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Experiência do consumidor é decisiva na contratação de serviços financeiros

A pesquisa Finfacts, do Google Cloud, em parceria com a R/GA, mediu o desempenho de sites, aplicativos e a experiência do consumidor de 28 instituições financeiras brasileiras, incluindo bancos digitais e fintechs. No total, mais de 2600 análises foram feitas.

O relatório evidencia os desafios que clientes têm passado ao contratar produtos de instituições financeiras: atendimentos humanos e automatizados frustrantes, abertura de contas demoradas, falta de informações, entre outros. 

Segundo os resultados, 15 chatbots de 24 instituições avaliadas se mostraram ineficientes. No atendimento humano, 11 foram considerados insuficientes.  

Durante a contratação, mais de 41% não trazem informações claras sobre especificidades, como taxas cobradas e condições. Na mesma situação, 50% não oferecem cartão de crédito pré-aprovado sem pedir informações extras e quase 38% não têm políticas acessíveis sobre coleta de dados.

Além disso, 50% levaram mais de 48h para finalizar processos de abertura de contas e, em alguns casos, mais de 10 dias. 

Em termos tecnológicos, de 24 instituições avaliadas:

  • 10 tiveram dificuldades no processo de uploads para abertura de conta;
  • 9 sofreram instabilidade e ficaram com o aplicativo offline;
  • 6 apresentaram erros ou lentidão na autenticação durante o login;
  • 5 apresentaram problemas relacionados a reconhecimento facial;
  • 5 não oferecem login por biometria ou Face ID.

De acordo com o Google, esses fatores têm contribuído para um maior índice de desistência. Entretanto, o relatório abre um leque de melhorias na experiência do consumidor, sejam de empresas de serviços financeiros ou não. Acessibilidade, atendimento personalizado e objetividade mesclada à simplicidade são pontos destacados.

“No Accountfy, entendemos que essa jornada se inicia no momento zero, no qual cruzamos nossa proposta de valor com as expectativas do cliente”, comenta Beatriz Costa, gerente de Customer Success do Accountfy. “Antes mesmo de apresentarmos nosso produto, buscamos entender o que procuram, suas motivações e dores, assim, criamos planos de otimização voltados a atendê-los. Em todo esse caminho, priorizamos a qualidade das interações e a transparência, além da personalização como parte da estratégia.”

A experiência do consumidor como prioridade

Com consumidores buscando maior rapidez e facilidade, a melhor experiência é mais valorizada do que o nome da instituição. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, no setor de serviços financeiros, 90% das aquisições são motivadas pelo próprio ato da compra, contra 10% por fidelidade à marca.

Nesse cenário, a jornada do consumidor ganha importância, e empresas podem considerar maiores otimizações em seus canais de venda e de relacionamento. Uma pesquisa da Microsoft, feita com 100 líderes de diversas áreas de empresas de seguros, bancos e outras atividades financeiras, revela que 86% estão investindo mais de 25% de seu orçamento na experiência do consumidor

A mesma pesquisa ainda aponta que, entre 46% das empresas que irão aumentar seu orçamento em 2022, mais da metade pretende investir no aproveitamento dos dados do cliente para personalização em tempo real.

“A vantagem competitiva de oferecer uma ótima experiência do início ao fim já vem sido notada pelos líderes. Logo depois de fecharmos um contrato, damos continuidade à jornada de confiança construída anteriormente, caminhando ao lado de cada cliente e suas particularidades, proporcionando uma adaptação e integração completas. Por fim, avaliamos se toda essa experiência atingiu os resultados esperados através dos feedbacks. Aspectos como esses aumentam as conversões, o valor comercial da vida útil, e também fortalecem a fidelidade”, afirma Beatriz.

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Presencial, remoto ou híbrido? Pesquisa sugere modelo de trabalho omniconectado

Novas discussões acerca dos modelos de trabalho tomaram conta das redes sociais neste começo de ano. Todas motivadas pelo vazamento do e-mail de Elon Musk, no qual o homem mais rico do mundo afirma que o modelo remoto não é mais aceitável.

Neste cenário, a pesquisa De sempre conectado para omni-conectado, publicada recentemente pela Accenture, levanta questionamentos a respeito da qualidade de vida e produtividade de profissionais que trabalham presencialmente ou remotamente. Além disso, apresenta um conceito que espera aproximar colaborador e empresa, independentemente do local de trabalho: o modelo omniconectado.

De acordo com o estudo, apenas uma em cada seis pessoas se sente conectada ao trabalho, em um sentido humano. 42% que não se sentem conectados estão no modelo presencial, 36% no híbrido e 22% no totalmente remoto.

Os dados revelam que, apesar da proximidade física, a falta de flexibilidade e suporte dos gestores aumentaram o senso de desigualdade, contribuindo para distanciar o colaborador da empresa.

Para Samea Nasraui, gerente de recursos humanos do Accountfy, tanto os modelos presenciais quanto remotos possuem seus desafios. Segundo ela, “a adaptação e integração é um processo complexo até mesmo no presencial, mas no remoto, criar memórias e sentimentos é ainda um desafio maior. Em um ambiente com mudanças constantes, colaboradores enxergam a necessidade de se ‘auto motivar, auto gerenciar e auto liderar’. Os que possuem essas soft skills, são os que menos sentem os impactos negativos”.

De acordo com ela, essa versatilidade entre modelos é essencial, mas também é necessário avaliar e conciliar uma separação entre ambientes profissionais e domésticos, para que esses consigam deixar “o trabalho, no trabalho”, e não o levar para casa. 

Além disso, o modelo remoto ajudou a quebrar o estereótipo de que, para ser produtivo, o profissional precisa estar fisicamente no escritório, já que, “o que antes podia ser visto com desconfiança, por parte dos gestores, em relação ao nível de entrega dos colaboradores à distância, hoje é entendido como o contrário e visto como aliado em um momento de incertezas”, afirma Samea.

Pesquisas apontam que as áreas financeiras adotarão o regime misto na América Latina. O material da consultoria McKinsey, Em conversa: o papel do CFO no desenvolvimento de talentos, feita com executivos e membros de comitês de desenvolvimento de talentos, mostra que a flexibilidade do trabalho já está presente na agenda dos CFOs. 

Na entrevista, ao ser perguntado sobre os motivos do êxodo de mais de 19 milhões de trabalhadores nos Estados Unidos, o especialista Rawi Abdelal afirma que “a pandemia nos deu a oportunidade de refletir sobre como passamos nossas vidas em ambientes de trabalho e pensar sobre significado, propósito e dignidade do trabalho que fazemos”.

O que é o modelo omniconectado

A consultoria Accenture define o termo “omniconectado” como uma experiência na qual o colaborador se sente incluído e pertencente ao trabalho, impulsionando carreiras, criando relacionamentos de confiança e fomentando valor entre profissional e negócio, independentemente da localização física. 

O modelo tem ações-chave que visam introduzir uma liderança empática, com senso de transparência e confiança; criar normas culturais que priorizem o propósito e a segurança psicológica do profissional; dimensionar novas formas de trabalhar, com maior flexibilidade; e otimizar o uso da tecnologia na capacitação das pessoas.

Segundo a Accenture, o omniconectado enfatiza o trabalho flexível – impulsionador do modelo híbrido – priorizando o bem-estar e a produtividade. 

O relatório da Accenture afirma que o omni-conectado já tem trazido resultados e companhias que implantaram o conceito já observaram aumento de 7.4% na receita anual, uma retenção de talentos 59% maior, e profissionais 35% mais propensos a entregar trabalhos com mais qualidade.

 

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As vantagens de um bom relacionamento entre o CFO e o CIO

A aliança entre finanças e tecnologia se mostrou ainda mais necessária nos períodos de pandemia e pós-pandemia. Segundo a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o total de investimentos globais em TI (software, hardware e serviços) em  2021 superou os 2 trilhões e meio de dólares.

Mas, embora o CIO (Chief Information Officer) esteja posicionado como diretor e especialista em operações de TI, as limitações do caixa podem tornar o processo de investimento em tecnologia mais complexo, tornando-se necessária a presença de mais diretores na mesa de reuniões, como o CFO.

