A pesquisa Rastreador de Infraestrutura Corporativa Trimestral Mundial: Comprador e Implantação na Nuvem da International Data Corporation (IDC), consultoria em inteligência de mercado, revela que os gastos com infraestrutura de computação e armazenamento em nuvem aumentaram 6,6%, ano a ano, até 2021, totalizando um mercado de US$ 18,6 bilhões. Até 2025, devem atingir US$ 118 bilhões.
Seguindo essa tendência, o material Futuro da Área Financeira: A Agenda o CFO para Um Amanhã Radicalmente Diferente, feito pela KPMG, mostra que o futuro da área financeira será marcado pela nuvem como ferramenta dominante.
De acordo com a Investopedia, portal referência em conteúdos financeiros, o cloud computing é uma tecnologia que permite a entrega de diferentes serviços através da internet, como servidores, redes e softwares, por exemplo. As informações armazenadas em nuvem são salvas em bancos de dados remotos e podem ser acessadas a qualquer momento por dispositivos conectados à ela, não precisando estar em um local específico.
Com toda a flexibilidade, agilidade e mobilidade que o cloud computing têm proporcionado aos negócios, a área financeira a usa como uma aliada para otimizar processos e trazer maior dinamismo na gestão de dados.
De acordo com o relatório Futuro da Área Financeira: A Agenda do CFO para Um Amanhã Radicalmente Diferente, tecnologias de automatização baseadas em cloud computing fomentarão um novo modelo operacional no qual capacitarão as finanças para entregar mais valor com menos esforço, e responder às necessidades do negócio com maior rapidez. Continue a leitura e entenda mais sobre essa relação.
Cloud computing na área financeira
Em seu estudo Economia da Nuvem: Mantendo a Cabeça na Nuvem – O Papel Vital dos CFOs nas Decisões Estratégicas de Computação em Nuvem, a Deloitte afirma que à medida que empresas exploram as vantagens do cloud computing, os CFOs têm a oportunidade de conduzir estrategicamente a implantação dessa tecnologia na área financeira e em toda a organização.
Segundo a consultoria, CFOs podem abordar os impactos que modelos de nuvem podem trazer aos processos contábeis e financeiros. Além disso, devem comunicar seus resultados para investidores e stakeholders, pois, analistas de investimento parecem estar mais interessados em como essa tecnologia pode levar a aumentos nos fluxos de receita, assim como seu potencial de redução de custos.
Além disso, a adoção do cloud computing na área financeira permite que concentrem mais tempo e recursos em suas principais atividades, ao mesmo tempo em que oferecem a flexibilidade de aumentar ou diminuir os investimentos em nuvem como resposta às mudanças nas necessidades da organização.
Benefícios do cloud computing na área financeira
Economia de recursos e tempo
A migração para a nuvem permite que as áreas financeiras otimizem os investimentos alocados em tecnologia e evitem gastos desnecessários. Em vez disso, podem canalizar o dinheiro para outros aspectos da gestão do negócio.
O estudo da Accenture revela que o cloud computing pode reduzir significativamente o custo operacional de uma empresa, permitindo que ela aumente ou diminua o uso de recursos. O relatório também afirma que, além de economizar em energia, uma empresa pode reduzir sua emissão de carbono em 30% por cada usuário usando soluções em nuvem.
Segundo a IBM, em comparação com o armazenamento local tradicional, o cloud computing traz:
Custos de TI mais baixos: o armazenamento em nuvem reduz custos de compra, instalação, configuração e gerenciamento de infraestrutura físicas, além de mão de obra especializada;
Mais rapidez no fornecimento de ferramentas: em vez de aguardar pela instalação e configuração de softwares e hardwares, o cloud computing permite que aplicativos corporativos sejam implantados em poucos minutos.
Melhor aproveitamento e economia de gastos: ao contrário de infraestruturas físicas, a nuvem conta com a possibilidade de dimensionar a capacidade de armazenamento para mais ou menos, em vez de pagar pelo excesso de espaços que estão sem uso.
