Daí a necessidade de demonstrações integradas e bem elaboradas, que ajudem o profissional contábil evidenciar as informações financeiras.

Sendo um padrão internacional, o ISSB proporcionará a comparação entre empresas de diferentes lugares, possibilitando o avanço contínuo e a competitividade delas no mercado financeiro global.

A IFRS Foundation não está sozinha nesta discussão. A Financial Accounting Standards Board (FASB) que emite as normas contábeis dos Estados Unidos (US GAAP) publicou um estudo sobre as abordagens dos relatórios financeiros para as práticas em ESG.

Em linhas gerais, a organização americana reforça a importância de um modelo para avaliar e demonstrar os recursos gastos com ESG, aliviando a carga operacional das equipes internas. 

Há destaque para os derivativos, que correspondem às negociações dos ativos no mercado futuro na bolsa de valores, assegurando os projetos sustentáveis nas empresas de capital aberto.

E no Brasil?

Enquanto aguardam os desdobramentos das normas internacionais, as empresas brasileiras têm a opção do Relato Integrado, regulamentado pela NBC CTG 09 em 2020, para padronizar os relatórios que envolvam as questões relacionadas ao ESG

O Relato Integrado é uma iniciativa aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com o Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Atualmente, existe uma Comissão Brasileira de Acompanhamento do Relato Integrado.

Zulmir Breda, presidente do Conselho Federal de Contabilidade, explica que os temas sobre sustentabilidade e os impactos nos investimentos não são uma tendência ou um modismo. “Essa é uma questão central para empresas, investidores e sociedade, e todas as informações precisam estar expressas em relatório abrangente e padronizado.”

A NBC CTG 09 tem como objetivos o aperfeiçoamento da prestação de contas, com informações quantitativas e qualitativas, e a responsabilização pela gestão dos capitais: financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, de relacionamento e natural.

O item 1.11 da norma esclarece que “indicadores quantitativos, tais como KPIs e métricas monetizadas, bem como o contexto no qual são disponibilizados, podem ser muito úteis para explicar como a organização gera valor e como ela utiliza e afeta diversos capitais”.

A adesão ao Relato Integrado é opcional, contudo, quando utilizada, a empresa deve seguir as diretrizes estabelecidas. Vale destacar que os relatórios padronizados permitem a comparação entre as empresas

Valdir Coscodai, presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), explica que, no Brasil, a CVM solicitou que quando uma companhia divulgar o Relato Integrado, o mesmo deve ser assegurado por auditores independentes.

A B3, disponibiliza o guia “Sustentabilidade nas Empresas: como começar, quem envolver e o que priorizar”. O material tem informações sobre diretrizes e recomendações para a gestão e a prestação de contas, critérios mínimos de listagem e boas práticas para o acesso das empresas aos segmentos ESG na bolsa de valores do Brasil.

Qual será o papel da auditoria no ESG?

O Laboratório de Inovação Financeira (LAB) publicou um relatório sobre a transparência das informações ESG pelas empresas listadas na bolsa brasileira. De 96 Formulários de Referência (FRE) analisados, constatou-se que somente 36% possuem processos de asseguração das informações socioambientais.

Em 2020, a Comissão de Valores Mobiliários publicou a Circular CVM/SEP 02/2020 (item 7.8) e passou a recomendar que as empresas que emitem relatórios anuais de sustentabilidade ou integrados divulguem se eles foram auditados. 

A auditoria independente, o compliance e os controles internos auxiliam de maneira consultiva o conselho de administração, atuando no controle de riscos e identificando os pontos de melhorias.

As organizações que adotam um processo de auditoria interna elevam sua credibilidade, transmitem segurança e conquistam a confiança dos investidores, sendo um dos instrumentos de prevenção e combate às falsas práticas de sustentabilidade, mais conhecidas como “greenwashing” ou “lavagem verde”. 

Conforme a reportagem do Jornal Estadão, 43% das empresas do Ibovespa não tiveram dados de ESG verificados por auditoria independente, o que eleva as chances das empresas estarem apenas se passando por sustentáveis.

A Federação Internacional de Contadores (IFAC) conclui que, com os padrões de ESG do IFRS divulgados pelo ISSB, o auditor poderá realizar melhor seu trabalho e demonstrar resultados, motivando a gestão e os conselhos a revisitar os seus papéis nos relatórios.

Qual é o futuro da mensuração do ESG?

Há uma grande expectativa que o IFRS Foundation avance no desenvolvimento da ISSB para mensurar o ESG, especialmente por ainda não existir um padrão que consolide desde a implantação ao monitoramento dos critérios de sustentabilidade nas organizações.

Uma vez aprovada e implementada, essa norma deve elevar o padrão de qualidade das demonstrações financeiras e pode tornar-se exigência de algumas plataformas do mercado financeiro sustentável. 