Entretanto, a recente pesquisa do Gartner mostra que apenas 30% dos relacionamentos CFO-CIO são caracterizados por serem colaborativos e centrados nas necessidades do negócio.

Nesse cenário, estreitar o relacionamento com o CIO é uma das prioridades do CFO para 2022 como propulsor da inovação, enquanto ambos preservam as reservas financeiras. 


O que está colaborando para a aproximação entre CFO e CIO?

Em entrevista para a CXO Talks, o CTO da Deloitte, Bill Briggs, afirma que, no passado, o departamento de TI era considerado de alto custo, e o único envolvimento da área financeira era reduzir gastos sem sacrificar a eficiência e confiabilidade. 

Hoje, essa relação é mais estratégica. Em um cenário de constante evolução tecnológica, os investimentos em inovação têm sido vistos como uma das implantações mais estratégicas de capital na empresa, o que torna vantajoso fortalecer as relações entre CFO e CIO.

Para Briggs, “a forma como pensamos sobre finanças em relação a TI está mudando. Este é um momento em que há oportunidades à nossa frente e ambos os setores estão precisando se reerguer e se reinventar. E trabalhar juntos oferece uma chance muito maior de alcançar os objetivos do negócio”.

A pesquisa Insights de pares do CFO para 2021: Transformação digital e prioridades de gastos em TI, elaborada pela Rimini Street, revela que 71% dos CFOs acreditam que a transformação digital é a chave para o sucesso das suas empresas. O levantamento foi feito com mais de 1.500 executivos da área de finanças em 13 países, incluindo o Brasil.

Portanto, espera-se que os CFOs e CIOs liderem funções de TI e finanças mais ágeis, e para isso o CFO deverá entender onde e como os dados e a tecnologia podem ser aplicados, utilizando novas ferramentas como computação em nuvem, análise avançada de dados e softwares de segurança.

Em contrapartida, o CIO precisará entender o mercado em constante mudança, as expectativas operacionais e as novas ferramentas emergentes e conciliá-las com as limitações financeiras da organização.

Como a relação CFO e CIO pode ser vantajosa

Segundo a Ernst & Young, o forte relacionamento entre CFO e CIO pode ser a chave para criar, otimizar e proteger os valores do negócio. Entre as vantagens dessa relação estão:

  • Insights melhores através da análise avançada de dados: o CIO pode avaliar a substituição e atualização de novas ferramentas que ofereçam análise, reporte e monitoramento, capazes de auxiliar o CFO a tomar decisões mais precisas.
  • Processos mais eficientes com a automatização: tarefas manuais e rotineiras  podem ser otimizadas através de ecossistemas digitais capazes de reduzir o tempo e o esforço gasto. Nesse momento, o CIO torna-se responsável também por determinar qual ferramenta do rol de tecnologias pode simplificar as demandas da área financeira.
  • Redução de riscos cibernéticos e corporativos: CIO e CFO podem trabalhar colaborativamente no gerenciamento de novos riscos que surgem em cenários de constante evolução.  Enquanto o CIO identifica e monitora riscos de segurança tecnológica, o CFO elabora planos de mitigação para manter a empresa financeiramente e intacta.

De acordo a Ernst & Young, os líderes financeiros que desenvolvem um conhecimento prático de TI podem tomar melhores decisões estratégicas e continuar impulsionando – e financiando – a transformação digital de suas empresas.

Enquanto isso, os líderes de TI que contam com uma maior compreensão das prioridades financeiras podem avaliar adequadamente a adesão às suas iniciativas com uma perspectiva maior das estratégias de curto e longo prazo da empresa.

A pesquisa do Gartner, feita com com 183 CFOs e CIOs, revela que relacionamentos fortes entre os dois garantem uma oportunidade 51% maior para liberação de investimentos em tecnologia e 39% mais chances desses valores permanecerem no plano financeiro, além de 18% mais propensão dos resultados pretendidos serem alcançados.

Segundo a consultoria, esses atributos são os principais para definir uma forte parceria digital, no qual as organizações encontram financiamento para iniciativas de inovação, mantendo os gastos digitais dentro do orçamento.

Como aproximar esses dois líderes

O material CFO Insights: Três maneiras de fortalecer a parceria entre CFO e CIO, produzido pela Deloitte, mostra que o objetivo é semelhante para ambos: garantir que as operações sejam executadas com eficiência.

Frente ao desafio de equilibrar perspectivas diferentes, a consultoria sugere questionar se as ações principais do CFO e CIO estão caminhando lado a lado. Alguns exemplos são:

  • Quais investimentos a área de TI e financeira estão fazendo ou identificando como críticos para o futuro? 
  • Como a tecnologia está apoiando a estratégia de crescimento da organização?
  • A área financeira está fornecendo apoio às iniciativas de digitalização e propostas da área de TI nas reuniões com outros diretores e parceiros?
  • A área de TI está fornecendo dados oportunos e precisos que suportam a entrega de resultados previsíveis e insights sobre receitas, custos, participação de mercado, lucros e ganhos?
  • Como a área de TI está gerenciando os riscos de segurança e protegendo os ativos financeiros?
  • A área financeira incentiva uma governança adequada para investimentos em tecnologia?

Respondidas essas perguntas, existem formas pelas quais CIOs e CFOs podem fazer parcerias para o sucesso. Para isso, é necessário: 1) alcançar o entendimento mútuo entre ambos; 2) estabelecer comunicações eficazes; e 3) identificar oportunidades para colaborar na entrega de valor ao negócio, forjando pontos em comum entre as duas funções.

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Avanço tecnológico: ameaça ou oportunidade para profissionais da área financeira?

A recente pesquisa da PWC, que contou com a participação de mais de 52 mil pessoas de 44 países, inclusive do Brasil, revelou que 30% dos entrevistados enxergam o avanço tecnológico como uma ameaça existencial, e estão preocupados com a possibilidade de suas funções serem substituídas pela tecnologia nos próximos três anos.

Além disso, 39% afirmam estar preocupados em não receber treinamento suficiente em habilidades digitais por parte de seus empregadores. Entre a geração Z, a proporção é ainda maior. 

Dados da mesma pesquisa mostram que as empresas estão investindo em seus profissionais por meio da qualificação e aumento de salários, entretanto, apenas 40% dos respondentes afirmam terem recebido esses investimentos.

Tecnologia e o profissional da área financeira

Na área financeira, um dos fatores que reforçam o temor de que as funções sejam substituídas pelo avanço tecnológico é que, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial 2020, até 2025, 43,2% das empresas pretendem reduzir a força de trabalho atual por conta da automatização.

Além disso, até 2025, estima-se que 85 milhões de empregos poderão sofrer os impactos da divisão do trabalho entre humanos e máquinas em todo o mundo, incluindo o Brasil. Funções redundantes diminuirão de 15,4% para 9% da força de trabalho.

Entre as funções da área financeira que o relatório classifica como “redundantes” e que estão sendo deslocados pelo avanço tecnológico estão: escriturários de contabilidade e folha de pagamento, secretários, contadores e auditores.

Entretanto, as tendências sugerem que, diferentemente de substituídas, as funções tradicionais exigirão novas habilidades de seus profissionais, mostrando um cenário de mudanças para que o mercado de trabalhadores se adapte às novas demandas.

“O que acontece é que à medida que mais sistemas computacionais são usados no nosso dia a dia, mais cresce a demanda por trabalho especializado. A demanda por trabalho vai mudando de atividades mais operacionais para atividades mais tecnológicas que exigem proficiência no uso de programas e aplicativos. O profissional que se capacita com tais habilidades encontra um mercado repleto de posições a serem preenchidas”, afirma Cesar Moro, CTO do Accountfy.

Segundo o levantamento Fórum Econômico Mundial, mais de 97 milhões de vagas poderão surgir, e profissões emergentes crescerão de 7,8% para 13,5%. São elas: especialistas em IA e machine learning, em automação de processos, power BI, gestão de riscos e transformação digital, conselheiros estratégicos, analistas de dados e segurança da informação estão entre as profissões que estarão em alta nos próximos anos.