Facilidade de acesso à informação
O armazenamento em nuvem facilita e dinamiza seu acesso, no qual vários dispositivos podem carregar e baixar dados de qualquer lugar e a qualquer momento, permitindo inclusive a colaboração em tempo real por equipes remotas, por exemplo.
O Guia do CFO para a Nuvem, também elaborado pela Deloitte, reforça como a adoção do cloud computing pode ter um resultado positivo na área financeira em termos de acesso à dados, exemplificando o seguinte caso:
“Uma empresa sofria com problemas na gestão de dados. A área financeira não conseguia acessar ou analisar as informações de sistemas antigos, necessárias para decisões cruciais. Ao perceber que precisavam de uma nova plataforma baseada em nuvem, a equipe de tecnologia implantou o cloud computing. Essa empresa agora está se tornando uma potência orientada por dados, adotando ferramentas avançadas para rentabilizar novas oportunidades”.
Segundo a Deloitte, em rotinas em que a coleta de informações é essencial e muitas vezes manual, áreas financeiras veem o cloud computing como ferramenta principal no auxílio dessas demandas e já representa redução de tempo na elaboração de relatórios.
Apoio às decisões estratégicas
Segundo a KPMG, para os profissionais da área financeira, o cloud computing, combinado a outras ferramentas, está auxiliando as decisões através de recursos de monitoramento de processos de fechamento, análise de cenários estratégicos e relatórios gerenciais em tempo real.
A consultoria afirma que planejadores financeiros podem se aproveitar de ferramentas baseadas em nuvem, como plataformas de gestão de desempenho corporativo (CPM), para criar uma visão de FP&A que integre as previsões financeiras com as operações, supply chain, vendas, marketing e outros.
Melhorias na forma como os dados são estruturados e coletados e a redução da necessidade de processos repetitivos e intervenções manuais são alguns dos benefícios enfatizados pela KPMG.
Os papéis do CIO e CFOs
Embora tradicionalmente questões tecnológicas sejam conduzidas pelo CIO (Chief Information Officer), o CFO também está atrelado à transformação digital e seu suporte tem desempenhado um papel importante na promoção das mudanças necessárias nos processos.
58% dos CFOs entrevistados pelo estudo TCS 2020 CFO, feito pela Tata Consultancy Services, consultoria de serviços de TI, reconhecem que a tecnologia está tendo um impacto profundo em seu papel e não são apenas responsáveis pela digitalização da função financeira, mas também desempenham papel fundamental na digitalização de todo o negócio.
Nesse sentido, ambos têm trabalhado em conjunto para implementar soluções em cloud computing na área financeira e em toda a organização de forma inteligente e planejada.
Para a Deloitte, ao considerar a implantação do cloud computing, o CFO pode envolver-se, juntamente com o CIO, para discutir as necessidades da empresa em relação à tecnologia, e avaliar contratos, taxas, custos, e retornos esperados.
De acordo com o artigo Como o CFO e o CIO colaboram para criar, otimizar e proteger valor, da Ernst & Young, enquanto os CFOs supervisionam os gastos corporativos gerais e justificam financeiramente as iniciativas relacionadas à tecnologia, o CIO avalia as opções de serviços de cloud computing, e decide quais estruturas e processos do negócio serão movidos para a nuvem: tais como os bancos de dados, aplicativos, plataformas e softwares, por exemplo.
Além disso, rumo à implantação do cloud computing na área financeira e na organização como um todo, o Gartner, em seu material Elabore uma estratégia eficaz de computação em nuvem respondendo a cinco perguntas-chave, sugere algumas questões que CFOs e CIOs podem responder:
- Onde e como a organização deve consumir serviços de cloud computing?
- Como protegeremos, gerenciaremos e governaremos em ambientes híbridos?
- Como a computação em nuvem influencia nossa estratégia?
Em suma, além de conduzir a mudança em termos técnicos, o CIO pode trazer mais clareza em relação aos impactos positivos que o cloud computing trará, ajudando nas metas organizacionais.
Por sua vez, CFOs podem auxiliar na escolha de uma ferramenta alinhada às expectativas do departamento de tecnologia, ao mesmo tempo que gerenciam novos riscos, e conciliam os investimentos às estratégias e objetivos financeiros.
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