Lee White, diretor da Fundação IFRS, em entrevista à SF Magazine, explica que o padrão ISSB será opcional. “Assim como as normas contábeis do IFRS, a adoção das normas e decisões sobre quais empresas serão obrigadas a aplicá-las caberá às autoridades jurisdicionais”, diz ele.

Caso os padrões ESG ganhem tração, os contadores e gestores financeiros estarão cada vez mais familiarizados ao tema, tornando-se responsáveis pelo alcance integral das metas em sustentabilidade. 

Conclusão

O relatório de impacto da Bloomberg  afirma que o mercado financeiro sustentável cresceu 29% em 2020, batendo um recorde de 732 bilhões de dólares em instrumentos de dívida com tema de sustentabilidade.

Ainda segundo a publicação da Bloomberg, o crescimento em mercados financeiros sustentáveis leva a uma nova demanda por dados, análises e ferramentas de negociação.

Com a nova padronização internacional, os relatórios poderão alcançar informações completas, confiáveis e comparáveis globalmente. O mercado de capitais exige transparência e conformidade das instituições que pretendem seguir os critérios ESG.

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Gestão automatizada de dados financeiros e as métricas ESG

Em 2020, no Brasil, os fundos ESG – destinados a apoiar empresas que desenvolvem modelos de negócios e tecnologias para desafios apresentados pelas mudanças climáticas captaram cerca de R$2,5 bilhões, segundo estudo da Morningstar e Capital Reset

Desse valor, mais da metade foi levantada por fundos criados há menos de um ano. Embora cada setor tenha um critério diferente para implementação do ESG, é comum a todos eles o pilar da transparência e do acesso aos dados da companhia.

Nascido do Pacto Global da ONU, firmado em 2000, o termo ESG –  Environmental, Social and Governance (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em português) tem guiado empresas de todo o mundo a seguirem, juntas, por um caminho mais sustentável e consciente. Além de garantir um mundo melhor, cada vez mais o ESG tem guiado decisões de investimento e risco das empresas; ou seja, seguir essas boas práticas também pode significar um melhor desempenho financeiro das companhias

A pauta ESG também ganhou evidência com o Business Roundtable, evento que aconteceu em agosto de 2019, no qual mais de 180 CEOs de grandes empresas se comprometeram a liderar em benefício de todos os stakeholders.

Após 2020, com a pandemia mundial da Covid-19, as preocupações relacionadas ao meio ambiente, sociedade e governança se tornaram prioritárias entre gestores que querem se antecipar a possíveis crises e fortalecer o relacionamento com os investidores.

Para Goldwasser Neto, CEO e cofundador do Accountfy, projetos sólidos de ESG costumam se basear na governança corporativa. “Nas organizações privadas, a liderança financeira assume o papel de mapear e gerenciar os riscos do negócio, o que inclui os fatores socioambientais. Conselhos podem ser articulados para dar andamento ao ESG e as áreas de compliance e controle financeiro têm papéis fundamentais para seguir a legislação, acompanhar a performance e apresentar os resultados”, diz. 

No último ano, o ISE B3 superou a valorização do Ibovespa, acumulando alta de 294,73%, em comparação aos 245,06% do mais importante indicador do desempenho médio das ações negociadas no Brasil.

O ISE B3 é o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas selecionadas pelo seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial. Recentemente, a B3 anunciou que está desenvolvendo um novo índice que analisará exclusivamente empresas que valorizam seus funcionários, em parceria com o Great Place to Work.

ESG, gestão financeira e dados

Essa agenda sustentável tem impactado diretamente as receitas das empresas. Em um cenário em que a gestão financeira é feita majoritariamente de forma manual, a utilização de um sistema capaz de integrar e gerenciar as informações automatizadas torna esse processo mais estruturado, ágil e confiável.

“As soluções do Accountfy, além de automatizar processos e monitorar indicadores, também trazem clareza e detalhamento às informações financeiras, o que é fundamental para a comunicação de investimentos em sustentabilidade e geração de valor empresarial em longo prazo”, afirma o CEO.

Não há uma uniformidade entre os critérios de implantação do ESG, pois existem particularidades de cada empresa. Mineradoras ou empresas de transporte, por exemplo, possuem desafios socioambientais bem diferentes de organizações de tecnologias ou do terceiro setor.

Sustainability Accounting Standards Board (SASB), uma organização independente para práticas sustentáveis, disponibiliza, por exemplo, padrões de  77 setores diferentes para download.

Se não há um padrão único para monitorar os critérios ESG nas instituições, é preciso que cada companhia reconheça entenda os diferentes impactos que causa na sociedade.

Nas organizações privadas, a liderança financeira assume o papel de mapear e gerenciar os riscos do negócio, o que inclui os fatores socioambientais.

Conselhos podem ser articulados para dar andamento ao ESG e as áreas de compliance e controle financeiro têm papéis fundamentais para seguir a legislação, acompanhar a performance e apresentar os resultados.

Investidores que buscam o ESG procuram por companhias que apresentem resultados promissores, mas que também dimensionem os riscos socioambientais e trabalhem para mitigá-los.

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