Segundo Moro, “essa transformação torna-se um facilitador para que profissionais se capacitem em ferramentas especializadas nas suas áreas de trabalho e assim se tornem profissionais mais produtivos, pois sistemas computacionais já fazem parte das suas rotinas de uma forma ou outra. Dito isso, fica claro que a visão de que sistemas computacionais diminuiu a demanda por trabalho está equivocada.”

Para Zulmir Ivânio Breda, presidente do Conselho Federal de Contabilidade, nesse momento, o profissional financeiro deverá estreitar as relações com as tecnologias que estão se inserindo em seu meio e capacitar-se para operá-las.

“O profissional já está percebendo os vários benefícios gerados por essas novidades. Por exemplo, no campo operacional, os softwares de gestão podem otimizar processos e facilitar tarefas rotineiras, deixando mais tempo disponível para que se dediquem à maximização dos resultados da gestão. Não há outro caminho a não ser entrar nesse ritmo de  inovações, e o profissional que não fizer isso ficará para trás”, afirma Breda.

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Gestão de pessoas na área financeira: o que os líderes precisam saber?

A gestão de pessoas na área financeira demanda um olhar atento no contexto atual de popularização do home office e tecnologias digitais.

O último levantamento sobre avanços no setor de RH da consultoria PwC confirma: 79% das empresas entrevistadas afirmaram que vão manter ou implementar o trabalho remoto e 23% delas vão ampliar a infraestrutura para quem está trabalhando de casa.

Portanto, líderes precisam ser criteriosos ao gerenciar os profissionais da área financeira, sobretudo, porque esses colaboradores acessam informações confidenciais das empresas e, agora, podem trabalhar fora dos limites físicos organizacionais.


Liderança e gestão financeira: como reter talentos?

Larry Fink, o Chief Executive Officer (CEO) da Black Rock, a maior empresa em gestão de ativos financeiros no mundo, todos os anos, publica uma carta norteadora dos princípios que criam valor aos seus principais acionistas.

Na edição de 2022, Fink destina uma seção especial ao “novo mundo do trabalho”, enfatizando as mudanças após a Covid-19 que intensificaram uma relação de confiança entre empregadores e funcionários.

“As empresas esperavam que os trabalhadores estivessem no escritório cinco dias por semana. A saúde mental raramente era discutida nos locais de trabalho. E os salários para aqueles com rendimentos baixos e médios mal aumentavam. Esse mundo acabou”, afirma o CEO da Black Rock.

Fink ainda reflete sobre a importância de inspirar os trabalhadores, impulsionando o conceito de prosperidade para todos, desde operadores a acionistas. “A rotatividade aumenta as despesas, reduz a produtividade e prejudica a cultura e a memória corporativa.”

A retenção e a gestão de talentos passa por uma análise complexa dos recursos humanos e como as pessoas e empresas podem se alinhar a ela no curto, médio e longo prazo.

Em abril de 2022, a consultoria McKinsey publicou o material “Em conversa: O papel do CFO no desenvolvimento de talentos”, no qual os executivos reiteraram que a alocação e desenvolvimento de pessoas nas posições corretas são tão importantes como qualquer outro investimento financeiro.

A capacitação é citada como uma estratégia que não apenas cria diferencial competitivo, mas também melhora o bem-estar dos funcionários.

Significado, propósito e dignidade do trabalho foram os outros três eixos citados pelos entrevistados para manter os funcionários produtivos e satisfeitos. Mesmo atuando diretamente nas finanças, seus líderes precisam sintonizar os colaboradores ao negócio e à sua missão. Kevin Carmody, o sócio sênior do escritório da McKinsey em Chicago, ao ser perguntado como fazer isso, responde:

“Os CFOs precisam usar dados para identificar lacunas de habilidades e entender o que precisa ser feito para aprimorar essas capacidades. Em segundo lugar, precisamos adotar um ponto de vista holístico — por exemplo, ensinar perspicácia financeira básica […].”

Para Carmody, “os CFOs também devem ajudar a desenvolver jornadas de carreira personalizadas e duradouras para que as pessoas, independentemente do cargo, possam realizar os seus trabalhos com mais eficiência e obter mais satisfação com as funções. Quando tudo isso é feito corretamente, você vê um aumento de desempenho. As pessoas têm uma mentalidade de dono e os índices de satisfação disparam”.

Pontos importantes da gestão de pessoas na área financeira

Conforme a pesquisa Insights América Latina em 2021, realizada pela Michael Page, uma das principais consultorias em recrutamento do mundo, com mais de 3 mil respostas de líderes,  74,5% preferem um sistema de trabalho misto, priorizando as áreas nas quais a operação não está relacionada ao uso de maquinários. 

O estudo mostra que 43% das áreas financeiras adotarão o regime misto, sendo que os líderes do Brasil são os primeiros a citar a gestão financeira como passível de trabalho remoto.

Dessa maneira, a gestão de pessoas e retenção de talentos com foco nos profissionais na área financeira passa pelo desenvolvimento da digitalização, segurança cibernética e outras habilidades comunicacionais. Siga a leitura e veja alguns elementos que os líderes financeiros podem trabalhar em seus times:

  • Domínio de tecnologia

Se antes os registros financeiros e as contas eram feitos no papel, calculadoras ou em planilhas, agora eles podem ser armazenados e operados com tecnologias potentes e rápidas na análise dos dados.

Christian Grube, consultor em finanças corporativas da McKinsey na Alemanha, afirma, em entrevista, que as taxas de adoção de tecnologia para usos financeiros aumentaram desde 2018, especialmente na automatização e análises financeiras avançadas”.

Segundo Grube, “ambas foram certamente aceleradas pela pandemia da COVID-19, quando muitas equipes financeiras tiveram que fornecer atualizações mais frequentes sobre caixa e perspectivas de negócios”.

Ankur Agrawal, consultor da McKinsey em New York, na mesma entrevista, afirma que a hora da digitalização nas finanças é agora, o que inclui usar ferramentas e recursos certos. Ele levanta a amplitude de habilidades necessárias para o time financeiro, desde estabelecer parcerias de negócios até mesmo a análise e engenharia de dados.

Então, os líderes devem proporcionar investimentos em equipamentos, acesso à internet, capacitação para os times e outros. 

  • Idioma

As organizações, agora inseridas em um contexto predominantemente digital, podem expandir suas estratégias para o exterior e elevar a competitividade global. 

Dessa maneira, os líderes precisam observar a proficiência em idiomas de suas equipes financeiras para prepará-las para a atuação no mercado internacional de trabalho, seja na comunicação e prestação de contas com estrangeiros ou para adaptação às exigências dos padrões globais de conformidade financeira e contábeis.

Afinal, os principais órgãos reguladores do mundo utilizam o inglês como idioma oficial. Financial Accounting Standards Board (FASB) e International Accounting Standards Board (IASB) são duas instituições referências na publicação de normas e princípios contábeis. Empresas no mundo todo seguem suas orientações em busca de padronização e excelência na gestão financeira.

  • Conformidade regulatória na gestão financeira remota

O departamento de finanças é repleto de dados sensíveis. Senhas, acessos bancários, movimentações financeiras e outras informações confidenciais podem ficar disponíveis para várias pessoas simultaneamente, exigindo responsabilidade e segurança.

Em um cenário com trabalhadores remotos, as empresas têm o desafio de manter a conformidade com a proteção de seus dados.

Susannah Hammond e Stacey English, especialistas em compliance, escrevem para a Reuters, que “embora os reguladores governamentais possam ser geograficamente neutros, ou seja, não importa para eles onde os funcionários estão trabalhando em uma jurisdição, todos os controles de conformidade e segurança devem ser igualmente eficazes, independentemente da localização”.

Isso quer dizer que o trabalho remoto ou híbrido não é uma justificativa caso haja alguma identificação de fraude ou outro desvio no padrão de compliance que a companhia promete seguir. 

Sendo assim é preciso investir em soluções específicas à gestão financeira que permitam a proteção aos dados e outras táticas como: o uso de chaves individuais de acesso e a automação de processos.

A computação em nuvem é uma tecnologia que consegue atender a esses requisitos, pois permite alinhamento em tempo real e registro dos acessos.  

Alguns softwares de gestão financeira ainda permitem uma versão para que auditores, internos ou externos, possam acompanhar as informações e ter acesso aos dados consolidados.

Dessa maneira, a digitalização e o trabalho remoto que poderiam ser uma janela para crises, tornam-se uma oportunidade para uma comunicação transparente e para o detalhamento da gestão financeira, desde que conduzida com soluções especializadas e de alta tecnologia.

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Qual é a importância da gestão financeira no agronegócio?

A gestão financeira no agronegócio nunca foi tão necessária. Seus líderes devem estar atentos ao monitoramento e gerenciamento dos riscos na produção e comercialização em um contexto mundial instalável. 

Banco Mundial prevê uma desaceleração econômica global em 2023, com o índice de crescimento de apenas 3.2%, após o 4.1% previsto até o fim deste ano. 

Para o Centro de Estudos Avançados em Econômica Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), essa lenta recuperação na economia mundial freia a produção agrícola brasileira.

A crise na oferta internacional de insumos agrícolas, a instabilidade cambial e o enfraquecimento do poder de compra interno são os principais motivos de insegurança no setor, segundo o estudo da Esalq-USP de 2022.

A gestão financeira moderna, aliada às novas tecnologias, auxilia no monitoramento e redução dos riscos da cadeia de produção agrícola e no gerenciamento do patrimônio. 

Continue a leitura para saber mais como a prática e as tecnologias da gestão financeira contribuem com o desempenho do agronegócio.

Exemplo de gestão financeira aplicada ao agronegócio

A experiência prática no campo ou acertar as condições climáticas são insuficientes para gerenciar as instabilidades que envolvem o agronegócio atualmente.

Por exemplo, um grande produtor rural de milho pode ter tido dificuldades por intempéries no segundo semestre de 2021, somadas aos elevados custos. 

Caso houvesse uma estruturação financeira, o gestor identificaria a alta dependência da oferta de insumos agrícolas no cultivo de milho, buscando assim outras fontes de abastecimento, mesmo com impacto em parte da margem.

Novas análises podem identificar onde estão os maiores gastos externos, reduzindo custos e introduzindo novas estratégias. 

A transparência com os gastos, a elaboração de melhores contratos e a diversificação dos fornecedores fazem parte da gestão financeira no agronegócio.

Um líder financeiro experiente e o uso das novas tecnologias pode trazer resiliência ao negócio rural,  mantendo a sua viabilidade econômica no longo prazo. 

Passo a passo para otimizar a gestão financeira no agronegócio

Continue a leitura para identificar os primeiros passos para uma gestão financeira moderna, que protege o capital, evita prejuízos e sustenta o crescimento do agronegócio diante de tempos incertos e das exigências internacionais

Controle de caixa e previsão orçamentária 

O controle do fluxo de caixa e elaboração de orçamento fazem parte das atividades financeiras do empreendimento agrícola. Dessa maneira, o gestor consegue ter precisão entre gastos e retorno, planeja melhor o uso de recursos próprios ou os financiamentos.

A empresa rural deve ter o custo de produção, com informações desde a compra de insumos, depreciações e salários para elaborar o seu fluxo de caixa. 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sugere uma metodologia para composição desse custo total com a caracterização dos custos variáveis e fixos de cada produto ou safra.

a) Custos variáveis: corresponde aos gastos com os itens de custeio, as despesas de pós-colheita e as despesas financeiras necessárias para que o produtor continue na atividade. Eles correspondem aos preços praticados pelo mercado.

  • Máquinas: as despesas de combustíveis e  manutenção;
  • Utensílios para produção;
  • Manutenção de benfeitorias; 
  • Trabalhadores temporários com encargos sociais; 
  • Insumos; 
  • Despesas gerais;
  • Transporte externo (frete) e armazenagem; 
  • Encargos financeiros: juros sobre capital de giro, taxas de mercado e custo de oportunidade (recursos próprios). 

b) Custos fixos: correspondem aos gastos do produtor, independentemente do volume de produção.

  • Depreciação: considera-se o desgaste das máquinas, equipamentos, utensílios, implementos, benfeitorias, instalações, solo (sistematização e correção), animais de trabalho e embalagens; 
  • Remuneração sobre o capital próprio não depreciado
  • Seguros, taxas e impostos
  • Trabalhadores fixos;
  • Remuneração da terra.

Essa rotina de detalhamento do controle de custos permite otimizar os estoques, identificar e reduzir as fontes de perda e traz transparência para os stakeholders como investidores, fornecedores e sociedade.

Na maioria dos agronegócios, os movimentos de caixa caracterizam-se por longo período de desembolsos (saídas de caixa) e recebimento único no ciclo pela venda da produção. 

Portanto, o controle das entradas e saídas de recursos financeiros ajuda o produtor na previsão orçamentária para o próximo ciclo e também na captação de recursos extras, melhorando o uso de capital.

Avaliação e gerenciamento de riscos

A PWC, em sua pesquisa global com CEOs ano de 2021, dedicou uma análise específica para o setor do agronegócio. Conforme o estudo, as principais ameaças citadas na gestão do risco do agronegócio foram:

  • Volatilidade cambial (67%); 
  • Comportamento do consumidor (60%);
  • Aumento das obrigações tributárias (57%);
  • Mudanças climáticas (47%). 

Tais riscos podem ser previstos e até mesmo controlados em uma gestão financeira. 

Por exemplo, um empreendimento rural suscetível ao risco cambial, pode se valer de um contrato de hedge. Esse recurso limita um preço para o momento que a transação comercial for efetivada. 

O hedge é uma estratégia que permite ao gestor financeiro ter previsibilidade do retorno sobre o investimento preservando a margem de produção. O líder dessa área também pode gerenciar demais riscos financeiros.

  • Risco de crédito: corresponde a impossibilidade de contrapartida em uma operação de concessão de crédito, ou seja, um das partes não recebe ou não tem a comprovação do pagamento de uma dívida.
  • Risco operacional: quando relacionado ao processo produtivo rural pode ser decorrente de fatores como perdas causadas pelo clima,  falhas no plantio e colheita e, até mesmo, na gestão do negócio.
  • Risco das taxas de juros: ocorre quando possíveis variações cambiais e flutuações das taxas de juros afetam a rentabilidade do agronegócio. Por exemplo, a proposta para o Plano Safra 2022/2023 é a manutenção das taxas sobre o ciclo anterior, mas especialistas apontam poucas possibilidades de confirmação diante das altas na taxa Selic.
  • Risco de financiamento: são os riscos envolvidos nas diferentes esferas do agronegócio. Instituições financeiras analisam a capacidade do negócio, por meio do planejamento e gestão financeira, avaliando assim o risco de financiamento.

Gestão baseada em dados

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) afirma que sensores, drones, imagens de satélites, tratores, pulverizadores e colheitadeiras automáticas são realidade no meio rural, mas tanta informação exige tecnologias de processamento para a devida interpretação dos dados.

Perceba, por exemplo, a complexidade de uma operação com avião para aplicações aéreas de agrotóxicos e fertilizantes. Primeiro, considera-se uma avaliação aérea, que nesse primeiro momento pode ser feito via drone ou satélite para calcular o tamanho da propriedade

O serviço considera a referência do preço por hectare. Geralmente é terceirizado e tem variação no custo de produção dependendo da região onde está a propriedade.

Operação com avião (R$/ha) = total de aplicações (aplicações/ha) x preço aplicação (R$/aplicação)

Tal regra quando digitalizada e amparada por serviços de automatização podem contribuir para o uso de insumos sem desperdícios e feito um cálculo com precisão para a eficácia do processo.

Gestores financeiros que contam com as melhores soluções de processamento de dados tem impressões cada vez mais confiáveis para tomar as suas decisões, muitas vezes reduzindo custos e inserindo o produtor no nível mundial de competitividade.

O investimento em sistemas com tecnologia SaaS, ou seja, com dados armazenados na nuvem, permite uma consolidação rápida das informações e análise em tempo real. 

Dessa forma, há possibilidade de monitoramento, checagem de inconsistências, elaboração de relatórios e facilidade na comunicação entre as partes envolvidas.

Planejamento financeiro e análise de cenários

O processamento das informações permite simulações e a visualização de cenários. Dessa maneira, o gestor financeiro pode definir medidas protetivas preliminarmente.

Para ilustrar, imagine que se há chances de elevação na precificação dos fretes para o agronegócio, o profissional pode optar por uma modelagem financeira de acordo com esta conjuntura. 

Em maio de 2022, a Petrobras anunciou um reajuste de 8,87% no preço do diesel, o que provavelmente afetará a tabela dos fretes em no mínimo 5% no Brasil.

Com a projeção, é possível simular o impacto do custo na receita e antecipar medidas de contenção, como renegociação com a frota e estabelecimento de remuneração por taxas fixas, além de apoiar os movimentos de congelamento na tabela do frete diante da alta inflação no país.

O planejamento financeiro ocorre de maneira cada vez mais efetiva no agronegócio quando amparada pela tecnologia e análise de dados, pois os gestores tomam decisões embasadas, abrindo mão da intuição.

Governança financeira e ESG

A consultoria Ernst & Young  (EY) realizou o estudo “Tendências Globais para o Agronegócio”, divulgado em 2022, ao qual levantou três principais grupos das transformações tecnológicas na cadeia produtiva do campo (clique na imagem para ampliar).

Observe que o gráfico demonstra uma linha do tempo. A evolução da tecnologia do campo ultrapassa os hardwares e equipamentos para soluções tecnológicas que se integram ao modelo operacional. Nessa fase, os softwares e serviços por assinatura otimizam a produção agrícola, a comercialização dos produtos e a proteção das margens. 

Sendo assim, os negócios do campo caminham cada vez mais para uma governança financeira, na qual a automatização das tarefas manuais e a análise de custos fazem parte apenas do primeiro passo. 

A governança financeira, altamente tecnológica, é um sistema capaz de integrar as informações, oferecer análises rápidas, prever cenários, efetuar modelagens financeiras  e propiciar segurança e transparência no repasse das informações. 

Os ganhos com a tecnologia e gestão financeira elevam as chances de um agronegócio comprometido com as questões ESG, sigla que corresponde aos termos em inglês, Environmental, Social and Corporate.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação de Agricultura (FAO) posiciona de maneira semelhante à EY. Em seu Quadro Estratégico 2022-2031, a instituição afirma que a tecnologia, a inovação, a gestão e análise dos dados e a governança são aceleradores para a produção e distribuição de alimentos e produtos agrícolas no mundo com menor impacto ambiental.

Por fim, a estabilidade financeira e tecnológica suportam uma agricultura mais ecológica, que seja socialmente responsável com novos modelos de comunicação e interação com os seus stakeholders.

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Os pontos fracos do uso da planilha no planejamento orçamentário

Muitos gestores financeiros usam as planilhas como sua principal ferramenta para realizar o planejamento orçamentário. Mas será que elas ainda são a melhor opção?

Embora ainda sejam amplamente usadas, o Corporate Finance Institute, estima que 88% das planilhas contenham erros, e entre eles os mais comuns são nas categorias de preenchimentos de dados, cálculo, fórmula e de formatação.

De acordo com pesquisa da Ventana Research, gerentes financeiros desperdiçam até 12 horas por mês atualizando, revisando, consolidando, modificando e corrigindo planilhas manualmente, comprometendo o tempo usado para analisar as demandas da empresa e planejar o orçamento. 

Na hora de traçar o orçamento, contar com informações discrepantes da realidade pode ser prejudicial para a saúde financeira da empresa, que depende de dados concretos para realizar projeções e estipular gastos corretamente.

Segundo o estudo BARC’s major annual survey of planning and budgeting software users, que entrevistou 1.245 pessoas sobre o uso de produtos de planejamento e orçamento, 52% usam software especializado para apoiar seus processos. 

De acordo com a pesquisa, essas empresas reconheceram o valor agregado que o software de planejamento pode fornecer para apoiar e melhorar os processos. 

No entanto, 33% ainda usam planilhas sem um banco de dados ou funcionalidade de planejamento específico como instrumento principal.

Neste post você confere alguns motivos pelos quais as planilhas podem ser substituídas  por tecnologia na hora de ter um planejamento orçamentário de qualidade. 


Pontos fracos das planilhas no planejamento orçamentário

É necessário configurá-las manualmente sempre que há algo novo

Rosaria Silipo, diretora de Data Science na Knime, empresa suíça de desenvolvimento de softwares, afirma em seu artigo, que um dos problemas de usar planilhas para operações envolvendo dados é a reusabilidade.

A expert em armazenamento de dados diz que, como as planilhas não são banco de dados e sim documentos que precisam ser alimentados, a falta de uma maneira verificada, confiável e constante de coletar dados de várias fontes torna a reutilização limitada. 

Ao fazer o orçamento atual utilizando a planilha do período anterior pode gerar conflitos já que, em casos nos quais há mais células, colunas ou contas que a original, é necessário configurar novas fórmulas à mão.

Os dados são descentralizados e espalhados em vários arquivos

É comum que as demandas sejam distribuídas em todo o departamento financeiro podendo resultar em múltiplas cópias do mesmo arquivo, que podem ser perdidos, copiados incorretamente e alterados sem qualquer tipo de rastreio.

De acordo com pesquisa da FSN, feita com 1.000 líderes financeiros, 50% se preocupam que todos os documentos e divulgações não foram atualizados com as últimas alterações nas contas e 40% não conseguiram concordar que seus dados são sempre confiáveis e precisos.

Isso significa que cada responsável está trabalhando em sua própria versão do orçamento, com a preocupação de consolidar e reconciliar os dados posteriormente, ou estão trabalhando em um único documento, arriscando sobrescrever dados e sobrecarregando o arquivo, causando lentidão.

Suscetíveis a erros e falhas humanas

Além dos riscos sistêmicos como bugs e perdas de arquivos não salvos, ainda existe a falta de segurança e controle interno nas planilhas que contribui para que seus dados possam ser facilmente alterados e manipulados, capazes de gerar prejuízos. 

Um pequeno deslize nas planilhas de orçamento custou  24 milhões de dólares à TransAlta Corporation, empresa de geração de energia elétrica canadense, por exemplo. O responsável pela preparação da planilha errou um comando de copiar e colar que não foi detectado a tempo.

Carecem de segurança e preocupam o compliance

Em entrevista para a Forbes, Jürgen Schmechel, proprietário da Capitalise-IT, consultoria especializada em auditoria de planilhas, afirma que recursos de segurança, como proteção por senha, ocultar ou proteger planilhas e outros, não são projetados para proteger informações e podem ser facilmente quebrados. 

Além disso, como qualquer usuário com uma senha tem acesso a todo o orçamento – podendo modificá-lo, além de apenas visualizá-lo –, isso pode representar uma ameaça ao compliance. Mesmo que empresas restrinjam  o número de usuários com acesso, isso pode levar a um orçamento mais demorado e sem a colaboração integral da empresa.

São pesadas, lentas e difíceis de compartilhar

A pesquisa Spreadsheets are holding you back revela que 41% dos usuários de planilhas não conseguem lidar com o volume de dados.

O processamento de dados, o cálculo de células, e a abertura de várias tabelas simultaneamente tornam-se cada vez mais demorados conforme a planilha vai aumentando. Os arquivos ficam pesados e difíceis de serem compartilhados, tornando a visualização, downloads e uploads lentos. 

Além disso, um planejamento em planilha offline significa que as alterações não podem ser feitas em tempo real. À medida que as condições do mercado e as previsões mudam, as equipes precisam modificar os planos e gerar relatórios o mais rápido possível. 

Por que optar por uma ferramenta de gestão financeira?

O relatório Global planning, budgeting and forecasting survey Insights report, elaborado pela Deloitte em 2021, diz que as planilhas ainda dominam, mas seu uso para planejamento, orçamento e forecast está diminuindo gradativamente, enquanto é perceptível o uso crescente de ferramentas SaaS como substitutas.

Segundo dados da mesma pesquisa, 57% dos CFOs e diretores de FP&A completam o planejamento orçamentário dentro de três meses. Enquanto isso, apenas 5% conseguem concluir o processo em apenas um mês – em 2014, esse número era de 16%, o que revela a crescente complexibilidade e tempo despendido no orçamento nos últimos anos.

Nesse sentido, plataformas de gestão de performance corporativa ou CPMs (corporate performance management), por exemplo, atuam como aliadas. Segundo artigo a IBM, seus benefícios para o planejamento orçamentário são: 

  • Medir e monitorar o desempenho por meio de painéis com visualização interativa;
  • Examinar as causas-raiz com análise de alta precisão com dados completos;
  • Avaliar tendências e realizar forecast automáticos a partir de dados internos e externos.

A criação de diversos cenários para a previsão de orçamentos, investimentos e cortes também fazem parte da funcionalidade dessa ferramenta, e são essenciais para que o gestor financeiro possa ter panoramas sobre situações futuras e possa preparar o caixa da empresa antecipadamente. 

Essas plataformas também podem oferecer automatização de tarefas rotineiras do processo orçamentário, como o fluxo de caixa direto e indireto, DRE e Balanço Patrimonial, por exemplo, garantindo maior rapidez na sua conclusão. 

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5 pontos importantes ao assinar uma plataforma de CPM

De acordo com pesquisa feita pela consultoria Palas, 70% das empresas brasileiras entendem a necessidade de inovar, mas somente um terço delas sabe onde e quanto investir.

Nesse sentido, ao planejar investir em uma nova ferramenta para atender as demandas da área financeira, gestores se deparam com algumas dúvidas comuns: Qual é o processo manual que mais toma tempo hoje? Devo considerar um software de ERP ou CPM? Ou talvez uma plataforma de B.I.

O Corporate Finance Institute afirma que o CPM é uma plataforma que serve como braço direito do CFO, oferecendo automatização de demonstrações contábeis; assistência de auditoria e revisão através da análise de inconsistências; planejamento, projeção e modelagem de cenários e riscos; monitoramento de KPIs e geração de reportes financeiros; dentre outras funções.

Agora que você sabe se pode se beneficiar de uma plataforma de CPM, vamos conferir o que levar em consideração na hora de contratar uma delas.

O que considerar ao escolher uma plataforma de CPM?

Sergio Taipe, coordenador de Onboarding no Accountfy, afirma que é importante avaliar o que a ferramenta oferece e qual retorno poderá trazer à organização ao considerar a contratação de uma plataforma de CPM,.

“Partindo dos resultados de performance essenciais que pretende obter com a sua contratação, a empresa deve analisar criteriosamente as funcionalidades que o sistema oferece, mapeando e relacionando com as demandas do projeto de automatização.”

Plataformas de CPM devem automatizar processos repetitivos e manuais e atender às demandas da área financeira que mais despendem tempo e mão de obra para realizar, como fechamento, análise de resultados e ajuste de estratégias, por exemplo.

Uma plataforma de CPM eficiente possui recursos de análise e constrói relatórios visuais e painéis personalizados, monitora e mede KPIs, além de auxiliar com detalhamentos nas tarefas rotineiras. 

Projeção e modelagem também entram nessa lista. Estimar resultados, simular cenários, antecipar necessidades e avaliar decisões como investimento, corte de custos e aplicações é uma das principais funções que uma plataforma de CPM deve oferecer.

1. Tempo do processo de implantação e integração da plataforma de CPM

O relatório LinkedIn Technology Buyers Report – The Age of Agility 20/21, realizado com mais de 2.000 compradores de tecnologia na Europa, Oriente Médio e África, revela que o tempo médio de implantação das contratações em soluções de tecnologia no nível corporativo foi 5,07 meses. Nisso, é importante lembrar qual o prazo de urgência dessa nova ferramenta por parte da organização.

Segundo a pesquisa, esse tempo é longo, pois pode representar falta de suporte pós-venda adequado, além de sinalizar uma implantação mais burocrática. Nisso, é importante lembrar qual o prazo de urgência dessa nova ferramenta e avaliar qual o tempo médio de conclusão das fornecedoras interessadas.

Adolfo Vasconcelos, coordenador de onboarding no Accountfy, afirma que o processo de implantação de um CPM pode ser resumido em seis atividades macros:

1) Definição de quais áreas serão impactadas pela implantação do sistema;

2) Qual será o escopo inicial que o sistema deve suprir;

3) Listagem das prioridades de implantação em termos de informação (por exemplo, atividades mais voltadas ao contábil, como consolidação, ou informações que abrangem mais o gerencial, como visão através de gráficos);

4) Definição do time e dos eventuais líderes para o processo de implantação;

5) Avaliação criteriosa do suporte e de documentos que serão necessários;

6) Definição de um cronograma definindo o que e quando cada atividade deve ser feita.

Apesar de serem tarefas dentro do roteiro de implantação do Accountfy, esses pontos podem ser levados em consideração na hora de se questionar quanto tempo pode levar o processo de qualquer plataforma CPM.

Além disso, se a empresa interessada em assinar o CPM trabalhar com mais de uma ferramenta simultaneamente, é interessante avaliar se a plataforma oferecida tem fácil compatibilidade entre sistemas. 

Uma plataforma de CPM com implementação sistematicamente limitada afetará o tempo de implantação. Enquanto isso, uma solução com integração fácil e acessível resultará em um processo mais bem-sucedido, mais rápido, e mostrará um ROI antecipado.

2. O suporte pós-venda 

Ainda de acordo com os dados da pesquisa do LinkedIn, 56% dos entrevistados dizem que o suporte pós-venda é um fator importante por trás da marca que escolhem. Isso demonstra a preocupação das empresas na hora de contratar um time qualificado e pronto para auxiliar na sua implantação e pós-implantação, além de um bom produto.

Verificar se a empresa contratada oferece uma equipe dedicada a prestar auxílio é essencial para o bom funcionamento da plataforma e melhor aproveitamento de seu uso.

Sinais de que o apoio pós vendas é eficiente: a fornecedora oferece suporte de especialistas em finanças além de TI, além de maior disponibilidade para atendimento, como fins de semana, feriados e madrugada, por exemplo.

Essa equipe ficará responsável por inserir sua empresa na nova ferramenta e também pelos processos de treinamento e implementação, assim como poderá atender sugestões de novas funcionalidades, correção de bugs e ajustes, por exemplo

Além desses quesitos, o mesmo relatório mostra que 47% de todos os compradores de tecnologia dizem que a experiência passada com a solução influencia sua compra. 

3. Nome da marca versus valor da solução

Lembre-se de consultar a reputação da empresa antes de contratar, seja por meio de avaliações disponíveis online ou opiniões de atuais e antigos clientes. Isso pode ser útil para entender se sua entrega é satisfatória e garantir que está escolhendo o produto correto para a necessidade da empresa.

Entretanto, para a Software Advice, consultoria online para seleção de softwares, apoiar-se apenas nessas avaliações e opiniões de terceiros não é suficiente. É importante considerar recomendações que se encaixem em seu contexto, já que a realidade de grandes empresas pode ser diferente da de pequenas empresas, por exemplo.

A consultoria sugere encontrar avaliações de empresas de tamanho semelhante, em seu setor e com casos de uso comparáveis, além de solicitar uma lista de empresas clientes da fornecedora da ferramenta de CPM. Assim, é possível contatá-las sobre suas experiências com a ferramenta.

Pedir para que a empresa apresente os resultados de seus clientes antes e depois do uso da plataforma, conferir os cases de sucesso disponíveis, ou consultar como anda o nome da marca na mídia, por exemplo, são algumas das maneiras para se avaliar esses aspectos.

4. Qual plataforma de CPM oferece melhor experiência ao usuário

Segundo dados da pesquisa feita pela Robert Half, funcionários gastam até 22 minutos por dia lidando com problemas de tecnologia, o que engloba a experiência do usuário. Ter uma plataforma com design intuitivo, clareza, rápida responsividade, flexibilidade e esteticamente agradável é decisor na eficiência do setor e na adaptação do time à nova ferramenta.

Antes da contratação do produto, é importante saber como a plataforma funciona nesses termos. A Xd Ideas, fórum da Adobe para insights e discussão da prática e impacto do design, propõe alguns exemplos de métricas de usabilidade que podem ser avaliadas, tais como: 

  • Taxa de tempo médio para conclusão de tarefas: Segundo a MeasuringU, através de uma análise feita com quase 1200 tarefas, um bom resultado seria 78%. Para calculá-la, divida o número de tarefas concluídas com sucesso pelo número de tentativas.
  • Taxa de tempo médio por tarefa: O tempo de tarefa mede a eficiência e a produtividade do produto ou serviço. Se o usuário passar muito tempo concluindo uma única ação, isso significa que a interação não foi projetada adequadamente. Para calculá-la divida o tempo médio para concluir uma tarefa pelo tempo total de conclusão de todas elas.
  • Taxa de erros durante a experiência: Métrica utilizada para identificar falhas durante o processo de realização da tarefa, tais como botões que não funcionam, cliques em lugares não clicáveis, etc. Para calculá-la, divida o número de erros identificados pelo número de tentativas de realizar uma tarefa.

Caso a comerciante da plataforma não tenha como fornecer esses dados, pode ser interessante solicitar uma demonstração ou um período de uso grátis, por exemplo, para que o interessado avalie esses indicadores.

5. Modelos de contrato

Por fim, decidir o método de contrato da plataforma de CPM é uma das principais etapas do processo de assinatura. A seguradora francesa Axa, em seu guia Tool hire vs. purchase: what makes sense for your business?, sugere duas perguntas que podem esclarecer a escolha do contrato: Com que frequência a ferramenta será usada? Qual é a vida útil da ferramenta?

Além de responder a esses dois questionamentos, também é importante considerar gastos ocultos como treinamento de equipes e manutenção da plataforma, por exemplo, e compará-los no orçamento de produtos comprados ou assinados.

Vantagens e desvantagens da assinatura

Disponibilidade imediata, cobertura de necessidades de curto-prazo, manutenção e suporte da equipe pós-venda e a oportunidade de experimentar o produto sem firmar um compromisso definitivo são algumas das vantagens do modelo de contrato por assinatura. Mas, dependendo do contrato, pode haver multas, prazos de fidelidade, e dependência do suporte técnico da empresa que oferece a plataforma.

Vantagens e desvantagens da compra

Por sua vez, a compra da ferramenta pode significar um bom investimento em longo prazo pois, dependendo do contrato, não há custos adicionais mensais e não há preocupação com prazos e cobranças. Entretanto, pode ser difícil mantê-lo atualizado e exigir um grande custo inicial se comparado a assinatura, além de demandar uma equipe técnica especializada para cuidar de sua manutenção.

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5 boas práticas (e os erros comuns) da modelagem financeira

A modelagem financeira se destaca como recurso essencial para projetar diferentes cenários e subsidiar o planejamento estratégico e orçamentário. Como na hora de buscar calcular os impactos futuros de decisões como cortes de custos, alocação de capital, implementação de projetos e investimentos.

Goldwasser Neto, CEO e cofundador do Accountfy, destaca a importância da análise de diferentes cenários através da modelagem financeira:

“Com a projeção de receitas, custos, despesas e capital de giro, os gestores podem entender melhor o que vem pela frente. Quando você modela isso tudo, comprimindo as informações em cenários diferentes, prevendo o que pode acontecer, você consegue antecipar o impacto no caixa. Assim pode se proteger melhor e ter um suporte na hora que decisões precisam ser tomadas”.

Neste texto, você entenderá o que é modelagem financeira, suas melhores práticas e os erros mais comuns cometidos ao elaborá-la..

O que é modelagem financeira?

Segundo o Corporate Finance Institute, a modelagem financeira é um processo usado para prever o desempenho financeiro de uma empresa no futuro, baseando-se em seus resultados anteriores e suposições sobre os próximos períodos e, assim, avaliar seus riscos e retornos. Pode ser feita através de ferramentas específicas ou planilhas.

Ao realizá-la, são utilizados demonstrativos de resultados, balanços patrimoniais e demonstrativos de fluxo de caixa. Formatos mais avançados de modelagem financeira podem ser elaborados através de demonstrativos adicionais como DFC, aquisição alavancada, fusões e aquisições e análises de sensibilidade, por exemplo.

5 boas práticas para modelagem financeira

No compilado Advanced Financial Modeling Best Practices: Hacks for Intelligent, Error-Free Modeling da Toptal, empresa americana de contratação de profissionais de tecnologia, o expert em finanças Alberto Bazzana, reúne algumas práticas propagadas em Wall Street para executar uma modelagem financeira eficiente, inteligente e minimizando erros:

1. Defina e siga o objetivo da modelagem 

Estabeleça um layout estruturado com os  resultados finais esperados previamente. Reservar um tempo para garantir que os stakeholders discutam e avaliem o projeto evita desvios de objetivos e garante uma previsibilidade mais precisa.

2. Estabeleça prazos para a produção e para a vida útil da modelagem

Uma das principais abordagens para uma modelagem financeira eficiente é elaborar cronogramas a partir da necessidade da previsão. Modelagens de longa duração podem conter quantidades maiores de detalhes operacionais, flexibilidades e recursos de sensibilidade, e o gestor deve avaliar o quão sustentáveis e compatíveis com as mudanças da empresa eles se mantêm ao decorrer dos períodos.

Para modelagens de curta duração, estruturas pré-fabricadas e o uso do rolling forecast podem maximizar sua velocidade de construção e proporcionar maior precisão nas projeções, mas precisam ser revisadas constantemente, pois defasam rapidamente.

3. Organize as estruturas da modelagem

Destacar claramente e separar os inputs das variáveis e hard-codes (valores fixos dentro do código fonte) e agregá-los em guias apropriadas também é uma boa prática, pois facilita a apresentação e a compreensão por usuários que não estejam familiarizados com o modelo, além de permitir sua fácil localização.

4. Simplifique os cálculos

Fórmulas complicadas podem ser substituídas por divisões de etapas mais compreensíveis. Apesar dessa prática resultar em uma planilha maior e com mais linhas, essa abordagem pode facilitar a revisão e a auditoria por terceiros, já que se trata de uma matriz contínua de dados, e não fragmentada em várias guias (ou até mesmo em outros arquivos de planilhas).

5. Crie uma guia de “erros a verificar”

Manter uma constante revisão no meio da construção da modelagem financeira pode custar tempo e retirar o foco de quem está elaborando e procurando entender a origem de determinados erros. Para isso, reunir pontos de atenção (células incorretas, números que não estão batendo, etc.) numa guia, pode ajudar a identificá-los e resolvê-los conjuntamente. 

A rede empreendedora Endeavor, em seu tutorial Nunca mais fique perdido ao construir uma projeção financeira, sugere alguns lembretes para conduzir o processo de modelagem financeira:

  • Listar todas as receitas e desembolsos de cada parte do modelo de negócio;
  • Pesquisar as premissas mais reais possíveis para cada conta da projeção; 
  • Calcular como cada uma se comporta no prazo da projeção;
  • Verificar o alinhamento entre a maturidade do time e o volume de investimento; 
  • Unir as contas em uma visão integrada;
  • Verificar o tamanho do mercado endereçável.

4 erros comuns a serem evitados na modelagem financeira

Victoria Yampolsky, presidente e fundadora da The Startup Station, consultoria especializada em modelagem e valorização de empreendimentos em estágio inicial, identificou os cinco erros mais comuns que os empreendedores cometem ao elaborar suas projeções, após revisar centenas de modelos financeiros em mais de quinze setores,:

1. Usar a geração de números aleatórios para criar projeções

A modelagem financeira é uma representação quantitativa da estratégia definida pelo planejamento, assim como uma ferramenta para medir sua eficácia, e propor números aleatórios pode atrapalhar sua visualização. Para otimizar seu uso, é necessário estabelecer objetivos alcançáveis e formular métricas condizentes para acompanhá-los.

2. Não usar um sumário financeiro

Em geral, a modelagem financeira pode ter várias partes e, para um investidor, compreendê-la totalmente pode levar tempo. Nesse caso, um resumo das premissas e dos resultados pode facilitar processos de due diligence e trazer clareza à apresentação das finanças da empresa.

3. Projetar necessidades de financiamento fora da modelagem financeira

Calcular necessidades financeiras adicionais com base na percepção do que a empresa precisa – em vez de incluí-las na modelagem financeira – pode levantar questionamentos desnecessários por parte dos gestores ou potenciais investidores, além de descredibilizar as projeções feitas.

4. Agregar incorretamente os dados financeiros nas três principais demonstrações financeiras 

Calcular corretamente os números das projeções provindas da Demonstração de Resultados, mas não fazê-los com o Balanço Patrimonial e com a Demonstração do Fluxo de Caixa pode gerar resultados equivocados. Para uma visão financeira confiável do negócio, os três devem ser adequadamente analisados.

 

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9 comportamentos do CFO de sucesso

Certos comportamentos são capazes de transformar a liderança financeira, e estudos recentes mostram que CFOs de sucesso buscam aprimorar esses hábitos para obter melhores resultados. Para a Ernst & Young, “adaptação às mudanças contínuas” é visto como um dos comportamentos mais importantes desses líderes, por exemplo. 

Hoje, os diretores financeiros têm ainda mais obrigações do que nos últimos anos. Segundo pesquisa da Association of Chartered Certified Accountants (ACCA), 72% dos entrevistados indicaram que as responsabilidades da função aumentaram significativamente.

E para atender às altas expectativas e demandas de seu papel em constante expansão, como saber quais hábitos, práticas trazem os melhores resultados? O que fazer para se tornar esse profissional? Continue a leitura e vamos decifrar os comportamentos de um CFO de sucesso juntos.


Como se comporta um CFO de sucesso?

A partir de diversas fontes, reunimos alguns dos comportamentos presentes na rotina do CFOs de sucesso. Entre eles, hábitos como ter visão de longo prazo, envolvimento interpessoal e saber identificar oportunidades. 

Um CFO de sucesso:

1. Pensa no longo prazo

O relatório da Gartner afirma que um dos comportamentos de CFOs de sucesso é contribuir ativamente para estipular métricas financeiras e crescimento lucrativo em longo prazo. Segundo a consultoria, esses profissionais desafiam as finanças a cumprir uma missão com visão de futuro.

Antecipar as necessidades da empresa e focar também no futuro são uns dos comportamentos do CFO de sucesso. Ele prevê pontos de atenção no negócio que, ao serem postergados, poderiam deixar brechas para perdas, resistindo à tentação de pensar apenas em curto prazo ao custo de minimizar as iniciativas de crescimento de longo prazo. 

2. Compromete-se com o compliance e a ética

Atuando como um porta-voz de confiança sobre a saúde financeira da empresa, o CFO de sucesso entende que é necessário evitar fazer com que os números pareçam melhores do que são ao discutir os resultados financeiros com stakeholders e conselho. 

Ele reconhece a importância da transparência, está em dia com as regulamentações e mantém um alto padrão de governança. Entretanto, esse comportamento pode ser considerado um dos mais difíceis a ser alcançado entre CFOs. 

Segundo pesquisa da Robert Half, líder mundial em soluções em talentos, mais de 2.200 CFOs nos Estados Unidos admitiram que cumprir as normas regulatórias é seu segundo maior desafio.

3. Identifica oportunidades além dos riscos

Ele exerce seu papel como defensor financeiro do negócio, mas suas habilidades também identificam gargalos para crescimento em longo prazo. Para ele, os riscos identificados não geram pânico, mas inspiração para fazer diferente e encontrar soluções inovadoras.

Discutir novas iniciativas de projetos futuros, analisar propostas de investimento e encontrar oportunidades para gerar receita ao mesmo tempo em que minimiza riscos através da automatização faz parte de sua rotina.

4. Usa a tecnologia ao seu favor

Orientado com dados confiáveis e precisos de análises avançadas feitas por plataformas de automatização, o CFO de sucesso mantém-se preparado para tomar as melhores decisões com o auxílio da tecnologia.

Também promove a transformação digital no negócio e a adoção de novas ferramentas capazes de trazer insights, minimizar o esforço manual, otimizar operações, e proporcionar mais tempo para atividades de valor agregado.

5. Enxerga o horizonte

A auditoria Plante Moran, em seu artigo The CFO cheat sheet: Nine ways to improve effectiveness, reforça que os líderes financeiros eficientes estão atentos ao que está acontecendo e antecipam potenciais problemas, e o CFO de sucesso está ciente dos próximos obstáculos, assim como as oportunidades.

Para o CFO de sucesso, a responsabilidade de estudar o “histórico” da empresa abre-se também para visualizar “o que está por vir” e preparar-se para novos desafios. Ele se mantém constantemente atento a tendências emergentes que possam afetar o negócio, principalmente tecnológicas, geopolíticas e sociais.

6. Desenvolve sua equipe 

O CFO de sucesso não apenas busca ter ao seu lado profissionais capacitados, mas também atua na retenção e na qualificação dessas pessoas. 

A matéria How CFOs Are Adding Value To Working Culture To Win The War For Talent, da Forbes, revela que CFOs com visão de futuro estão abraçando a oportunidade de ajudar a definir as métricas que apoiam culturas de trabalho positivas, e quantificar o retorno do investimento de talentos e programas de treinamento.

Esse líder financeiro motiva seus colaboradores a terem curiosidade intelectual e aprimorarem-se através do aprendizado,  incentivando-os e reconhecendo-os. 

7. Cria uma rede de parceria e network

Dados do estudo Mastering change: The new CFO mandate, produzido pela McKinsey, mostram que as atividades do CFO relacionadas à gerência de relações com investidores aumentaram de 44% em 2016, para 64% em 2021.

Ter uma sólida relação de trabalho com os demais executivos C-level, assim como diretores, gerentes e outras lideranças é importante para o CFO de sucesso, que trabalha constantemente para construir um business partnering e mantê-lo.

Com o CFO exercendo papel de principal fonte de informação financeira, a comunicação direta com membros do conselho, clientes, fornecedores e stakeholders ajuda a construir uma rede interna de insights sobre o desempenho da empresa que não seria possível obter apenas com dados financeiros.

8. Possui visão estratégica do negócio como um todo

A Deloitte, em um artigo recente, mostra que o CFO de sucesso age como um líder de mudança dentro da empresa, e não se limita ao departamento financeiro.

Ele se pergunta sobre os desafios de cada setor da empresa, analisa diversos pontos de vista e estuda como o mercado e concorrentes estão se comportando. A partir disso, estabelece objetivos e formula etapas, unindo planejamento financeiro e estratégico.

Rowan Baker, CFO da McCarthy Stone até 2020, em entrevista para Financial Director, reforça esse comportamento como efeito da mudança do papel do CFO: 

“Já se foram os dias em que o CFO era apenas um guardião das finanças da empresa, Agora estamos amplamente envolvidos na estratégia trabalhando com os outros membros da equipe de gerenciamento. Uma parte crítica do meu trabalho é garantir que todos tenham as informações de que precisam para a tomada de decisão, e às vezes, ser a voz da razão por trás delas, para explicá-las e sinalizar possíveis problemas e riscos.”

9. Conecta-se com seus clientes

Para o Gartner, CFOs de sucesso destinam certa quantia de tempo para manter relacionamentos com o chefe de vendas da organização e também, dependendo do nicho de atendimento, com os consumidores, assim participando da estratégia de preços da empresa. Os diretores financeiros pesquisados pela Gartner relataram que atividades de engajamento do cliente poderiam ser melhor exploradas.

O relatório Turning outwards: Customer Centricity and the Evolving Role of the CFO, feito pela KPMG, confirma que esse comportamento é uma das tendências para a expansão da função do CFO de sucesso.

 

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